Marc Márquez enxerga “mentalidade de piloto” em Dall’Igna: “Seria temido na pista”

Marc Márquez exaltou a importância de Gigi Dall’Igna para o sucesso da Ducati na MotoGP e considerou que o chefe da Ducati Corse tem a mesma mentalidade dos pilotos. Álvaro Bautista destacou a capacidade do engenheiro de ouvir os competidores

Marc Márquez apontou Gigi Dall’Igna como um ponto de virada para a Ducati. Recém-chegado à Borgo Panigale, o seis vezes campeão da MotoGP destacou a “mentalidade de piloto” do chefe da Ducati Corse e avaliou que, na pista, o italiano seria temido.

Dall’Igna assumiu o comando da divisão de corridas da Ducati no fim de 2013, assumindo o posto que estava ocupado por Berhard Gobmeier. Na época, a marca de Bolonha vivia uma reestruturação, já que a passagem de Valentino Rossi pela equipe na MotoGP tinha deixado evidente o fracasso do projeto então comandado por Filippo Preziosi.

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Desde então, a Ducati se converteu na força dominante da MotoGP. Em 2022, Francesco Bagnaia encerrou um longo jejum e conquistou o Mundial de Pilotos, que foi seguido pelo bicampeonato. Em 2024, o italiano tentou até a última corrida, mas a taça ficou com Jorge Martín, correndo pela Pramac, uma equipe satélite da Ducati — mas com respaldo total da fábrica.

Cinco dos seis Mundiais de Construtores da Ducati na classe rainha do Mundial de Motovelocidade foram conquistados na era Dall’Igna. E de forma consecutiva a partir de 2020.

Marc Márquez destacou importância de Gigi Dall’Igna para a Ducati (Foto: Ducati)

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“Para mim, o ponto chave da Ducati foi a incorporação de Gigi Dall’Igna”, disse Márquez ao serviço de streaming espanhol DAZN. “Eu definiria Dall’Igna como um piloto. Ele tem 100% a mentalidade de um piloto. Quando não vence, fica bravo. Ele tem a ambição que é necessária no mundo da competição”, seguiu.

“Se ele fosse 20 ou 30 anos mais jovem e fosse um piloto, ele seria um daqueles a serem temidos na pista”, garantiu.

Bicampeão do Mundial de Superbike, Álvaro Bautista também elogiou Dall’Igna e destacou a capacidade do engenheiro de interpretar os comentários dos pilotos.

“Acho que esse é o segredo. Um bom engenheiro que ouve os pilotos, que sabe como trabalhar não só olhando os dados, mas interpretando os dados junto com os comentários dos pilotos”, avaliou Bautista. “Eles fez a Ducati passar de uma moto difícil, que ninguém queria, que todo mundo dizia: ‘Ducati… isso não, isso não’, para, nesses últimos três anos, ser uma moto que todo mundo quer”, exaltou.

Campeão de 2024 na MotoGP, Jorge Martín também creditou a Dall’Igna o sucesso da Ducati.

“Tudo começou com Gigi. Foi quando eles fizeram uma moto muito competitiva”, destacou. “Gigi colocou muitas motos na pista com muitos novos pilotos talentosos, então foi tudo uma bomba”, completou.

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