Em meio ao caos e polêmica, temporal faz direção de prova interromper classificação da Stock Car no Velopark

O temporal que desabou nesta tarde no Velopark tornou a pista impraticável a partir da segunda metade do Q1. Todos os pilotos do grupo 2 foram eliminados da primeira parte da sessão. O fato motivou a ida de vários pilotos à torre dos comissários de pista. A classificação foi interrompida no começo do Q2 após a batida de Sergio Jimenez

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Há tempos a Stock Car não via uma sessão classificatória tão caótica. A chuva desabou durante a definição do grid de largada para a corrida 1 da etapa do Velopark, na tarde deste sábado (21) e trouxe também mais polêmica à categoria. Isso porque a chuva ficou muito mais forte no intervalo da entrada dos pilotos do segundo grupo no Q1. Assim, todos os competidores do G1 avançaram para a segunda parte da sessão, eliminando os do G2. No Q2, o treino foi interrompido após a chuva ficar ainda mais intensa e resultar na batida de Sergio Jimenez.

 
A polêmica ganhou proporções ainda maiores com a ida de vários pilotos, sobretudo dentre os eliminados no Q1, à torre dos comissários de prova da Confederação Brasileira de Automobilismo. Lucas Di Grassi, Gabriel Casagrande e Max Wilson foram alguns dos mais incisivos nas críticas sobre o formato e o regulamento da Stock Car.
 
Ao GRANDE PRÊMIO, Lucas disparou. “Sem dúvida [foi muito perigoso]. Não tinha condição de andar. Chamei no rádio na primeira volta, não dava para acelerar tudo na reta”.
Chuva forte interrompeu a classificação no Velopark (Foto: Duda Bairros/Vicar)
“Antes era a mesma chuva que tá agora. Não autorizaram agora, mas autorizaram no nosso grupo. Acabou com o nosso fim de semana, todo mundo que estava naquele grupo praticamente não tem mais condições de disputar a prova, e por causa de um erro de avaliação. É isso que a gente não quer. Além de ser extremamente perigoso, a performance em si foi completamente prejudicada em uma situação que não precisávamos. Acho um absurdo”, criticou.

Rubens Barrichello passou à segunda fase da classificação com o décimo melhor tempo do Q1. Mesmo com grande histórico na chuva, o campeão de 2014 reconheceu que não havia condições de prosseguir com a sessão. Mas deixou claro que o formato da definição do grid de largada vai sempre beneficiar um determinado grupo, mesmo no seco.

Cacá Bueno e Rodrigo Mathias conversam sobre o caos neste sábado no Velopark (Foto: Duda Bairros/Vicar/Vipcomm)

“Todo mundo sabe o quanto eu amo essa situação. Mas essa, agora, não tem condições. E não tem jeito: com essa classificação dividida, vai sempre favorecer um. Mesmo no seco, às vezes a pista melhora. Quando chove assim, para você ter uma avaliação correta, o problema não são as curvas, mas a velocidade que você desenvolve na reta com o número de poças que você tem. Aí a chance de rodar na reta é muito grande. E rodar na reta, com o cara não enxergando nada, é o maior perigo. Choveu demais, e agora está impraticável”, explicou, disse o piloto da Full Time em entrevista ao canal SporTV.

Alexandre Lagana, chefe dos comissários da CBA, falou, também ao SporTV, sobre as possibilidades para definir o resultado da classificação no Velopark após a interrupção.

“Nós estamos estudando para ver a melhor forma de validar o treino classificatório. A gente não consegue, por motivo de segurança, que os carros vão à pista, a gente não consegue terminar o treino classificatório nesse ponto. Mas, para isso, vamos aguardar mais um pouco, a direção de prova vai dar um aviso até 14h45 para ver se a pista melhora, e a partir daí faremos uma análise para ver se continua ou se finalizamos o classificatório. A partir daí, a direção de prova vai nos informar, se não houver condição, validar o Q1 como classificatório”, destacou.

Pilotos da Stock Car debatem sobre o caos da classificação no Velopark (Foto: Duda Bairros/Vicar/Vipcomm)
“Existe a possibilidade de os comissários usarem esse treino no Q1, onde grupos ímpares e grupos pares já classificaram, em condição de chuva igual para todo mundo. Então poderemos usar esse resultado do treino classificatório, mas é uma possibilidade que ainda não está definida. Estamos aguardando a direção de prova fazer a avaliação da pista, e a partir das 14h45 vamos ter um veredito. Ainda estamos estudando o regulamento da categoria”, acrescentou. O regulamento prevê que o grid de largada pode ser definido pela ordem do campeonato ou classificação em provas anteriores. Mas isso apenas antes de começar a definição do grid de largada. O regulamento não prevê a reversão da sessão que já começou.
Cacá Bueno, pentacampeão da Stock Car, concorda com a opinião de Lagana sobre o regulamento e defende que, iniciada a sessão classificatória, então esta não pode ser revertida.
Átila Abreu anda pelo pit-lane em meio ao cenário indefinido neste sábado (Foto: Duda Bairros/Vicar/Vipcomm)
“Eu vi muita gente interpretar o regulamento um pouco diferente. No meu ponto de vista, ele é muito claro. Caso não aconteça a classificação por algum motivo, caso não aconteça, vale a posição do campeonato. Mas a classificação aconteceu, ela foi interrompida na sua metade. É como uma corrida: você faz uma corrida de 50 voltas, dá bandeira vermelha na volta 30, vale o resultado da 29ª. Então a classificação começou, foi realizada até certo ponto, e se ela foi cancelada, vale o Q1. Eu seria beneficiado, lógico. Acho razoável esperar, o quanto for, para que a gente possa ter uma classificação na pista. Esse é meu entendimento”, explicou o piloto da Cimed.

“Isso é claro para mim no regulamento. Já passei por isso na Argentina. Isso existe em várias categorias do mundo: tudo o que aconteceu até a bandeira vermelha é válido. Agora, do jeito que está a pista, não tem como os carros correrem. Claro, não tem nenhum meteorologista: quanto tempo levaria para a pista secar? Melhorou muito a chuva, mas o tanto de água que caiu a tornou impraticável. Se habilitar, vai bater um monte de gente”, complementou.
 
Saiba como foi a classificação da etapa do Velopark da Stock Car até agora
 
Q1: a imagem do caos: chuva elimina pilotos do G2
 
Na divisão entre grupo 1 e grupo 2 — divididos pelas posições ímpares e pares —, Daniel Serra já decretava: era praticamente impossível que um piloto do G1 avançasse ao Q2. Isso porque a tendência era que os primeiros competidores a acelerar na sessão secassem a pista para o G2. Mas a chuva, que havia parado cerca de uma hora antes da classificação, voltava de forma leve ao Velopark.
 
A pista, de fato, estava bem complicada, mesmo com o uso dos pneus de chuva. Mesmo Lucas Foresti, que ocupava a liderança no G1, acabou rodando durante uma das suas passagens. Não só uma, mas duas vezes. Pouco depois, o piloto da Cimed foi superado pelo pentacampeão Cacá Bueno, que marcou 1min03s578. Até que a chuva voltava a dar as caras com força no Velopark, tornando o cenário ainda mais difícil para os pilotos do G2.
 
Com grande volta, Valdeno Brito subia para a segunda posição e Felipe Lapenna era outro que rodava no asfalto encharcado gaúcho. Daniel Serra foi mais um que teve de lidar com muitas dificuldades e fechou o Q1 entre os pilotos do G1 apenas como 13º. Barrichellomarcou o décimo tempo, 1s710 atrás de Cacá.
 
Pouco depois, os pilotos do G2 ganhavam a pista. E aí, o jogo virava. Com a pista muito mais encharcada e a chuva bem mais forte, era quase impossível aos competidores do segundo grupo cavar um lugar no Q2. Nomes como Lucas Di Grassi, César Ramos, Marcos Gomes, Nelsinho Piquet, Gabriel Casagrande, Tuka Rocha e Rafael Suzuki levaram azar com o enorme volume de água. Os tempos de volta eram muito acima dos feitos pelo G1, acima de 1min10s. As condições eram críticas.
Chuva forte interrompeu a classificação no Velopark (Foto: Duda Bairros/Vicar)
Mesmo pilotos mais experientes, como Marcos Gomes, tinham enormes dificuldades para lidar com a pista encharcada. E a falta de visibilidade era outro complicador. Casagrande, por exemplo, rodou e bateu a traseira do seu carro no muro. O acidente do paranaense decretou a bandeira vermelha e a paralisação da sessão.
 

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Mas era impossível uma melhora significativa nos tempos. Assim, já era possível afirmar que apenas os pilotos do G1 passaram ao Q2: Cacá, Valdeno, Foresti, Allam Khodair, Ricardo Zonta, Átila Abreu, Felipe Fraga, Ricardo Maurício, Thiago Camilo, Rubens Barrichello, Denis Navarro, Julio Campos, Daniel Serra, Felipe Lapenna e Sergio Jimenez.

 
A nova interrupção no Q2
 
Com os 15 pilotos no mesmo grupo, a previsão era de loteria e mais caos. Desta vez, todos estavam nas mesmas condições de pista. O asfalto ainda estava bastante crítico, e aí os acidentes foram inevitáveis. Sergio Jimenez perdeu o controle do #55 da Squadra G-Force e bateu na barreira de pneus na saída da curva 1. Nova bandeira vermelha, a que vigora desde então em Nova Santa Rita, que vive diante da indefinição sobre a sequência ou não do treino classificatório.

Ao SporTV já durante a bandeira vermelha, Jimenez falou que teve muitas dificuldades para guiar o seu carro pouco antes de bater. E se mostrou aliviado pelo fato de os danos terem sido apenas superficiais. 

Sergio Jimenez bateu no começo do Q2 da Stock Car no Velopark (Foto: Reprodução)

“Fui o causador da bandeira vermelha, na verdade [risos]. Mas tava bem difícil, tava escorregando muito. Fui o primeiro a sair para o Q2, e a hora que aumentou bastante a chuva. E aí saí aquaplanando a reta [oposta] toda, não conseguia trocar de marcha. E quando vim para a reta principal, também estava escorregando muito, e ali, naquela hora… entrei devagar e ainda assim escorregou. Felizmente, só encostei nos pneus, foi só um dano de carenagem. Parece que a água não sai, ela fica, e esse foi o grande problema”, salientou Jimenez, destacando a falta de drenagem em determinados trechos da pista do Velopark.

O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' a etapa do Velopark com os repórteres Fernando Silva e Vitor Fazio. Acompanhe todo o noticiário da Stock Car aqui.

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