Yamaha acerta mão com M1 e rivaliza com Suzuki no Catar. Honda sofre

Depois de apresentar uma boa performance no teste da Malásia, a Yamaha veio forte no Catar e mostrou que tem nas mãos uma YZR-M1 bem nascida. Assim como a rival de Iwata, a Suzuki também acertou com a GSX-RR e mostrou que está na briga por pódios e vitórias. A Honda, por sua vez, sofre com a performance em curva, ainda mais com Marc Márquez fora da forma ideal

A temporada 2020 da MotoGP promete. Depois de muito apanhar, a Yamaha, enfim, parece ter encontrado o caminho com a YZR-M1 e, especialmente com Maverick Viñales, mostrou um ritmo de prova bastante forte. Assim como a casa de Iwata, a Suzuki também acertou a mão com a GSX-RR e deu mais um passo para se consolidar como uma postulante às vitórias. 
 
 
Ponteiro em Losail, Quartararo falou em um domingo positivo e considero que ainda é possível melhorar no dia final da pré-temporada.
Fabio Quartararo (Foto: SIC)
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“Hoje foi um teste realmente positivo. Nós trabalhamos no ritmo e, como ontem, apenas testamos alguns acertos eletrônicos, freio motor e, claro, testamos alguns acertos da moto ― na dianteira e na traseira”, explicou. “Estou realmente feliz, pois, no fim do dia, foi melhor do que ontem. Eu me senti melhor na moto e ainda temos mais um dia, então espero melhorar, mas, no geral, foi um dia realmente positivo”, insistiu. 
 
“Nós ainda precisamos entender algumas coisas na moto, pois, no momento, nós só fizemos três dias em Sepang e dois aqui. Amanhã ainda posso aprender muitas coisas na moto e estaremos prontos para correr”, avisou.
 
0s162 mais lento que o ponteiro, Álex Rins exaltou a performance da GSX-RR e garantiu que a Suzuki está pronta para a temporada.
 
“Temos um ritmo muito bom. Nós melhoramos em termos de ritmo de corrida em relação ao ano passado, então acho que estamos preparados. Tenho muita confiança na moto. Gostaria que a corrida fosse amanhã”, declarou.
 
Na versão 2020 da GSX-RR, a Suzuki introduziu um novo motor e um novo chassi. 
 
“Fizemos um bom comparativo dos dois chassis. Tem muito pouca diferença, mas o movo me permite ir um pouco mais relaxado”, comentou. “Amanhã faremos uma simulação de corrida”, anunciou.
 
Dono do terceiro tempo neste domingo (22), Viñales celebrou a melhora da Yamaha e se mostrou confiante em uma boa temporada.
 
“Hoje nós nos concentramos no ritmo e demos um passo adiante, mas ainda temos de melhorar a moto. Quero chegar ao fim de semana e me concentrar só em pilotar”, disse Viñales. “Nós tentamos adivinhar qual será o pneu da corrida, mas ainda não está claro. No entanto, temos de trabalhar na confiança”, apontou.
 
Além disso, o #25 citou melhora em um dos aspectos que mais prejudicou a temporada 2019. “Me sinto mais seguro que no ano passado para ultrapassar”, falou.
Álex Rins (Foto: Suzuki)
Com 118 voltas nos dois dias em Losail, Viñales explicou que a Yamaha conseguiu avançar com o trabalho de desenvolvimento a M1. 
 
“Nós fizemos muitos testes, mas ainda não sei se farei uma simulação de corrida”, contou.
 
Companheiro de Rins, Joan Mir também mostrou boa forma, mas sofreu uma queda, não conseguiu melhorar sua marca mais rápida e acabou em sétimo, 0s574 mais lento que Fabio. Ainda assim, o espanhol se mostrou confiante para o campeonato
 
“Nós melhoramos muito o ritmo, mas estou um pouco irritado, porque caí quando colocamos o pneu macio no final, mas ia para fazer o melhor tempo”, relatou. “Temos de buscar os décimos que nos faltam quando os pneus desgastam”, seguiu.
 
“O ritmo que temos agora é para brigar pela vitória, mas teremos que ver em duas semanas. Temos um grande ritmo para tentar ganhou ou, pelo menos, brigar pelo pódio”, relatou. “As sensações são boas, mas ganhar uma corrida na MotoGP segue sendo um sonho”, completou.
 
A Honda, porém, apareceu um bocado mais discreta em Losail. Sofrendo com a performance de curva, a RC213V está dificultando a vida de todos os pilotos da asa dourada, incluindo Marc Márquez. O histórico, porém, indica que o #93 vai dar conta de superar as deficiências, mas, ainda fora da forma física ideal, o espanhol de Cervera também está discreto na pista catari.
 
Questionado se estava preocupado com a situação da Honda no Catar, Marc apontou o contraste com o teste de Sepang e torceu para que seja um problema relacionado apenas ao traçado.
 
“Claro que estou preocupado, porque eu gostaria de ser rápido em todas as voltas, todas as pistas. Mas é verdade que estamos preocupados nesta pista”, reconheceu. “Nós temos alguns problemas que estamos tentando analisar de onde eles vêm, porque todos os pilotos da Honda ― especialmente com a moto nova ― estão com muita dificuldade neste ponto”, apontou.
Marc Márquez (Foto: Honda)
“Veja que, por exemplo, [Cal] Crutchlow, ele é um piloto rápido aqui, mas está com muita dificuldade, também caiu. Nós estamos forçando, mas apenas tentamos analisar, porque sabemos onde está o problema, mas não podemos solucionar no momento. Então, é, passo a passo, vamos tentar”, disse. “Mas, é, por outro lado, na Malásia fomos bem rápidos, fomos consistentes, estávamos pilotando bem. Então foi como noite e dia, é verdade, mas o positivo é que este é o circuito mais especial do calendário”, ponderou.
 
Já na Malásia, Márquez tinha admitido que a RCV seguia com as mesmas falhas de 2019, mas garante que a Honda está empenhada em solucionar o problema para o GP do Catar.
 
“Acho que a temporada vai ser diferente, mas, no primeiro GP, normalmente nós normalmente sofremos muito, e precisamos ter tudo nos lugares certos se quisermos encontrar um bom resultado”, declarou. 
 
Irmão mais novo do multicampeão, Álex Márquez também sentiu a dificuldade da nova Honda, mas com a inexperiência na classe rainha.
 
“Todas as Hondas estão sofrendo, falta que a moto andei encontre estabilidade na entrada das curvas”, apontou. “Ainda que falte muitíssimo, nas curvas rápidas todos os pilotos da Honda perdem muito. Pelo circuito, era algo que se podia prever, mas não esperava que fosse tanto”, assumiu
 
Crutchlow fechou o dia com o penúltimo tempo, mas conseguiu completar apenas 27 voltas, já que se feriu numa queda. 
 
“Infelizmente eu caí na curva 2 e tenho um hematoma no meu antebraço direito e abrasões nos dois braços. Assim, decidimos parar o teste hoje, porque estou com uma dor considerável”, explicou. “Na hora, não conseguia mexer os dedos, porque o inchaço era muito significativo. Desde então, nós temos tentado reduzir o inchaço no antebraço e impedir que piore. Com algum descanso, veremos se poderemos participar do último dia de testes amanhã”, torceu.
 
“Antes do incidente, nós estávamos trabalhando duro para melhorar o acerto da moto e o meu feeling em comparação com ontem. Não tivemos a chance de terminar esse trabalho, então tomara que possa pilotar amanhã, pois tem coisas que sabemos que podemos fazer para melhorar a sensação e nosso tempo de volta antes da primeira corrida”, frisou.
 
Do lado da Ducati, a fábrica italiana está trabalhando numa versão contínua do holeshot, um dispositivo que baixa a suspensão traseira da moto. Inicialmente, o recurso era destinado às largadas, mas agora a casa de Bolonha avalia sua utilização em outros momentos da corrida.
 
Apesar de mais discreta nos testes, a marca de Borgo Panigale não parece apavorada, mas sabe que a concorrência deu um passo à frente.
 
“Estou mais feliz do que ontem, pois conseguimos avançar com uma parte enorme do nosso programa de testes e agora temos uma ideia mais clara da situação”, comentou Andrea. “Somos rápidos e nosso ritmo é bom, mas os nossos rivais também. Com certeza, têm detalhes que poderemos entender apenas durante as corridas, já que nos testes, uma vez que rodamos sozinhos, só podemos ter uma ideia da área em que temos de focar para melhorar”, explicou. “Hoje nós fizemos algumas voltas consecutivas para entender os efeitos na durabilidade dos pneus. No geral, estou satisfeito”, encerrou.
 
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