Dakar 2025: as mudanças e novidades da competição mais difícil do mundo
Na prévia da edição 47 no deserto da Arábia Saudita, o Rali Dakar 2025 chega com novidades no mercado de pilotos e com mudanças no formato da competição.
Concebido em 1979 como Paris-Dakar e presente na Arábia Saudita desde 2020, o Rali Dakar se prepara para um novo raid, que acontecerá entre os dias 3 e 17 de janeiro. Com um percurso entre as cidades de Bisha e Shubaytah, a competição vai apresentar várias novidades para a 47ª edição, que incluirá um prólogo, doze etapas e duas semanas de corrida.
Em relação ao ano passado, que viu Carlos Sainz como vencedor, na despedida da Audi da competição para ter o foco na Fórmula 1, a grande mudança é a eliminação da categoria Quads, que em 2024 teve o argentino Manuel Andujar como último monarca. Por outro lado, o pai do atual piloto da Ferrari que aliás é tetracampeão do Dakar, também estará com carro novo, desta vez para conduzir uma Ford Raptor T1+, num quarteto completado pelo sueco Mattias Ekström, o espanhol Nani Roma e o americano Mitch Guthrie.
Como forte concorrente da equipe Ford, Dacia contará com o qatari Nasser Al-Atttiyah, o francês Sébastien Loeb, multicampeão do WRC, e a espanhola Cristina Gutiérrez, campeã de Protótipos em 2024. A bordo do Sunrider, Al-Attiyah vem de vencer o Rali de Marrocos e a coroa do WR2C pela terceira vez consecutiva, buscando se redimir após um início de ano difícil devido a um abandono no Dakar 2024. Da mesma forma, o piloto local Yazeed Al-Rajhi e o brasileiro Lucas Moraes também são candidatos nas Hilux da Toyota Gazoo Racing.
Nas motos, que este ano teve a vitória do americano Ricky Brabec, a grande novidade é que os irmãos argentinos Kevin — bicampeão do Dakar— e Luciano Benavides vão compartilhar equipe, pela chegada de Luciano à KTM. Por outro lado, esta categoria terá duas importantes ausências, porque Sam Sunderland e Toby Price, dois tradicionais protagonistas nas duas rodas, vão competir em 2025 com uma Toyota Hilux na categoria T1+.
Quanto ao percurso, que decorrerá de sul para norte em território saudita, a grande mudança começará com uma etapa de 48 horas com 950 quilómetros. Além disso, haverá a tradicional “maratona” de dois dias, em que os pilotos não terão assistência e serão os mecânicos dos seus carros; e para a última etapa da competição, está prevista uma “partida em massa”, com motos, camiões e protótipos largando juntos no deserto saudita.
Finalmente, uma grande inovação em termos de categorias terá lugar ao longo de cinco etapas, com as motos e os carros com rotas diferentes. Embora este não seja um grande desafio para os pilotos das motos, que costumam abrir o percurso, a tarefa será difícil para os tripulantes dos carros, que deverão evitar se perder no deserto. Como complemento, este formato permitirá que todos os concorrentes arranquem na luz do dia, minimizando os perigos de correr mais horas durante a noite.
A apresentação oficial do evento será em 27 de novembro, com a informação das etapas e a lista completa dos participantes. Na sequência, a ação na Arábia Saudita começará após as celebrações do Ano Novo, dias 1 e 2 de janeiro, com as verificações técnicas. E no dia 3, uma nova edição do rali mais desafiante do mundo terá início em Bisha.
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