Lorenzo diz que mudanças “chegaram tarde demais” e confirma saída da Ducati: “Terei outra moto nos próximos anos”
Jorge Lorenzo enfim alcançou a tão esperada vitória com a Ducati. Neste domingo, o piloto dominou de ponta a ponta o GP da Itália para subir pela primeira vez no degrau mais alto do pódio nas cores da equipe. No entanto, o espanhol reconheceu que o resultado não vai mudar o que está decidido para seu futuro, e que as mudanças que precisava para a moto vieram tarde demais
A vitória de Jorge Lorenzo com a Ducati pode ter chegado, mas veio tarde demais. Neste domingo (3), após conquistar um triunfo de ponta a ponta em Mugello, o piloto reconheceu que nos próximos anos vai comandar outra moto.
A relação entre a equipe de Borgo Panigale e o tricampeão nunca foi das mais fáceis, mas nos últimos tempos estava bastante estremecida. Contratado a peso de ouro, o #99 demorou a se encontrar com a fera vermelha e não mostrou resultados, subindo no degrau mais alto do pódio apenas 24 corridas após o início da parceria.
Isso, é claro, deu espaço para rumores e comentários. Sem saber seu rumo para 2019, o competidor de Palma di Mallorca abriu seu coração após a prova em Mugello, dizendo que as mudanças na moto foram feitas, mas que já era tarde demais para influenciar qualquer coisa sobre seu caminho. “Como já falei antes, uma parte de mim está triste, pois sei que com esta moto poderia ser campeão”, falou.
Jorge Lorenzo (Foto: Michelin)
“Ganhar com a Ducati era algo especial, vim para conseguir isso e investiram muito em mim, até adaptamos uma moto para se encaixar ao meu estilo e não conseguimos 100%. Infelizmente, já é tarde e isso me deixa um pouco triste. Não há nada a ser feito. Eu falei com Gigi [Dall’Igna] que me faltava algo na moto”, seguiu.
“No final, me deram o que precisava me sentia melhor na moto. E assim foi, eu nunca minto, sempre digo a verdade. Em Jerez, a moto já deu um passo adiante com as peças que a Ducati me deu, apenas faltava a ergonomia, e agora piloto muito melhor. Tenho a impressão que Gigi, Paolo e Davide queriam que eu ficasse, mas não guardo rancor de nada”.
“Por nove anos eu estive em primeiro ou segundo e algumas vezes em terceiro, e isso não é casualidade. Fiz isso, pois sou um bom piloto e um campeão. Já é uma questão de amor próprio. Sabia que as vitórias chegariam, mas vieram tarde demais, pois nos próximos dois anos terei outra moto”, completou.
Lorenzo reconheceu que chegou a duvidar que um dia a vitória chegaria, mas que nunca pensou em desistir. “Parecia que ela nunca iria chegar, mas nunca joguei a toalha. Muito amor próprio, muita determinação, trabalho duro, muitas horas de treino”, explicou.
“Muitas horas de sofrimento, muitos momentos ruins. Nesse ano e meio nunca pensei em desistir. Tinha em minha mente que ia ganhar com a Ducati e no final eu consegui, então esse é, provavelmente, o dia mais feliz de minha vida”, encerrou.
🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular!
Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.