Pequena Gresini se posiciona entre gigantes, mas com missão árdua na MotoGP 2024

A equipe criada por Fausto Gresini se vê ante o maior desafio: abrigar um dos principais nomes da história da MotoGP. Com Marc Márquez, a equipe de Faenza se posiciona entre as grandes do Mundial de Motovelocidade

A Gresini vive uma nova fase na temporada 2024 da MotoGP. Agora endereço de Marc Márquez, a equipe de Faenza se coloca entre as grandes da classe rainha do Mundial de Motovelocidade, mas também tendo de enfrentar o maior desafio da trajetória na elite do motociclismo.

Não de hoje, a Gresini é um nome tradicional no paddock. Mas os últimos anos exigiram jogo de cintura. Fundador do time, Fausto foi uma das vítimas fatais da pandemia de Covid-19 e, assim, o comando do time passou para Nadia Padovani.

Mesmo sem experiência no comando de uma equipe, a viúva de Fausto, que é enfermeira de formação, assumiu as rédeas, contando com o apoio dos dois filhos mais velhos — Lorenzo e Luca — e também do time formado pelo ex-piloto.

Sob a nova gestão, a equipe se converteu em protagonista. Nos últimos anos de Fausto, a Gresini tinha sido abrigo da Aprilia, mas, quando a casa de Noale ganhou de fato o status de equipe de fábrica, o time italiano se uniu à Ducati. O que resultou em um ponto de virada.

Gresini terá um desafio extra com Marc Márquez em 2024 (Foto: Gresini)

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Usando a melhor moto do grid, a Gresini reluziu, especialmente a partir de 2022. Enea Bastianini virou um protagonista e deixou a equipe direto para ocupar uma posição de fábrica na Ducati. Álex Márquez, então, apareceu para substituir o italiano e ser mais competitivo do que era com a LCR Honda. Na reta final de 2023, Fabio Di Giannantonio justificou a aposta feita lá atrás por Fausto e virou até um vencedor de corrida.

O trabalho sólido da equipe e a moto competitiva preenchendo a garagem atraíram Marc Márquez, que abandonou um contrato milionário com a Honda um ano antes do previsto tentando recuperar a competitividade perdida desde a lesão que sofreu na abertura do campeonato de 2020.

E não é difícil entender a opção. De nenhuma das duas partes. Perto dos 31 anos, Marc precisava ser competitivo agora. Então uma moto Ducati era mesmo a melhor opção. Do lado da equipe, quem, em sã consciência, diria não a Marc Márquez?

Mas é fato que Márquez é maior do que a Gresini. Dono de seis títulos da MotoGP, o espanhol de Cervera figura na lista dos melhores da história e, como tal, tem os passos acompanhados no detalhe. A pequena equipe italiana nunca teve um piloto de tal gabarito.

Com Márquez na garagem, a Gresini terá não só de aprender a estar no centro das atenções, mas também a lidar com um piloto de tal porte. Marc nunca foi piloto satélite. E isso é um aprendizado também para ele.

Duas coisas contam a favor do time de Nadia Padovani: a união da equipe e Álex Márquez. No primeiro caso, já há entrosamento entre eles e, assim, podem encontrar apoio um no outro. No segundo, Álex é o irmão caçula de Marc e, ainda que alguma rivalidade possa existir, é certo dizer que o clima na equipe não será destruído. Os dois têm um relacionamento excelente e isso não vai ser abalado.

Mesmo assim, o desafio é grande. Márquez pode até não alardear, mas está faminto. E migrou para a Gresini para tentar tirar proveito máximo da Ducati: ou seja, brigar pelo título. Assim, a equipe italiana estará sob pressão 100% do tempo. E terá de encarar o desafio.

MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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