Rea cobra apoio da Dorna para Razgatlioglu ir à MotoGP: “Não deveria estar no WSBK”

Jonathan Rea cobrou apoio da Dorna para que Toprak Razgatlioglu consiga migrar para a MotoGP. O hexacampeão do Mundial de Superbike exaltou o talento do rival e considerou que o “showman” turco não deveria estar na série das motos de produção.

Já há alguns anos, o nome de Razgatlioglu é especulado na MotoGP, mas, ainda que tenha feito um teste com a Yamaha, a oportunidade não surgiu de fato. Toprak faturou o título do WSBK em 2021 com a Yamaha e hoje lidera a classificação defendendo a BMW.

Em Portimão para a etapa deste fim de semana do Mundial de Superbike, Rea apontou que ter o mesmo promotor do Mundial de Motovelocidade não tem beneficiado a categoria, assim como os longos calendários, já que os pilotos de ponta da MotoGP não têm mais interesse em migrar para a categoria, como aconteceu no passado com Max Biaggi, por exemplo.

“O organizador trabalhou bem até aqui, mas isso, com certeza, não foi uma vantagem para nós”, disse Rea. “Não podemos competir com a MotoGP em termos de entretenimento, e temos de aceitar isso. Nosso campeonato teve sorte quando [Carlos] Checa, Biaggi e [Marco] Melandri chegaram. Pilotos que venceram corridas na classe rainha. Max, em particular, foi um dos maiores rivais de Valentino [Rossi]”, recordou.

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“Quando os pilotos terminam a carreira, eles estão acabados. Caras como Dani Pedrosa ou Aleix Espargaró não podem nem pensar em mudar para o Mundial de Superbike, pois já estão esgotados”, comentou.

Anos atrás, o próprio Rea pesou em mudar de campeonato e chegou até a disputar algumas corridas na categoria, substituindo um lesionado Casey Stoner, mas sente que não recebeu o apoio devido da Dorna.

“Naquela época, eles deveriam ter me apoiado para ir para a MotoGP e, se quisessem, poderiam fazer isso hoje com Razgatlioglu”, sugeriu. “Ele tem talento, uma ótima personalidade e é um verdadeiro showman. Ele não deveria estar correndo aqui”, defendeu.

Por fim, Rea avaliou que o caminho seria transformar o Mundial de Superbike em um festival, melhorando a experiência do fã.

“Deveria ser como um festival, como é o TT da Ilha de Man. Um lugar para levar a família e curtir as corridas, talvez combinado com acampamento e shows, como fazem com as 24 Horas de Le Mans. A experiência do fã poderia ser melhor. Eles fizeram um grande trabalho com o Paddock Show, mas não tem muita coisa acontecendo fora da pista”, encerrou.

A MotoGP volta às pistas entre os dias 16 e 18 de agosto com o GP da Áustria, no Red Bull Ring, 11ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.