Após uma longa disputa contra o câncer, Gustavo Hellmund morreu na cidade de San Antonio, no Texas, nos Estados Unidos, aos 66 anos, na última quarta-feira (16). O dirigente teve papel fundamental na revitalização do automobilismo mexicano na década de 1980. Nos anos 1960 e 1970, o país era parada constante da F1, mas problemas na confederação local fizeram com que os mexicanos ficassem de fora do calendário da principal categoria do automobilismo.
Conhecido como "El Partner", optou por trabalhar nos bastidores e organizar as corridas no México. Sem os recursos necessários para levar a F1 ao país, ele virou-se para outras categorias, como F-Atlantic, Trans-Am e a Indy, na época em que a categoria era organizada pela CART, em 1980 e 1981.
Mas o sonho da sediar a F1 nunca foi abandonado e Hellmund conseguiu realizar o sonho em 1985, quando uniu esforços e conseguiu receber a categoria um ano depois. O GP do México foi realizado entre 1986 e 1992, com Nigel Mansell vencendo a corrida derradeira no país.
Alguns anos depois, ele mudou-se para o Texas e continuou organizando e promovendo corridas. Muito doente nos últimos anos, ele se afastou das funções e viu, de longe, o filho Tavo participar da organização do GP dos Estados Unidos, em Austin. E agora o herdeiro, aproveitando o sucesso de Sergio Pérez, mira a volta do GP do México ao calendário da F1 no futuro.
De acordo com o depoimento da colunista Martha Guerra, no ‘ESPN Deportes’, Gustavo esteve em Austin para ver a F1 e “vida permitiu-lhe testemunhar o seu último sonho”. Ainda segundo ela, o “seu legado construiu as bases do que é hoje o sucesso do México nas categorias internacionais”. Além de Pérez, Esteban Gutiérrez vai disputar a próxima temporada da categoria.