Motivado, feliz e empolgado: Aleix Espargaró se encanta com evolução da Aprilia

Aleix Espargaró saiu mais do que satisfeito do teste coletivo da Malásia. O catalão acredita que poderia brigar pelo pódio se a corrida fosse imediatamente após a atividade em Sepang

LEIA TAMBÉM
Aleix Espargaró não esconde a animação com a performance da versão 2020 da RS-GP. Após a primeira bateria de testes coletivos da pré-temporada da MotoGP, o #41 exaltou o trabalho da Aprilia e avaliou que poderia brigar pelo pódio se a corrida fosse imediatamente após os testes na Malásia.
 
Ao fim dos três dias de atividades em Sepang, Aleix fechou os treinos com o décimo tempo. Com sua melhor volta em 1min58s694, o irmão de Pol ficou a 0s345 de Fabio Quartararo, o líder dos trabalhos.
 
“Se a corrida fosse amanhã, eu lutaria pelo pódio. Com certeza”, disse Aleix. “Mas não vamos correr aqui nos próximos dez meses”, seguiu.
Aleix Espargaró (Foto: Aprilia)
Paddockast #47
FORD vs FERRARI

Ouça:

Spotify | iTunes | Android | playerFM

Aleix ressaltou que é importante avaliar a RS-GP em outra pista e destacou que a confiabilidade é uma preocupação neste início de campeonato. 
 
“Temos de ir para outra pista e ver o que acontece e temos de ver se a moto pode terminar as corridas, porque toda vez que estresso a moto por mais de dez voltas, alguma coisa acontece”, apontou. “Então não é sobre o quão rápido você pode ser. Você tem de chegar ao fim e essa é a nossa prioridade agora”, frisou.
 
“Mas o tempo de volta que fizemos com uma moto de só três dias, o 1min58s6 e a simulação de corrida de 12 voltas, que acho que foi a mais forte, nós provamos que a nossa competitividade é alta”, comentou. 
 
O próprio Aleix reconheceu que está “empolgado demais”, mas avaliou que fez uma simulação de corrida melhor que a Ducati e que Fabio Quartararo. 
 
“Talvez agora eu esteja motivado demais, feliz demais, empolgado demais”, ponderou. “A volta rápida que fiz em um circuito como este ― perdi dois ou três décimos no quarto setor em comparação com a Ducati ―, mas, mesmo assim, fiz a simulação de corrida mais forte de 12-14 voltas. Melhor do que as Ducati, melhor do que Quartararo fez antes”, observou.
 
“Você nunca sabe o que pode acontecer no Catar, mas, no momento, estou satisfeito. Estou feliz”, insistiu.
 
A simulação de corrida de Aleix foi afetada por um problema de motor, mas o catalão não foi pego de surpresa, já que tinha sido alertado sobre essa possibilidade pelos engenheiros da Aprilia.
 
“Eu estava pressionando os engenheiros para testar o motor em um long-run”, contou. “Eles não tinham muita certeza, mas, para mim, era muito importante entender a temperatura da moto, o feeling da moto”, justificou.
 
“Depois dos pneus novos que usamos pela manhã, essa era a prioridade. A simulação de corrida foi muito boa até a volta 13. Restavam só sete voltas para o fim, e eu comecei a sentir que a potência começou a baixar muito, muito, muito”, explicou. “Nós tivemos um problema com o escapamento e tivemos de parar. De qualquer forma, temos de descobrir tudo isso. A moto é bem nova. É uma pena, porque eu me senti muito competitivo e senti que eu podia ficar em 1min59s por todas as voltas. Mas a moto é muito nova, então temos de dar tempo a ela”, reconheceu.
 
Com apenas mais um teste pela frente antes do início da temporada, no Catar, no dia 8 de março, Aleix sabe que a Aprilia não tem muito tempo, mas acredita que a confiabilidade da RS-GP tem de ser a prioridade.
 
“Para mim, a prioridade agora é a confiabilidade. Entendo que esses problemas estejam acontecendo. Me lembro quando Marc testou a nova moto dele em Brno e Misano no ano passado e eles tiveram muitas, muitas voltas antes de estressar a moto ao máximo aqui no teste de Sepang”, comentou. “A Aprilia fez um trabalho muito, muito bom. Me lembro que eles estavam empacotando a moto no último minuto em Noale para enviar a Sepang. Então é normal”, considerou.
 
“Agora temos uma reunião muito importante com os engenheiros e temos de ver como podemos melhorar os problemas que tivemos nesses três dias. Não tem muito tempo antes do teste do Catar e da primeira corrida”, reconheceu. “Eu odeio testar, mas realmente gostaria que tivéssemos mais um ou dois meses mais de testes antes da primeira corrida. A moto é muito competitiva, mas os engenheiros precisam de mais tempo para entender a confiabilidade das novas peças. Não teremos esse tempo, então vamos ver o que acontece quando estressarmos a moto na corrida”, falou.
 
Além da confiabilidade, Aleix também manifestou preocupação com a aceleração do novo motor V4 de 90° da Aprilia.
 
“Acho que a moto é forte em quarta, quinta e sexta marcha, mas estamos sofrendo nas marchas menores”, explicou. “Sinto falta de torque, especialmente em primeira e segunda marcha. Sinto que é onde especialmente a Ducati e a Honda são super fortes. Elas são como foguetes. A velocidade máxima não é ruim, mas, para mim, é difícil, porque você não pode ultrapassá-los”, ponderou.
 
“Eu fiz duas voltas com Álex Márquez e quase bati nele, porque não tinha como ultrapassar. Eu chegava muito longe nos freios e isso é um problema. Teste não é corrida. No teste você está sozinho e, nas corridas, você tem de ultrapassar. Isso é algo que temos de melhorar”, defendeu.
 
Por fim, Aleix afirmou que a ausência de Andrea Iannone foi sentida no teste e torceu para que o italiano esteja no Catar. Andrea está provisoriamente suspenso por doping.
 
“Bradley [Smith] trabalhou com muitas novas coisas, tentando me ajudar. Além disso, [Lorenzo] Savadori também fez algumas voltas. Obviamente, Andrea é um piloto muito forte e estressa mais o material. Nós sabemos a situação dele e espero que ele possa resolver e estar no Catar”, concluiu.
 

Apoie o GRANDE PRÊMIO: garanta o futuro do nosso jornalismo

O GRANDE PRÊMIO é a maior mídia digital de esporte a motor do Brasil, na América Latina e em Língua Portuguesa, editorialmente independente. Nossa grande equipe produz conteúdo diário e pensa em inovações constantemente, e não só na internet: uma das nossas atuações está na realização de eventos, como a Copa GP de Kart. Assim, seu apoio é sempre importante.

Assine o GRANDE PREMIUM: veja os planos e o que oferecem, tenha à disposição uma série de benefícios e experências exclusivas, e faça parte de um grupo especial, a Scuderia GP, com debate em alto nível.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.