Rossi não vê Yamaha “forte o bastante para vencer” e desabafa: “Espero, de todo coração, que esteja errado”

Valentino Rossi teve um domingo ruim no segundo dia de testes no Catar e concluiu que a Yamaha não tem uma moto “forte o bastante para vencer”. Com uma visão diferente da de Maverick Viñales, o #46 disse que torce para estar errado

A Yamaha sofreu seu primeiro revés na pré-temporada 2019. Depois de dar alguns sinais positivos ao longo dos testes, a YZR-M1 sofreu com a aderência na traseira no domingo (24), especialmente nas mãos de Valentino Rossi, que fechou o segundo dia de testes no Catar apenas com o 19º tempo.
 
A aderência na traseira já é uma reclamação antiga no time de Iwata, o que despertou fantasmas que pareciam adormecidos.
 
Falando à imprensa após a sessão, Rossi não escondeu a decepção com a performance e explicou que as tentativas para sanar o problema não deram resultado ao longo do dia.
Valentino Rossi terminou o segundo dia em Losail preocupado com a performance da M1 (Foto: Yamaha)
“Hoje foi mais difícil. Tive mais dificuldade, especialmente com a aderência da traseira”, disse Rossi. “Ontem tínhamos um acerto base, e não fui tão mal. Hoje, tentamos melhorar, tentamos alguns acertos diferentes, mas também alguns materiais diferentes. Infelizmente, não melhoramos”, seguiu.
 
“Foi um dia difícil. Fui sempre muito lento, então não estamos felizes. Amanhã vamos tentar seguir outros caminhos para ser mais competitivo”, comentou.
 
O #46 admitiu sua preocupação com a velocidade da M1. No domingo, o italiano atingiu o máximo de 334,3 km/h, enquanto que as Honda de Marc Márquez e Cal Crutchlow alcançaram 346,1 km/h.
 
“Infelizmente, somos um pouco lentos na reta”, lamentou Rossi. “Por alguma razão, não tanto em Sepang. Aqui no Catar temos um atraso grande, talvez por termos dificuldade na saída da reta”, considerou.
 
“Eu disse em novembro passado que tinha dois motores diferentes, decidi por um, e é esse aqui”, comentou. “Mas a desvantagem aqui em comparação com Honda e Ducati, que é mais de 10 km/h na reta, nos preocupa. No momento, é assim”, seguiu.
 
Ao contrário de Rossi, Maverick Viñales se mostrou menos preocupado, embora tenha cobrado uma melhora do lado eletrônico. Ainda assim, o #12 considera que o problema está na aceleração da YZR-M1.
 
“Com certeza, a moto está funcionando bem, acho que é melhor moto que temos nos últimos anos”, opinou Maverick. “Mas os rivais deram passos à frente realmente bons, então precisamos seguir trabalhando, especialmente na aceleração. No momento, nós perdemos bastante nessa área”, reconheceu.
 
Informado de que Viñales acredita que a M1 de 2019 é a mais forte desde que chegou na Yamaha, Rossi respondeu: “Se ele diz, eu concordo”.
 
“Sinceramente, eu sempre sofri um pouco demais com a aderência na traseira, especialmente hoje. Nós tentamos algumas coisas diferentes para melhorar, porque ontem foi a base e não foi tão mal”, explicou. “Para mim, não somos fortes o bastante para vencer. Nós ainda temos desvantagem em comparação com as melhores motos. Espero, de todo coração, que eu esteja errado e Maverick certo”, concluiu.

#GALERIA(9669)
 
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.