STJD reverte desclassificações de TMG e Crown por adulteração de pneus na Stock Car
Às vésperas de etapa em Goiânia, STJD reverteu desclassificações dos carros de TMG e Crown nas corridas do Velopark da Stock Car. Decisão em primeira instância recoloca Felipe Massa na liderança
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva [STJD] do automobilismo decidiu, em primeira instância, reverter as desclassificações dos carros das equipes TMG [Felipe Massa e Rafael Suzuki] e Crown Racing [Felipe Baptista e Enzo Elias] na etapa do Velopark da Stock Car, disputada em setembro. Os times são acusados de manipular a composição química dos pneus da Hankook. A decisão veio na noite da última quinta-feira (21) após votação no placar de 3 votos a 1.
Como o veredito veio em primeira instância, as desclassificações ficam revertidas até o julgamento pleno do STJD. A Stock Car realiza uma etapa neste fim de semana, em Goiânia, com uma nova classificação do campeonato, que implica em diferentes aplicações do lastro de sucesso. As partes interessadas podem recorrer ao ‘Pleno’ do STJD, além da segunda e última instância na esfera esportiva.
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Felipe Massa, da TMG, retoma o primeiro lugar do campeonato em cima de Gabriel Casagrande, da A. Mattheis Vogel. O piloto paulista vai para a etapa de Goiânia com 30 kg adicionados no carro por lastro. Quem também está na briga pelo título é Felipe Baptista, da Crown, que sobe de oitavo para terceiro.
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A Stock Car realiza a penúltima etapa da temporada neste fim de semana, nos dias 23 e 24, no Autódromo Internacional de Goiânia (GO). A final do campeonato está agendada para acontecer no dia 15 de novembro, em Interlagos, São Paulo (SP).
Entenda o caso:
O GRANDE PRÊMIO apurou, após a corrida gaúcha, que o desempenho dos carros de Massa, Suzuki, Elias e Baptista levantou dúvidas durante a classificação no circuito gaúcho, visto que, em alguns momentos, chegou a ser até 2s mais rápido que o restante do pelotão.
Inicialmente, aventou-se a possibilidade do uso de uma graxa utilizada em competições de arrancada. Mas, no fim das contas, a suspeita recaiu mesmo sobre uma alteração química no processo chamado ‘vulcanização’ dos pneus.
Esse processo consiste em colocar o pneu numa espécie de forno, provocar alteração molecular em alta temperatura e depois posicionar a borracha em água fria para refixar as moléculas modificadas. Com isso, altera-se a maciez dos compostos, proporcionando maior aderência. À época, a suspeita era que o procedimento havia sido realizado tanto nos pneus de chuva quanto nos slicks, os de pista seca.
A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) reteve os pneus dos quatro carros e os entregou para a Hankook, que enviou direto para a central esportiva da marca, na Coreia do Sul, para abrir investigação. Após o laudo ser finalizado e encaminhado para a Stock Car, a CBA foi comunicada e definiu as penalidades para os envolvidos. O anúncio aconteceu no dia 17 de novembro.
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Antes mesmo do laudo e possíveis consequências, a Stock Car optou pela criação de um ‘Parque Fechado dos pneus’, com o intuito de limitar o tempo em que os compostos ficam com as equipes, diminuindo as chances de qualquer ação fraudulenta por parte dos times. Assim, as equipes passaram a receber os pneus minutos antes das atividades de pista e, agora, devolvem os compostos imediatamente após o fim das atividades.
O intuito da medida foi limitar o tempo das equipes com os pneus, o que diminui a possibilidade de fazer algum tipo de tratamento não autorizado pelo regulamento.
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