Viñales vê Catar como “sinal do que está por vir” e se isenta por sanção: “Coisa dos técnicos”

Maverick Viñales não se deixou abalar pela punição de 16s que o tirou o pódio no GP do Catar de domingo (13). O piloto da Tech3 avaliou que a performance em Lusail é um “sinal do que está por vir” e disse que nenhuma sanção vai tirar dele o fato de ter liderado, lutado e acreditado.

Viñales mostrou um ritmo forte na prova catari e chegou a liderar a disputa, mas perdeu a ponta para Marc Márquez depois de um erro na curva 6. Ainda assim, conseguiu receber a bandeirada no segundo posto, a 1s800 do espanhol da Ducati.

Horas após o fim da corrida, porém, o Painel de Comissários da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) aplicou uma punição de 16s, derrubando o ‘Top Gun’ para a 14ª colocação. A pena foi resultado de uma violação na regra da pressão mínima dos pneus.

Ao fim da corrida, antes mesmo da punição, Viñales se isentou de responsabilidade e avaliou que a pressão dos pneus é uma atribuição dos técnicos.

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“Isso não é meu trabalho. Isso é coisa dos técnicos. Eu fiz a minha parte”, disse Viñales.

Viñales explicou que aproveitou a corrida em Lusail para extravasar toda a raiva da pré-temporada e se disse ansioso para seguir com o processo de evolução com a Tech3.

“Já tirei toda a raiva da pré-temporada. Estou muito ansioso para continuar com esse processo, está amadurecendo muito rápido e isso é importante. É óbvio que pude ver mais uma vez os meus pontos fortes com essa moto e os que não são tão fortes. Senti-me muito bem durante toda a corrida”, frisou. “Cometi um pequeno erro na curva 6, quería abrir mais vantagem quando estava liderando e consumi muito os pneus. Mas é com esses erros e com essas corridas que se aprende a entender a moto”, ponderou.

“Quero parabenizar toda a equipe, a KTM, a Red Bull e a Tech3, que estão trabalhando de uma maneira fantástica, facilitaram muito a minha adaptação à moto com a pista. Tenho muita vontade de continuar. Já quero ir para Jerez”, frisou.

Viñales reconheceu que pensou que venceria a corrida, mas frisou que sai satisfeito com o desempenho, apesar de o resultado no papel deixar outra impressão.

“Por um momento, achei que ia vencer a corrida. Mas aí forcei demais na curva 6 e perdi tudo”, comentou. “Estou muito contente com o trabalho. Ainda resta muito a fazer, mas estou muito satisfeito. É óbvio que a fábrica queria um resultado assim e isso e fruto do trabalho de todos”, reconheceu.

“O bom e o mais bonito é que pude ver onde sou forte com essa moto. Agora temos manter isso”, defendeu.

Após a punição, Viñales usou um canal de distribuição no Instagram para se manifestar.

“É ótimo estar de volta. Sinto que estamos no caminho certo desde o início, mantendo a calma e acreditando em nós mesmos, e isso é algo que aparece nos nossos resultados”, falou. “Estava me sentindo muito bem quando estava liderando a corrida… Estava dizendo a mim mesmo para seguir atingindo as marcas e mantendo um bom ritmo. Sei do que sou capaz, então só precisamos seguir focados, pacientes, e seguir fazendo o trabalho. O que mais importa para mim é a performance que mostramos. Nós lutamos contra pilotos e máquinas incríveis, mas acreditamos no nosso projeto, na KTM e no trabalho que estamos fazendo”, acrescentou.

“Foi um início de ano difícil, mas estou ficando mais confortável com a moto e sei do meu potencial. Vamos seguir calmos, pacientes e continuar forçando, pois hoje não foi só sobre o resultado. É um sinal do que está por vir. Apesar de perder a segunda posição, sinto como se fosse uma vitória. E vamos celebrar como se fosse”, garantiu.

Também no Instagram, Maverick escreveu: “P2 na pista, mas, infelizmente, P14 no papel. Mas o feeling permanece o mesmo. Lideramos. Lutamos. Acreditamos. E punição nenhuma pode tirar isso de nós. O trabalho duro continua. Vamos continuar construindo para Jerez”.

A MotoGP volta a acelerar entre 25 e 27 de abril, com o GP da Espanha, em Jerez, para a quinta etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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