CBA desclassifica TMG e Crown por adulteração em pneus na etapa do Velopark
As duas equipes, que ocupam o segundo e terceiro lugares na temporada 2024 da Stock Car, foram punidas pela CBA após laudo da Hankook confirmar a adulteração dos compostos na corrida gaúcha, apurou o GRANDE PRÊMIO
As equipes TMG e Crown — que ocupam o segundo e terceiro lugares no Campeonato de Times da Stock Car — foram desclassificadas da etapa do Velopark após a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) confirmar a adulteração nos pneus da Hankook utilizados na etapa do Velopark, no Rio Grande do Sul, disputada em 8 de setembro, apurou o GRANDE PRÊMIO com duas fontes próximas ao caso.
A entidade chegou a enviar os compostos à Coreia do Sul para que a fornecedora investigasse a, até então, suspeita de alteração química. Após o recebimento do laudo, veio a confirmação da desclassificação das equipes na etapa. Assim, Felipe Massa (líder do campeonato), Rafael Suzuki, Enzo Elias e Felipe Baptista (terceiro colocado) terão suas pontuações corrigidas no certame.
Na etapa em questão, no Velopark, Felipe Baptista chegou a vencer a segunda prova, depois de ter ficado em segundo na corrida sprint. Massa, enquanto isso, foi oitavo na primeira e, na segunda, desclassificado por irregularidade técnica relacionada ao lastro.
O GRANDE PRÊMIO procurou a Vicar, promotora da Stock Car, que informou que não vai se pronunciar sobre o caso e que aguarda o posicionamento escolhido pela CBA. A confederação, por sua vez, também confirmou que não vai soltar nenhum comunicado sobre o tema e, sim, uma classificação atualizada do campeonato após as desclassificações, mencionando o caso.
A Stock Car volta nos dias 23 e 24 de novembro, com a rodada dupla em Goiânia, penúltima etapa da temporada 2024 da categoria. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades.
Entenda o Caso
O GRANDE PRÊMIO apurou, após a corrida gaúcha, que o desempenho dos carros de Massa, Suzuki, Elias e Baptista levantou dúvidas durante a classificação no circuito gaúcho, visto que, em alguns momentos, chegou a ser até 2s mais rápido que o restante do pelotão.
Inicialmente, aventou-se a possibilidade do uso de uma graxa utilizada em competições de arrancada. Mas, no fim das contas, a suspeita recaiu mesmo sobre uma alteração química no processo chamado ‘vulcanização’ dos pneus.
Esse processo consiste em colocar o pneu numa espécie de forno, provocar alteração molecular em alta temperatura e depois posicionar a borracha em água fria para refixar as moléculas modificadas. Com isso, altera-se a maciez dos compostos, proporcionando maior aderência. À época, a suspeita era que o procedimento havia sido realizado tanto nos pneus de chuva quanto nos slicks, os de pista seca.
A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) reteve os pneus dos quatro carros e os entregou para a Hankook, que enviou direto para a central esportiva da marca, na Coreia do Sul, para abrir investigação. Após o laudo ser finalizado e encaminhado para a Stock Car, a CBA foi comunicada e definiu as penalidades para os envolvidos.
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Antes mesmo do laudo e possíveis consequências, a Stock Car optou pela criação de um ‘Parque Fechado dos pneus’, com o intuito de limitar o tempo em que os compostos ficam com as equipes, diminuindo as chances de qualquer ação fraudulenta por parte dos times. Assim, as equipes passaram a receber os pneus minutos antes das atividades de pista e, agora, devolvem os compostos imediatamente após o fim das atividades.
O intuito da medida foi limitar o tempo das equipes com os pneus, o que diminui a possibilidade de fazer algum tipo de tratamento não autorizado pelo regulamento.
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