Michelin faz balanço positivo de presença na MotoGP e traça meta: buscar recordes de volta

Chefe do programa de esportes a motor em duas rodas da Michelin, Piero Taramasso fez um balanço positivo da presença da fábrica francesa na MotoGP. Dirigente afirmou que, apesar de os recordes não serem prioridade, a Michelin segue em busca dos recordes de volta que ainda não foram batidos

A Michelin fez um balanço positivo de sua presença na MotoGP. De volta no Mundial de Motovelocidade desde 2016, a montadora francesa se mostrou satisfeita com o trabalho feira na classe rainha até aqui.
 
Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Piero Taramasso, chefe do programa de esportes a motor em duas rodas da Michelin falou em um período “bem sucedido e muito valioso” e destacou que a meta da montadora é fornecer pneus que funcionem para todos nas mais variadas condições.
Michelin fez um balanço positivo de sua presença na MotoGP (Foto: Michelin)
“O período foi bem sucedido e muito valioso para a Michelin tanto para o desenvolvimento quanto do ponto de vista comercial”, disse Taramasso. “O ano inicial foi uma curva de aprendizado muito íngreme, mas nós ainda conseguimos estabelecer nosso espírito de fabricar pneus que funcionam para todos os pilotos em todas as condições, como ficou demonstrado com o fato de termos nove vencedores diferentes na primeira temporada”, recordou. 
 
“Nós continuamos a evoluir os pneus, em uma taxa maior nos primeiros dois anos, mas, desde a introdução da regra que determina que temos de declarar toda a alocação de pneus no início do ano, isso abrandou consideravelmente, mas ainda estamos melhorando os pneus e vamos continuar fazendo isso enquanto estivermos na MotoGP”, assegurou. 
 
Apesar de esta não ser a prioridade, Taramasso reconhece que a Michelin ainda quer tomar para si os recordes de volta que lhe faltam. 
 
“Nós ainda temos muitas melhorias a fazer e tem algumas pistas onde ainda não temos os recordes de volta, e, embora essa nunca seja a prioridade, é algo que queremos alcançar. Às vezes é por conta do clima e muito pouco tempo lá ― como em Austin, onde não pudemos testar ― que torna isso difícil, mas é algo que queremos corrigir”, explicou ao GP. “Até aqui, eu diria que estamos provavelmente em 80% do que queremos alcançar, você nunca alcança 100%, porque sempre tem algo a melhorar, mas estamos constantemente nos esforçando para desenvolver ou ampliar e das aos pilotos os melhores pneus”, comentou.
 
Questionado sobre o quanto os pneus evoluíram ao longo deste tempo, Taramasso destacou que a MotoGP mudou bastante no período em que a Michelin esteve ausente, o que resultou numa necessidade de adaptação.
 
“Logo que nós voltamos, nós percebemos que as coisas tinham mudado consideravelmente nos sete anos que ficamos longe da MotoGP”, contou. “E uma das primeiras coisas que precisávamos melhorar eram os pneus dianteiros. Nós descobrimos que a aderência e a potência que o nosso traseiro estava criando eram excessivas para o dianteiro e que os pilotos mudaram muito o estilo de pilotagem, com uma freada muito atrasada e forte que coloca muito estresse/carga na dianteira da moto”, relatou. 
 
“Nós tivemos de trabalhar para ajudá-los a se adaptarem ao que estávamos tentando alcançar, mas ainda dando a eles a confiança de forçar”, apontou. “Conforme as temporadas avançaram, agora estamos em uma situação onde os pilotos entendem os pneus muito mais e nós temos uma maior quantidade de dados, então podemos tomar decisões bem informadas sobre quais pneus funcionam em cada pista”, considerou Taramasso.
 

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