Sanz fala em dor e lamenta desclassificação no Dakar 2025: “Não consigo dormir”

Laia Sanz e Maurizio Gerini foram desclassificados do Dakar 2025 pela FIA devido a uma infração técnica no carro após sofrer capotagem

Depois de completar 14 edições consecutivas do Rali Dakar, Laia Sanz não chegará ao final da edição 2025 e foi desclassificada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por conta de uma infração técnica. Após o anúncio, a espanhola lamentou e afirmou que não tem conseguido dormir sabendo que não pode mais participar da competição. 

Sanz e Maurizio Gerini começaram o Dakar 2025 vencendo o prólogo de 79 km na categoria T1.2, de protótipos 4×2. No entanto, na primeira especial, a dupla bateu contra uma pedra que estava coberta pela areia e capotou, causando danos no carro #223. Após reparos e a ajuda recebida de Seth Quintero, conseguiram voltar à prova. 

No entanto, após concluírem a etapa na 15ª posição, foram desclassificados pela FIA por conta da barra lateral da gaiola de segurança ter sido deslocada em 2mm. Sanz, após a confirmação da infração, afirmou que é “difícil aceitar” a desclassificação. 

“Não tenho conseguido dormir muito. É um dia difícil. Ver todo mundo começando a corrida hoje e nós não podermos, depois do que nos custou chegar ao final da etapa, é difícil aceitar”, lamentou. 

Laia Sanz lamentou desclassificação do Dakar 2025 (Foto: Reprodução / Instagram)

“Foi uma grande desilusão. Custa muito ir ao Dakar e penso que este era um ano para ir muito bem, tanto na categoria 4×2 como na classificação geral. Aliás, fiquei surpresa no prólogo por estar tão à frente sem ter testado o carro. Também estava indo bem até capotar, apesar dos problemas que tivemos, sem terceira marcha, sem os tablets de navegação. São coisas que acontecem”, destacou. 

Sanz entrou em maiores detalhes sobre as dificuldades encaradas na primeira especial. Segundo a espanhola, o carro ficou sem a terceira marcha ainda cedo na primeira especial e complicou a missão em “uma etapa muito técnica”. 

“Ontem não começou bem. Tínhamos uma grande posição de largada que não conseguimos aproveitar. Ficamos sem terceira marcha no km 20. Por ser uma etapa tão técnica, que foi muito mais difícil do que falaram, tivemos de passar da segunda para a quarta e da quarta para a segunda, com muita atenção. Achávamos que não íamos terminar por causa desse problema. Na verdade, estávamos indo com calma, e mesmo assim, olhando os tempos e a classificação, deu certo”, descreveu. 

“Acontece que estávamos salvando o dia muito bem. Os instrumentos de navegação pararam de funcionar, então decidimos ir ainda mais devagar. Então, Giniel de Villiers passou por nós e, presos na poeira, pegamos uma pedra que não vimos. O carro nos levantou e, embora quase nos salvamos, acabamos tombando. Depois, tive de ir ver o que tinha acontecido porque, às vezes, quando está numa nuvem de poeira, não vê o que tem ali. É irritante, porque não estávamos forçando. Ontem foi um dia de sobrevivência”, detalhou.

Apesar de afirmar que está sendo difícil aceitar a desclassificação, Sanz ainda entende a decisão da FIA e a preocupação com a segurança dos protótipos. 

“Os engenheiros da equipe disseram que nada teria acontecido se continuássemos, mas também entendo que a FIA não quer assumir essa responsabilidade. Dói, gostaria que tivesse nos deixado correr. Embora já não pudéssemos lutar pelo resultado final no Dakar, poderíamos ter lutado por algumas etapas. A FIA, em termos de segurança, é muito exigente, e temos de aceitar isso”, concluiu.

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