Ordem de equipe rouba manchete, mas Dovizioso mantém sonho do título com fim de semana perfeito na Malásia

Andrea Dovizioso chegou na Malásia em uma situação difícil, mas conseguiu salvar o primeiro match-point de Marc Márquez para seguir sonhando com o título da MotoGP. Com ou sem ordens de equipe, o italiano é o responsável pela posição atual da Ducati

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“As ordens de equipe da Ducati estiram o Mundial até Valência”. Foi assim que o diário espanhol ‘AS’ escolheu retratar o GP da Malásia deste domingo (29).
 
 
Embora a escorregada do espanhol na curva final do traçado de Sepang tenha sido cristalina, uma mensagem enviada pela Ducati na volta anterior via recém-introduzido painel de comunicação foi o gatilho para a ‘polêmica da vez’. O #99 foi orientado pelo time a mudar para o ‘mapa oito’ pouco antes de perder a liderança da corrida, o que resultou em especulações de que a fábrica de Bolonha tinha mascarado uma determinação para que as posições fossem invertidas tal qual fez a Red Bull anos atrás na polêmica do ‘Multi 21’ com Mark Webber e Sebastian Vettel na F1.
O momento que Dovizioso ultrapassou Lorenzo (Foto: Michelin)
Com 33 pontos de atraso para Márquez no momento da largada, Dovizioso tinha sua situação muito clara: só a vitória interessava. E nem isso seria suficiente se o #93 tivesse feito uma corrida melhor.
 
Ordens de equipe não são uma constante nas corridas de moto e, quando acontecem, nem sempre surtem o efeito desejado. O caso mais célebre talvez venha do Mundial de Superbike, quando, no fim da temporada 2014, Loris Baz, então fora da briga, desobedeceu uma orientação clara da Kawasaki para entregar sua posição a Tom Sykes, que ainda lutava pelo título, na etapa do Catar. O britânico acabou perdendo a taça ― não por conta da postura do #76 ― para Sylvain Guintoli, e os companheiros de equipe lavaram roupa suja em público pelas redes sociais.
 

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No caso da Ducati, as ordens seriam mais do que compreensíveis. Afinal, uma derrota de Andrea para Lorenzo significaria o fim do sonho do título.
 
Até aqui, a casa de Borgo Panigale vinha negando que tivesse dado ordens de equipe, embora Scott Redding tenha admitido desobediência ao bater Dovizioso no GP da Austrália da semana passada. Mas era mesmo necessário dizer a Lorenzo que ele tinha de ceder a liderança? Não para o #99.
 
“Eu já sabia. Não precisava de ninguém para me dizer o que fazer nessa situação”, disse Lorenzo na coletiva desta tarde. “Sabia que o título mundial era importante no caso de Márquez ter caído ou algo assim, ou de ele estar na quarta ou quinta posição. Obviamente, eu queria vencer a corrida, queria continuar forçando até o final, mas a frente estava muito no limite e, para ficar com Dovi até o final, teria de ficar muito no limite na freada”, seguiu.
 
“Forcei muito, mas Dovi foi me alcançando pouco a pouco e, no final, me passou. Eu tentei segui-lo, mas sabendo que era ele, não queria fazer nenhuma loucura”, justificou. “Digamos que tentei 90%, mas vi que tinha de arriscar muito nas freadas”, reconheceu.
 
Diretor-esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti comemorou em entrevista à emissora espanhola Movistar MotoGP a postura de Lorenzo.
 
“Jorge é um profissional, está muito ligado a Ducati e sabe o que é o melhor para todos”, declarou.
 
Chefe da Ducati Corsi, Gigi Dall’Igna não confirmou as ordens, mas tampouco negou. “Fizemos o que era certo fazer nestas condições”, falou.
 
Como fez ao longo de toda a temporada, Dovizioso voltou a rejeitar ordens de equipe e garantiu que não pediu ajuda para conquistar o título.
 
“Eu não sei nada de ordens de equipe. Além disso, não sou o protótipo de piloto político. Não gosto nada da ajuda dos outros”, afirmou. “Podia ter chegado o momento de pedir [para a equipe] me dar uma mão. Pode ser que aconteça, não sei. Eu não peço essas coisas, sou muito esportivo e acho que a vitória tem de ser conquistada na pista. Eu não pedi nada para a Ducati, mas acho que ele estava travando a frente, não tinha muita margem”, ponderou.
 
Rival pelo título, Márquez tinha ‘irritado’ a Ducati no início do fim de semana ao insinuar o uso de ordens de equipe, mas nem ele foi capaz de censurar a postura do time vermelho.
 
“Se teve ou não, não sei, mas espero, falando honestamente, que se você é um piloto profissional, está em uma marca e sente a marca, às vezes palavras sobram, você sabe o que tem de fazer em todo momento. Se você se coloca na pele de Lorenzo, sua marca está disputando um Mundial, você não está disputando nada e isso é normal”, reconheceu. 
 
Tendo sido usada ou não, a suposta ordem do ‘mapa oito’ não foi determinante para o adiamento da decisão. Lorenzo cometeu um erro claro. Dovizioso aproveitou. Ciente da situação do time, o #99 optou pela segurança e não partiu para o tudo ou nada. Ponto.
 
O mérito de o Mundial ser decidido em Valência é de Dovizioso, de suas seis vitórias e de sua competitividade. O #4 fez tudo que precisava fazer. E no momento em que precisava fazer. Todavia, também pode ser imputada ao italiano a responsabilidade pelos 21 pontos de atraso para Márquez. Afinal, a apresentação em Phillip Island precisava ― e deveria ― ser melhor.
 
“Pode ser que tenhamos uma moto superior ao resto, mas ganhar nessas condições confirma o muito que crescemos. Tanto eu como a moto”, comentou Andrea. “É uma pena que estamos muitos pontos atrás de Márquez”, lamentou.
 
Ainda com uma boa vantagem no topo da classificação, o titular da Honda segue focado e ciente de que apenas precisa de paciência para chegar ao tetracampeonato da MotoGP.
 
“Não estou nada decepcionado, me sinto aliviado por ter salvado um domingo que era o pior que poderia ter por conta das condições. Sofri muito, mas estou contente por manter minhas opções”, disse. “Nós vamos decidir em Valência, e digo isso desde o verão. Eu teria gostado de fechar aqui, mas precipitação e ansiedade são coisas ruins. Quando não dá, você precisa pontuar”, encerrou.
 

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