Sem data e com Tailândia em crise, organização desiste de remarcar edição 2013 da Corrida dos Campeões

A organização da Corrida dos Campeões anunciou nesta quarta-feira (21) que desistiu de remarcar a edição de 2013. Decisão é resultado de um problema de data e da crise na Tailândia, que receberia o evento

A organização da Corrida dos Campeões anunciou nesta quarta-feira (21) que desistiu de remarcar a edição 2013. O evento foi cancelado no início de dezembro do ano passado por conta de protestes violentos que aconteceram em Bancoc, cidade que receberia a prova.
 
No comunicado divulgado nesta quarta, os organizadores da Corrida dos Campeões afirmam que não conseguiram encontrar uma nova data e que a atual situação política do país também inviabiliza a realização do evento.
Tailândia vive período de conflitos contra o governo desde o ano passado (Foto: Getty Images)
“A Autoridade Esportiva da Tailândia e os organizadores da Corrida dos Campeões não conseguiram encontrar uma nova data para o evento de 2013, originalmente agendado para 14-15 de dezembro”, disseram os promotores em um comunicado. “Isso aconteceu por conta de coincidências com os calendários do esporte a motor de 2014 e da atual situação política em Bangcoc, onde a lei marcial foi imposta ontem”, continuou. 
 
“A Corrida dos Campeões foi realizada por toda parte do mundo durante 25 anos seguidos, incluindo uma bem sucedida edição em Bangcoc em 2012, e nós esperamos voltar para a capital tailandesa para repetir o sucesso em um evento futuro. Notícias sobre a Corrida dos Campeões 2014 serão divulgadas em um futuro próximo”, concluiu. 
 
A Tailândia vem enfrentando uma luta pelo poder desde que o irmão da atual primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, Thaksin, foi deposto pelos militares como primeiro-ministro em um golpe em 2006. A turbulência política ganhou força em novembro do ano passado, quando começaram os protestos contra Yingluck, acusada de ser um fantoche do irmão, hoje exilado. 
 
Desde então, 28 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas durante protestos. No começo do mês, a Corte Constitucional da Tailândia afastou a premiê Yingluck e nove ministros, todos acusados de abuso de poder. Niwattmrong Boonsongpaisan assumiu como primeiro-ministro interino.
 
A oposição, entretanto, exige que o poder seja entregue a uma administração não-eleita, que teria a missão de reescrever a constituição da segunda maior economia da Ásia. Na prática, o país está sem um governo que funcione de forma efetiva desde dezembro e não foi capaz de elaborar um orçamento.
 
Na última quinta-feira, antes mesmo do amanhecer, um violento ataque foi registrado perto do Monumento da Democracia em Bangcoc, onde alguns manifestantes estão acampados. Segundo a polícia local, ao menos três granadas foram detonadas e metralhadoras disparadas contra os manifestantes.
 
Depois do ataque ao acampamento, o exercício da Tailândia decidiu reagir e decretou lei marcial no início desta semana. Em um comunicado divulgado por um canal de TV controlado pelas forças armadas, os militares afirmaram que o “objetivo é restaurar a paz e a ordem pública e não constitui um golpe de Estado”.
 
O governo da Tailândia, entretanto, afirma que não foi consultado pelos militares sobre a lei marcial e que o primeiro-ministro Niwattmrong Boonsongpaisan continua no poder.
 
Desde o fim da monarquia absoluta, em 1932, o exército realizou pelo menos 11 golpes de Estado.
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