Zarco diz que participação nas 8H de Suzuka marcou virada na MotoGP: “Pilotei melhor”

Johann Zarco apontou a participação nas 8 Horas de Suzuka como um importante ponto de virada para a temporada 2024 da MotoGP. O francês considerou que melhorou a performance com a LCR Honda após perceber na prova mais famosa do Mundial de Endurance da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) que, além de problemas com a moto, também tinha questões mentais que precisavam ser trabalhadas.

Zarco foi o melhor entre os pilotos da Honda no ano passado e foi dele que partiram as apresentações mais destacadas da RC213V. O francês fechou o ano em 17º, com 55 pontos.

Em entrevista ao site francês Paddock-GP, Johann celebrou a evolução que conseguiu ao longo do ano e contou que virou a chave com a corrida no Japão.

“Foi bom ter conseguido evoluir, até mesmo mentalmente, durante o ano. E acho que aconteceu depois que eu testei a moto das 8 Horas de Suzuka, onde eu percebi que, de fato, tinha quase os mesmos problemas e comentários que na MotoGP”, disse Zarco. “Então disse a mim mesmo: ‘Bom, qualquer que seja o problema que você tem na MotoGP, você também tem problemas na sua cabeça! Você está preso com sentimentos e crenças que precisa deixar para trás. Olhe para as coisas de maneira diferente!’”, seguiu.

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“Quando comecei a fazer isso, comecei a pilotar a MotoGP muito melhor, dentro dos limites dela, pois ainda estamos muito longe, mas foi isso que me permitiu fazer uma grande diferença em comparação com os outros pilotos no fim do ano”, ponderou.

Zarco apontou que a participação na prova de resistência o ajudou a não perder parte da técnica de ser rápido.

“A moto de endurance é considerada a melhor, e percebi que esperava que fosse muito mais fácil. De fato, ser rápido, com qualquer moto, não é fácil e exige uma certa técnica. Foi um bom lembrete para eu não perder essa técnica ou saber como me adaptar”, defendeu.

Por fim, Zarco avaliou que é vital começar 2025, no mínimo, do ponto onde parou em 2024 e frisou as metas que tem para o campeonato.

“É imperativo, pois se caminharmos para trás e tentarmos evoluir outra vez, estaremos sempre atrás”, ponderou. “Existe uma meta dentro da meta. Tentamos estar no top-10, progredir, mas digamos que, enquanto eu for o piloto mais rápido da Honda, isso vai me permitir manter certa credibilidade. Então qualquer que seja o nível da moto, se eu permanecer como o número 1 da marca, a marca seguirá tendo confiança em mim. Acima de tudo, contudo, temos uma meta para 2027. Quando, graças à mudança de regulamento e as motos, pode haver uma vantagem para a Honda ou os japoneses de repente”, encerrou.

A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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