Presidente do circuito da Catalunha admite reformas para manter MotoGP em 2018: “Faremos tudo que tiver de ser feito”

Presidente do circuito da Catalunha, Vicenç Aguilera afirmou que ainda não há uma decisão a respeito do que será feito na pista, mas assegurou que a prioridade é manter a vaga no calendário do Mundial de Motovelocidade. Durante a passagem por Sachsenring, Carmelo Ezpeleta afirmou que o traçado não estava homologado para 2018

Redação GP 07/07/2017    16:13    4min    MotoGP

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Presidente do circuito da Catalunha, Vicenç Aguilera procurou encerrar a polêmica e garantiu que fará tudo que for necessário para manter o traçado de Montmeló no calendário do Mundial de Motovelocidade. Recentemente, Carmelo Ezpeleta, o chefão da categoria, admitiu que o GP da Catalunha tinha seu futuro em risco.

 

A ameaça ao traçado catalão vem desde a morte de Luis Salom, em junho de 2016. Inicialmente, o Mundial optou por correr usando o layout da F1 ligeiramente modificado, mas, depois, foi tomada a decisão conjunta de construir uma nova chicane, um pouco antes da que é utilizada pelo Mundial da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

 

Inaugurada para a prova de 2017, a chicane foi reprovada pelos pilotos e abandonada ainda após o primeiro dia treinos. Os competidores, no entanto, pediram mudanças no traçado, especialmente em termos de recapeamento e ampliação nas áreas de escape.

Chicane foi tema de debate na última etapa em Barcelona (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

Durante a abertura das 24 Horas de Motociclismo, que acontecem neste fim de semana em Montmeló, Aguilera usou um tom conciliador e afirmou que a única decisão tomada até o momento foi a de fazer o possível para manter o Mundial.

 

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“Não há nenhuma decisão tomada, mas, sim, a decisão de fazer o que for para manter o GP da Catalunha de MotoGP”, disse Aguilera. 

 

De acordo com a imprensa espanhola, Montmeló vai adiantar sua programação em um ano e recapear o traçado completamente. Além disso, a meta é buscar uma alternativa para aumentar em 15 metros a área de escape da curva 12.

 

Também segundo a imprensa local, os responsáveis pelo traçado catalão já procuraram as empresas que fizeram o recapeamento dos traçados de Assen e de Sachsenring, que tiveram o asfalto bastante elogiado pelos pilotos.

 

“Assim como fizemos nos últimos 25 anos, faremos tudo que tiver de ser feito”, garantiu Aguilera. “Para nós, não há nenhuma polêmica. Como sempre, faremos o que sempre fizemos. Fizemos chicanes, não fizemos, as modificamos. Faremos o que for preciso. Portanto, não tem sentido nenhum colocar em dúvida a realização do GP da Catalunha do ano que vem. Não estamos preocupados, porque o circuito fará o que tem de ser feito”, continuou.

 

Assim como aconteceu na chicane abandonada neste ano, o projeto de reforma do traçado passará por Franco Uncini, comissário de segurança da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), que apresentará a proposta para a Dorna, a promotora do Mundial. A Comissão de Segurança, então, terá sua chance de avaliar as mudanças, antes da homologação final pela entidade máxima do esporte.

 

De acordo com Aguilera, ainda não há um plano definitivo de obras. “Estamos trabalhando nisso e, quando tivermos as coisas resolvidas, vamos explicar”, avisou. “Agora não podemos antecipar coisas que não estão nem acordadas”, concluiu.

 

Após o GP da Catalunha, o diretor do circuito, Joan Fontseré, concedeu uma entrevista ao diário espanhol ‘AS’ e reclamou das queixas dos pilotos. O dirigente reclamou, especialmente, de Valentino Rossi e questionou o fato de o #46 não se queixar de falta de segurança em Mugello.

 

Na Alemanha, Rossi deixou claro que não gostou das declarações de Fontseré e evitou cobrar mudanças em Montmeló.

 

“Não quero falar sobre a Catalunha, porque não gostei do que o diretor disse”, afirmou Rossi. “Estarei de acordo com o que Carmelo fizer”, concluiu.

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