Morbidelli fala em “filosofias diferentes”, mas elogia rival Lüthi e admite: “Eu costumava torcer para ele”

Líder da Moto2, Franco Morbidelli contou que torcia por Tom Lüthi antes de chegar ao Mundial. O italiano da Marc VDS hoje lidera o campeonato com 21 pontos de vantagem para o suíço.

 

Futuros companheiros de Marc VDS na MotoGP, Morbidelli e Lüthi disputam o título de 2017 da Moto2 com campanhas bastante distintas. Enquanto o #21 já soma oito vitórias, o rival venceu uma única vez, mas faz uma temporada bastante constante.

 

Com quatro etapas para o fim da temporada, Morbidelli não dá sinais de preocupação, mas ciente do bom histórico de Lüthi nas provas transoceânicas ― o suíço venceu em Motegi e Phillip Island no ano passado e soma três pódios em Sepang.

“Acho que mostrei que tenho a velocidade e posso vencer corridas”, disse Morbidelli em entrevista ao site britânico ‘Crash.net’. “Tom mostrou que também tem a velocidade nas corridas e é constante, é consistente. Acho que isso é bom. Nós somos duas filosofias completamente diferentes de corrida e temos filosofias diferentes de abordar as corridas, mas estamos ambos no topo”, seguiu.

 

“Serão dois pilotos, mas também duas mentalidades, dois momentos na vida, porque ele também é um pouco mais velho do que eu. Além disso, são duas maneiras de correr, lutando juntos. Acho que vai ser bom”, avaliou.

 

Apesar de rivais, Morbidelli teceu elogios ao piloto da Interwetten e avaliou que é ótimo ter o suíço como adversário pelo título.

 

“Ele é uma ótima pessoa”, elogiou Franco. “Ele é um ótimo piloto. Eu costumava torcer para ele quando estava assistindo as corridas, sabe”, contou o #21, que chegou à Moto2 em 2014.

 

“Me lembro que no meu primeiro ano, quando cheguei na Moto2, ele já foi muito legal comigo. Então eu realmente gosto dele e sempre gostei. Agora é ótimo lutar pelo título com ele. Me sinto bem”, comentou.

 

Com a disputa pelo titulo polarizada apenas ente os dois ponteiros, Morbidelli reconheceu que esperava ver mais gente na briga.

 

“Eu estava esperando mais pessoas na briga pelo campeonato neste ano, pelo menos eu, Álex [Márquez], [Miguel] Oliveira e Tom. E também [Lorenzo] Baldassarri. Todos estavam esperando Baldassarri, mas, por alguma razão, ele não fez um bom campeonato na primeira parte, então agora ele está mais atrás”, apontou. “Mas aqui estamos nós. Somos dois: eu e Tom. Estou em um momento onde só tenho de manter o foco em mim e seguir em frente. Esperava que pudesse chegar neste ponto do campeonato ainda lutando. Aqui estou eu e vou continuar”, concluiu.