Liberty Media fica perto de aprovação incondicional da UE pela compra da MotoGP
De acordo com fontes da agência de notícias Reuters, o Liberty Media vai conseguir a aprovação para a transação de US$ 3,8 bilhões (cerca de R$ 22,8 bilhões) da compra de 86% das ações da Dorna Sports, detentora dos direitos da MotoGP
A transação de compra de uma fatia de 86% das ações da Dorna Sports pelo Liberty Media vai receber aprovação incondicional dos organismos anticartel da União Europeia. A informação é da agência de notícias Reuters. A transação de US$ 3,8 bilhões (cerca de R$ 22,8 bilhões) tem na UE a última barreira para se concretizar.
Desde que anunciou a compra de 86% das ações da Dorna Sports em 1 de abril de 2024, o Liberty Media deixou claro que dependia da aprovação de órgãos antitruste de quatro lugares: União Europeia, Reino Unido, Austrália e Brasil. Além de avaliações de Espanha e Itália.
Antes mesmo do fim de 2024, Brasil, Austrália e Reino Unido já tinham concluído os respectivos processos, mas a União Europeia segue sendo um entrave. Em meados de outubro, o parlamentar belga Pascal Arimont pediu que o órgão investigasse o grupo norte-americano, justamente por temer práticas de aglomeração comercial.
Teresa Ribeira, chefe antimonopólio da EU e vice-presidente da Espanha, já admitiu publicamente que teme a repercussão do acordo em setores de streaming e radiodifusão. Em 2025, a Comissão Europeia, que analisa práticas anti-competição nos 27 países do bloco, esticou o prazo para finalizar o processo de análise da transação até 1 de julho.
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Caso o negócio se concretize, o Liberty Media terá sob as asas não apenas Fórmula 1 e MotoGP, mas também Fórmula E, Mundial de Superbike, MotoE, Mundial Júnior, as Talent Cup Ásia, Britânica e do Norte, o World Series de MiniGP, a Red Bull Rookies Cup e o Mundial Feminino de Motociclismo.
Apesar da variedade de categorias, fontes da agência Reuters com acesso direto ao caso garantem que o negócio será aprovado incondicionalmente. Anteriormente, a UE tinha manifestado preocupação de que o acordo pudesse aumentar os preços dos direitos de transmissão dos campeonatos controlados pela mesma empresa.
Além disso, a investigação também focou em analisar de John Malone, maior acionista do Liberty Media e da multinacional de telecomunicações Liberty Global, tem influência decisiva em ambas as empresas, o que poderia levar o Liberty Media a excluir emissoras rivais na Bélgica, Irlanda e Holanda, onde a Liberty Global também está presente.
A informação da Reuters segue a linha do que foi publicado pela The Capitol Forum, uma agência de notícias especializada no setor de competições de mercado, que foi a primeira a apontar para uma aprovação unânime do negócio.
A MotoGP volta a acelerar entre 11 e 13 de abril, com GP do Catar, em Lusail, quarta etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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