Tech3 aposta em grandes mudanças para 2025 e copia pintura da parceira KTM na MotoGP

A Tech3 foi mais uma equipe a apresentar motos para a temporada 2025 da MotoGP, nesta quinta-feira (30). A satélite da KTM mostrou a pintura da RC16 que será utilizada por Enea Bastianini e Maverick Viñales no campeonato deste ano, que será bem parecida com o layout utilizado pela parceria na classe rainha.

Apesar de ser uma cliente da KTM, a Tech3 vai correr com motos oficiais e atualizadas da montadora austríaca, mas as grandes novidades são os pilotos, que chegam este ano carregados de expectativas e também de experiência, principalmente pela passagem em outras marcas renomadas do grid.

Maverick Viñales chega com a responsabilidade de ser um dos mais antigos pilotos do grid da MotoGP e vem de uma temporada de altos e baixos. No ano passado, conseguiu vencer o GP das Américas e a sprint em Portimão, mas também conviveu com muitas quedas e problemas na Aprilia, terminando apenas na sétima posição.

Sem espaço na grande renovação feita pela montadora italiana, Viñales acabou encontrando espaço na Tech3 e espera usar mais uma equipe no currículo para ampliar o recorde de vitórias por diferentes marcas na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

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A outra novidade é Enea Bastianini. Depois de duas temporadas na equipe principal da Ducati, perdeu o posto para Marc Márquez e ficou a ver navios na categoria. No fim, conseguiu um espaço na Tech3 e esperar retomar o bom ritmo que o levou até a montadora italiana no passado, mantendo-se saudável e sem muitos acidentes.

Em 2024, terminou na quarta colocação, com direito a vitórias nos GPs da Grã-Bretanha e da Emília-Romanha, além de triunfos em outras duas sprints. Mesmo assim, não foi capaz de ter a mesma consistência do companheiro Francesco Bagnaia ou dos concorrentes de satélites, como Jorge Martín.

A crise financeira, porém, preocupa a Tech3. A KTM enfrenta mais de 3000 reclamações de credores, sendo a maior parte de funcionários com pendências financeiras. As dívidas já passam dos €2 bilhões — cerca de R$ 12 bilhões. Por isso, está sob autoadministração, gerenciada por uma empresa que busca reestruturar as finanças. A atual gerência da KTM seguirá no controle da companhia durante o processo, trabalhando sob supervisão judicial para implementar um plano de reorganização.

Atualmente competindo na MotoGP, a KTM demitiu centenas de funcionários e planejava pausar a fabricação das motos de rua nos primeiros dois meses de 2025. Em novembro passado, a Pierer Mobility anunciou que não espera segurar o financiamento necessário à tempo, iniciando um processo de reestruturação. A montadora, no entanto, garantiu sequência na MotoGP e até mesmo o desenvolvimento da moto RC16.

Além de interromper a fabricação de novas motos por 2 meses, o processo de reestruturação também contou com a demissão de 750 funcionários e a reversão da aquisição da MV Agusta. A empresa também planeja a venda do projeto de veículo esportivo X-Bow.

A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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