Marini cita melhora, mas vê Honda “super longe”: “Diferença é mais ou menos a mesma”

Luca Marini considerou que a Honda deu um passo com a moto para 2025, mas segue estando bastante distante dos concorrentes, que também conseguiram melhorar. Joan Mir relatou que o problema de vibrações segue presente

Luca Marini acredita que a Honda tem “mais ou menos” o mesmo atraso em relação à concorrência do que no ano passado. Na visão do italiano, a montadora da asa dourada conseguiu melhorar a RC213V, mas a concorrência também avançou de olho na MotoGP 2025.

Marini com 59 voltas nesta sexta-feira (7) e fechou o último dia de testes da Malásia na 15ª colocação, com 1min57s789, 1s296 mais lento do que Álex Márquez, o líder dos trabalhos em Sepang.

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“Melhoramos a moto em relação ao ano passado e demos um passo com a de 2025”, disse Marini. “Mas, mesmo assim, estamos super longe, pois demos um passo, mas todos os outros deram também. Esse é o problema. Acho que, no momento, a diferença é mais ou menos a mesma [do ano passado]”, seguiu.

Na visão de Luca, a RC213V melhorou na primeira parte da curva, mas segue com problema de aceleração.

Luca Marini celebrou evolução da Honda, mas avaliou que atraso segue o mesmo (Foto: Honda)

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“Acho que melhoramos na parte da freada da moto e para virar em comparação com o ano passado”, analisou. “Com certeza, ainda falta o motor, a velocidade máxima. Isso será chave para ter mais potencial para o futuro, durante a temporada, especialmente para ultrapassar, pois Joan e Johann fizeram voltas fantásticas hoje e foram super-rápidos, mas o problema é que, na corrida, é difícil ultrapassar e a moto esquenta muito, assim como os pneus”, detalhou.

“Então acho que temos de focar nisso para termos mais oportunidades de ultrapassar durante a corrida, pois vamos começar no meio do grid, não muito para frente”, considerou.

No geral, porém, Marini avaliou que a moto nova é “mais fácil” de guiar, “especialmente se você tem de fazer uma simulação de corrida. É superfácil manter o ritmo, você não destrói os pneus”. No quesito tempo de ataque, contudo, o #10 considerou que é “superdifícil, muito mais difícil, e você tem de arriscar muito para fazer uma boa volta”.

Questionado sobre a avaliação de Marini sobre o desempenho da moto em curva e freada, Joan Mir respondeu: “Para criar menos drama, foi concordar com Luca. Mas não é completamente assim. E ele sabe disso, mas, provavelmente, explicou de uma maneira diferente”.

“O pacote que nós de fato temos é uma mistura de 2024 com 25 e é melhor em curva. É uma área em que melhoramos muito em comparação com o ano passado. Diria também que a estabilidade nos freios, pois eu freio bem tarde e aí viro muito melhor. Então esses são os dois aspectos em que o pacote que nós de fato temos, que não é totalmente de 2025, faz a moto melhor para virar, mas não são coisas totalmente novas que eles trouxeram. Também pegamos algumas coisas de 2024”, sublinhou.

Mir concordou, no entanto, que a HRC conseguiu dar um passo à frente no inverno, especialmente pela evolução que conseguiu no tempo de volta em comparação com a classificação do GP da Malásia do ano passado. Em 2024, o #36 se classificou com 1min58s618, enquanto que fechou a sexta-feira (7) com a melhor volta em 1min57s279.

“Temos de ficar felizes, pois esses caras trabalharam duro no inverno, dá para ver, e eles mostraram isso com uma moto melhor”, observou. “Temos um pacote melhor do que antes. É verdade, neste terceiro dia, as condições de aderência são melhores do que no fim de semana de corrida. Isso é verdade. Mas eu fui [1s3 melhor] do que o meu tempo de classificação. Não é tudo a moto, é também a maneira como a moto me permite forçar. Mas é uma combinação”, acrescentou.

“Com certeza, estou satisfeito, pois sempre quero mais. Mas temos de estar felizes”, comemorou.

Por fim, Joan analisou os pontos negativos da moto e apontou para velocidade máxima e aderência.

“A questão é que ainda temos alguns pontos fracos, mas não realmente fracos. A velocidade máxima é muito ruim e também o grip em comparação com os outros, não temos a mesma a mesma aderência dos outros. Temos de focar nisso”, cobrou. “Ainda temos aquele famosa vibração. Não conseguimos resolver isso. É uma pena, pois é uma coisa que incomoda muito o piloto e condiciona muito a aproximação da curva. Você perde muito tempo. Toda vez que tem vibração em uma curva, você perde fácil um décimo. Mas a realidade é que estamos muito, muito mais próximos. No calor, sofremos mais. Nosso motor sofre mais e temos muitos problemas em termos de aderência. Então temos de trabalhar nessas duas coisas e tentar dar um passo para Buriram, já que a primeira corrida provavelmente será no calor”, encerrou.

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