Sainz vê chances de vitória no Dakar acabadas depois de capotagem: “Deu tudo errado”

Carlos Sainz concordou que ainda há muita corrida pela frente e pode vencer alguma especial, mas foi realista ao comentar as chances de conquistar o quinto título no Dakar

O sonho do pentacampeonato no Dakar 2025 praticamente acabou para Carlos Sainz. Depois de capotar na primeira metade da maratona, no domingo (5), o veterano espanhol concordou que ainda há muita corrida pela frente, mas acredita que não há mais chances de vencer a competição.

O acidente aconteceu no Km 327 dos 971 Km estimados. Sainz navegava por uma região arenosa na saída das dunas quando capotou. Imagens oficiais da transmissão do Dakar mostraram a parte traseira do carro bastante danificada, mas ele e o navegador Lucas Cruz também perderam parte da carenagem da frente.

Sainz recebeu ajuda do colega de Ford, FordMitch Guthrie Jr., que o ajudou a desvirar o Ford Raptor T1+ e seguiu na competição. Só que perdeu muito mais tempo que o previsto, pois ainda contou com um furo de pneu e problemas de navegação. No total, ficou mais de uma hora atrás do líder na classificação geral.

“O resumo é que tudo deu errado”, começou Sainz ao chegar ao fim da maratona. “Ontem tivemos o acidente e perdemos muito tempo. Depois, a gente se perdeu em um lugar, e esta manhã tivemos outro furo, portanto perdemos tempo demais em um lugar onde não conseguíamos encontrar o caminho”, salientou.

Carro de Carlos Sainz destruído (Vídeo: Reprodução)

“São dois dias para esquecer, dois dias muito difíceis de aceitar, e bem no início da corrida — mas acontece, e agora temos de seguir em frente, tentar ajudar a equipe e aprender o máximo possível”, completou.

Ao todo, são 12 especiais, o que significa que restam mais dez pela frente até Shubaytah, encerramento do Dakar. Só que enquanto o chefe da M-Sport, Malcolm Wilson, manteve o otimismo ao falar que há “um longo caminho pela frente”, o tetracampeão foi mais realista.

“Ainda há muita corrida pela frente. Claro que minhas chances de vencer acabaram, mas, como disse, se eu puder ajudar a equipe, puder aprender e tentar algo, melhor”, frisou.

“Sabíamos que este estágio de 48 horas seria decisivo. Era para nós e para outras pessoas também, mas é assim que as coisas acontecem. Foi desse jeito, era a nossa vez, e talvez tenha sido um começo muito difícil para o rali”, seguiu.

Por fim, ao comentar as chances de ao menos vencer especiais, contou que as costas “doem um pouco”, mas nada que o impeça de dar o máximo daqui para frente. “Quero me recuperar, tanto emocional quanto fisicamente, e tentar ajudar a equipe. Se der para vencer uma especial, melhor ainda.”

“Minhas costas doem um pouco, estão um pouco doloridas, mas não acho que seja algo fora do comum, só a pancada”, encerrou.

A maratona terminou na manhã desta terça-feira (6) com vitória de Yazeed Al-Rajhi. Sainz foi apenas o 36º.

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