Viñales cai nos metros finais e Márquez vence na Austrália. Miller é 3º

Maverick Viñales remou, remou, mas morreu na praia. Depois de perder a ponta para Marc Márquez na abertura da volta final, o #12 ainda caiu nos metros finais e viu o #93 receber a bandeirada com 11s143 de folga na ponta. Cal Crutchlow ficou com o segundo posto, com Jack Miller superando Francesco Bagnaia pelo terceiro lugar

A Honda levou a melhor em mais um confronto com a Yamaha. Depois de perseguir Maverick Viñales em boa parte do GP da Austrália deste domingo (27), o #93 tomou a liderança na abertura da volta final e ainda viu o #12 cair nos últimos metros para cruzar a linha de chegada com folga em uma dobradinha com Cal Crutchlow.

 
Dono do melhor ritmo do fim de semana, Viñales garantiu a pole nesta manhã, mas acabou saindo mal e teve de remar para recuperar a liderança. O titular da Yamaha logo conseguiu tomar a ponta, mas não se livrou da pressão de Marc.
 
Depois de algumas tentativas aqui e ali, Márquez tomou a ponta na abertura do último giro, mas Viñales seguiu empenhado em pressionar. Na nona curva, porém, Maverick caiu e abandonou, com o #93 seguindo em frente para receber a bandeirada com 11s413 de frente para Cal Crutchlow, o segundo colocado.
Maverick Viñales cai na última volta (Foto: Reprodução/MotoGP)
A briga pela vitória, porém, não foi a única quente em Phillip Island. O segundo pelotão travou um ótimo duelo pelo terceiro posto e, na bandeirada, Jack Miller superou Francesco Bagnaia por 0s055 para ficar com o último posto do pódio.
 
Joan Mir aparece em quinto, seguido por um impressionante Andrea Iannone. O italiano permaneceu na briga entre os ponteiros durante toda a corrida e acabou 0s014 à frente de Andrea Dovizioso.
 
Em seu 400 GP, Valentino Rossi chegou a liderar depois de uma boa largada, mas acabou escorregando até o oitavo posto. Álex Rins ficou com a nona colocação, com Aleix Espargaró completando o top-10.
 
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Saiba como foi o GP da Austrália de MotoGP:
 
Depois de dois dias de frio e céu nublado, o domingo não seria diferente em Phillip Island. Pouco antes da largada, os termômetros mediam 17°C, com o asfalto chegando a 30°C. A velocidade do vento estava em 13 km/h.
 
O domingo, porém, começou atípico, já que os pilotos fizeram o treino classificatório após o warm-up. Melhor para Maverick Viñales, que quebrou uma sequência de poles de Marc Márquez na Austrália para formar um 1-2 da Yamaha com Fabio Quartararo. O campeão de 2019 fecha a primeira fila, com Valentino Rossi, em seu 400º GP, saindo em quarto.
 
Em um fim de semana comemorativo para o #46, Rossi se reuniu com o lendário Jeremy Burgess no grid. O australiano foi chefe de mecânicos do piloto italiano durante a parte mais vitoriosa da carreira de Valentino. 
 
Neste fim de semana, a Michelin levou para Phillip Island a tradicional alocação de macios, médios e duros, todos em configuração assimétrica, com a borracha mais resistente do lado esquerdo do pneu. Em caso de chuva, a escolha seria entre macios e médios, apenas com os traseiros em configuração assimétrica.
 
No grid, as escolhas de pneus foram as mais diversas. No top-6, por exemplo, Viñales escolheu um par de macios, com Quartararo usando médio na frente e duro atrás. Márquez colocou duro na frente e macio atrás, enquanto Rossi optou por médio e macio. Petrucci saiu com médio e duro e Crutchlow escolheu um par de duros.
 
Na hora da largada, Viñales titubeou e quase cedeu a ponta para Quartararo, mas foi Rossi quem saiu melhor e tomou a ponta da corrida, com Crutchlow assumindo o segundo posto, à frente de um surpreendente Iannone.
 
Ainda nos primeiros metros, Quartararo e Petrucci se envolveram em um acidente na curva 2, a Southern Loop, e abandonaram a corrida. O piloto da Ducati foi ejetado da moto e acabou ‘pousando’ na moto do #20. Apesar do susto, os dois não se feriram com seriedade.
 
Rossi, então, se instalou confortavelmente na ponta, seguido por Crutchlow, Iannone. Márquez, Aleix Espargaró e Viñales.
 
Na abertura da terceira volta, Crutchlow colou em tentou passar na curva 1, mas Rossi manteve a ponta. Pouco depois, Márquez conseguiu passar Iannone para assumir o terceiro posto.
 
Andrea, porém, não deixou barato e deu o troco no espanhol. Mais atrás, Viñales passou Aleix para ocupar a quinta colocação.
De novo na reta, Crutchlow apostou na força do motor Honda e tomou a ponta de Rossi, que acabou superado por Iannone na sequência. 
 
Pouco depois, Iannone tomou a ponta de Crutchlow, mas levou o reoco rapidamente. Rossi seguia colado, com Viñales já aparecendo em quarto, à frente de Márquez.
 
Marc, então, tomou o terceiro posto de Rossi e, na sequência, tirou o segundo posto de Iannone. Viñales saltou para quarto, com o #46 caindo para quinto.
 
Em uma atípica boa performance da Aprilia, Aleix conseguiu passar Rossi e subir para a quinta colocação. Enquanto isso, Cal abriu 0s36 de frente para Iannone. 
 
Na sétima volta, Márquez assumiu o segundo posto, com Rins aparecendo mais atrás para tomar a sexta colocação de Rossi.
 
Depois de um início de prova espetacular, Rossi foi perdendo mais e mais. Na oitava volta, Dovizioso apareceu para tomar o sétimo posto do conterrâneo, mas levou o troco pouco depois.
 
Enquanto isso, Viñales tirou Iannone do caminho e se instalou em terceiro, 0s213 atrás de Márquez, que vinha juntinho de Crutchlow.
Uma vez em terceiro, Viñales passou a pressionar Márquez e, na nona volta, na descida para a MG, tomou o segundo posto, 0s199 atrás de Crutchlow, que seguia no comando da corrida.
 
Na volta seguinte, o #12 assumiu o comando e, na sequência, Márquez deu um chega para lá em Crutchlow na curva 9, forçando o britânico para fora da linha, o que permitiu a passagem de Iannone. Aleix era o quinto, seguido por Rins e Rossi. 
 
Cal logo tomou a terceira colocação do #29, mas Andrea vinha em uma ótima exibição.
 
Rins, então, partiu para o ataque e passou Aleix, com Rossi aproveitando o embalo para se instalar em sexto. Dovizioso tinha o oitavo posto, seguido por Miller e Bagnaia.
 
Na 13º volta, Rins passou Iannone para ocupar o quarto posto, com Rossi seguindo o mesmo roteiro. Mais atrás, Dovizioso passou Aleix e assumiu a sétima colocação.
 
Vindo mais atrás, Miller também começou a escalar e tomou a oitava posição de Aleix. Na sequência, Dovi passou Iannone para colar em Rossi.
 
Dono de um ritmo forte ao longo de todo o fim de semana, Viñales liderava, mas sem conseguir escapar. Crutchlow, por outro lado, já não acompanhava os ponteiros e tinha mais de 1s de atraso para o #93.
 
Na 14ª volta, Rossi tomou a quarta colocação de Rins. Neste ponto da corrida, o italiano já tinha 2s7 de atraso para Crutchlow, o terceiro.
 
Empenhado, Márquez diminuiu um pouco a vantagem de Maverick, mas ainda sem conseguiu um ponto de ataque. 
 
Enquanto as coisas na ponta vinham mais controladas, a briga pelo quarto posto seguia quente, com Rins colando em Rossi e trazendo Dovizioso, Miller, Bagnaia e Iannone atrás.
Sem conseguir passar Rossi, Rins acabou perdendo a quinta colocação para Dovizioso. Na sequência, o #42 também foi superado por Miller, que subiu para a sexta colocação.
 
Na 18ª volta, Dovizioso tomou a quarta colocação de Rossi. Na sequência, Bagnaia passou Rins pelo sétimo lugar.
 
No mesmo giro, Rossi devolveu a ultrapassagem de Andrea para retomar a quarta colocação. Miller, Bagnaia, Rins, Iannone e Mir vinham coladinhos nesse pelotão.
 
Com nove voltas para o fim, Dovizioso e Miller atacaram Rossi, que caiu para sexto. A Yamaha do #46 tem um déficit importante de velocidade, especialmente na comparação com as Ducati. Em seguida, aliás, Bagnaia tomou o sexto posto do piloto de Tavullia.
Bagnaia, aliás, seguiu escalando. O #63 deixou Dovi e Miller para trás e tomou a quarta colocação. Mais atrás, Iannone e Rossi brigavam pelo sétimo posto.
 
Lá na ponta, Márquez colou em Viñales, mas o espanhol de Roses conseguiu manter a ponta. Crutchlow vinha isolado em terceiro. 
 
Pouco depois, Rossi perdeu o oitavo posto para Mir e ainda tinha Rins bem perto. Mais para frente no pelotão, Miller passou Dovi pela quinta posição.
Rins, aliás, passou Rossi na sequência, derrubando o italiano para décimo. Aleix vinha 0s4 atrás do piloto da Yamaha e com bastante folga em relação a Franco Morbidelli, o 12º.
 
Com cinco giros para o fim, Viñales seguia na ponta, mas sem conseguir se livrar de Márquez. Era mais ou menos o mesmo roteiro das últimas corridas, mas com o ‘Top Gun’ desempenhando o papel que era de Quartararo.
 
Na 24ª volta, Márquez tomou brevemente a ponta, mas Viñales recuperou o comando. 
 
Nos boxes, as equipes tinham as motos de chuva preparadas, já que o clima começava a virar em Phillip Island. 
 
Márquez, então, lançou um novo ataque na reta principal, mas Viñales se manteve na frente. Mais atrás, Miller tomou o quarto lugar de Bagnaia, que perdeu mais uma posição, agora para Dovizioso, na sequência. 
 
Com duas voltas para o fim, Márquez passou na entrada da reta e, desta vez, conseguiu manter a ponta. Maverick manteve contato com o #93, mas a diferença para o piloto da Honda aumentou na sequência.
 
Já nos metros finais, Viñales caiu e facilitou o caminho de Márquez rumo a vitória.

MotoGP, GP da Austrália, Phillip Island, Corrida:

1 M MÁRQUEZ Honda 40:43.729 27 voltas
2 C CRUTCHLOW LCR Honda +11.413  
3 J MILLER Pramac Ducati +14.499  
4 F BAGNAIA Pramac Ducati +14.554  
5 J MIR Suzuki +14.817  
6 A IANNONE Aprilia Gresini +15.280  
7 A DOVIZIOSO Ducati +15.294  
8 V ROSSI Yamaha +15.841  
9 A RINS Suzuki +16.032  
10 A ESPARGARÓ Aprilia Gresini +16.590  
11 F MORBIDELLI SIC Yamaha +24.145  
12 P ESPARGARÓ KTM +26.654  
13 J ZARCO LCR Honda +26.758  
14 K ABRAHAM Avintia Ducati +44.912  
15 H SYAHRIN Tech3 KTM +44.968  
16 J LORENZO Honda +1:06.045  
17 M VIÑALES Yamaha NC  
18 M KALLIO KTM NC  
19 T RABAT Avintia Ducati NC  
20 F QUARTARARO SIC Yamaha NC  
21 D PETRUCCI Ducati NC  
22 M OLIVEIRA Tech3 KTM NC  
         
VMR M VIÑALES Yamaha 1:29.322 179.2 km/h
MV M MÁRQUEZ Honda 1:28.108 181.7 km/h
REC J LORENZO Yamaha 1:27.899 182.1 km/h
         
  Condições do tempo PISTA SECA   ar: 16ºC | pista:30ºC


 

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