Com mais de 600 participantes representando 53 nações, Dakar apresenta edição 2015 em Buenos Aires

Às vésperas da largada, a 37ª edição do Rali Dakar foi apresentada oficialmente na última quinta-feira (11). Em um evento realizado no Museo del Bicentenário, em Buenos Aires, na Argentina, os organizadores anunciaram que a prova do próximo ano terá um total de 665 competidores.

 

Até aqui, a lista de inscritos para o Dakar conta com 414 veículos, sendo 164 motos, 48 quadriciclos, 138 carros e 68 caminhões. Esse número traz representantes de 53 nacionalidades, entre elas Índia, Nova Zelândia e Taiwan, as novas adições ao certame.

Palco da largada e da chegada do Dakar 2015, a Argentina será o terceiro país em número de representantes, contando com 59 inscritos — 22 carros, 19 motos, 16 quadriciclos e dois caminhões. O Brasil, por sua vez, terá cinco representantes — Jean Azevedo nas motos, André Suguita nos quadriciclos, Guilherme Spinelli, Yousseff Haddad e Maykel Justo, navegador do português Ricardo Leal, nos carros.

 

Presente no evento, Etienne Lavigne, diretor da Dakar, ressaltou o valor da prova na promoção da Argentina e exaltou o número de participantes oriundos do país.

 

“O Dakar, o maior rali do mundo, é uma excelente ferramenta de comunicação e promoção da Argentina”, avaliou Lavigne. “Em 2015, a Argentina representará a terceira nacionalidade em número de participantes”, continuou. 

 

Ministro do Turismo e presidente do Instituto Nacional de Promoção Turística, Enrique Meyer concordou com Lavigne e ressaltou que “o Dakar é o evento turístico mais importante da história argentina”.

 

“Essa competência representa uma nova oportunidade de promovermos nosso país em todo o planeta, mas, também, uma possibilidade renovada de usar o turismo como ferramenta de transformação social para fortalecer o desenvolvimento das economias regionais”, ponderou Meyer. “Essa competência confirma a potencialidade dos grandes eventos esportivos para a promoção e difusão do nosso país em todo o mundo”, seguiu.

A 37ª edição do Dakar terá sua largada no dia 3 de janeiro, na frente da Casa Rosada. Nos dias 10 e 11, os competidores descansam em Iquique, no Chile, antes de passarem pela Bolívia e seguirem de volta à Buenos Aires, onde o rali termina no dia 17.

 

Esta, aliás, não é a primeira vez que a capital argentina recebe a largada simbólica do Dakar. Entre 2009, quando o rali desembarcou pela primeira vez em solo sul-americano, e 2012, Buenos Aires foi o ponto de partida da disputa. Em 2013, a competição começou em Mar del Plata, com a prova deste ano partindo de Rosário.

 

 Na edição 2014, o Dakar representou um impacto econômico de US$ 150 milhões (cerca de R$ 398,3 milhões) para a Argentina. Na Bolívia, o impacto foi avaliado em aproximadamente R$ 165,4 milhões, enquanto no Chile o montante chegou perto dos R$ 106,2 milhões.

 

“Essa competência implica em uma grande mobilização na Argentina, no interior de cada um dos nossos povos e das cidades onde as pessoas se preparam para partilhar deste evento”, comentou o ministro Meyer. “O Dakar é pura ação para os pilotos, para os organizadores e para os espectadores. Mas também para as grandes cadeias hoteleiras e para o pequeno empreendimento familiar que oferece alojamento ou gastronomia ao longo da corrida”, completou. 

 

Embora a largada aconteça só no dia 3 de janeiro, o primeiro ato da edição 2015 do Dakar aconteceu ainda em 20 de novembro, no porto de Le Havre, na França, onde os veículos dos competidores europeus passaram pelas primeiras verificações técnicas e administrativas e iniciaram uma travessia de 21 dias pelo Oceano Atlântico.

 

Pouco após a celebração do Ano Novo, os competidores e seus veículos cumprem verificações técnicas e administrativas em Tecnópolis, um grande centro de exposições no noroeste de Buenos Aires. Os sul-americanos serão os primeiros a cumprirem essa etapa, ainda no dia 1º de janeiro.

No dia 3, a Casa Rosada, o palácio presidencial da Argentina, será o palco da festa da largada do Dakar, onde os torcedores poderão celebrar junto com os competidores entre 15h e 22h30.

 

No dia seguinte, os competidores partem para a primeira etapa da competição, entre Buenos Aires e Villa Carlos Paz. A disputa segue até o dia 10, quando os pilotos de moto e quadriciclos terão seu dia de descanso em Iquique. No dia 12, também no Chile, será o dia de folga para carros e caminhões. No dia 17, os competidores serão recebidos de volta em Buenos Aires, com o pódio instalado em Tecnópolis. 

 

No total, serão cerca de 9 mil km de competição. Os carros vão percorrer 9.111 km, sendo 4.578 km de especiais. Motos e quads vão cobrir uma distância de 9.295 km, sendo 4.752 km de trecho cronometrado. A menor distância a ser percorrida será feita pelos caminhões, que têm um percurso de 8.159 km, sendo 3.759 km de especiais.