Os pódios nas três classes das 24 Horas de Le Mans 2024
Como ficou o grid das 24 Horas de Le Mans
Os ex-F1 no grid das 24 Horas de Le Mans 2024
Os últimos vencedores das 24 Horas de Le Mans
Stock Car

Stock Car vê equilíbrio entre novos carros, mas principal temor deu as caras: o calor

Com a pista de Goiânia fervendo, diversos carros passaram por problemas de superaquecimento. Nem as provas mais curtas conseguiram evitar diversos abandonos. Não é o ideal, claro mas é algo que pode ser ajustado

Largada da corrida 2 em Goiânia (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Largada da corrida 2 em Goiânia (Foto: Duda Bairros/Vicar)

 
Paddockast #71 | A volta da Stock Car, com Átila Abreu e Cacá Bueno
Ouça também: PODCASTS APPLE | ANDROID | PLAYERFM

A principal mudança planejada para a Stock Car em 2020 não foi o atraso causado pela pandemia, é claro, mas sim os novos carros – que tornam a categoria multimarcas novamente.

A primeira experiência com os Toyota Corolla e Chevrolet Cruze foi feita de forma cuidadosa: o tempo das duas corridas em Goiânia foi diminuído, o treino de classificação foi mais curto.

A expectativa com isso era simples: com todos os pilotos com pouco tempo de pista e sem costume às novidades, corridas mais disputadas, equilibradas. Deu certo!

O temor, porém, não era nem que as corridas fossem tediosas – e não foram. Era algo que só a natureza controla: o calor. E esse, infelizmente, acabou por dar as caras.

Goiânia apareceu no domingo com temperatura acima de 30°C (Foto: Duda Bairros/Vicar)

O equilíbrio foi constante: apesar das duas vitórias terem sido de Corollas, com Ricardo Zonta (RCM) e Rubens Barrichello (Full Time), a liderança do campeonato estaria nas mãos de Ricardo Maurício (RC Eurofarma), que pilota um Cruze – se não fosse a punição a ele na corrida 2, quatro horas após o final da etapa.

Em termos de pódio, a Toyota bateu a Chevrolet por 4 a 2, mas o jogo vira se pensarmos em top-5: foram seis Cruze, contra quatro Corolla.

O resumo é: houve aperto, e as equipes que estão com o Corolla foram escolhidas a dedo pela marca japonesa, sendo todas com bons resultados recentes na categoria. Na pista, boas batalhas – se não pela vitória, em todo o grid houve variação durante todos os 60 minutos totais do final de semana.

Rubens Barrichello e Ricardo Zonta, os vencedores em Goiânia (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Mas o calor (durante a corrida 2, a temperatura de pista passou dos 60°C) foi o contraponto. Este era o principal receio da organização, e o primeiro teste dos carros em tal situação climática não foi dos mais favoráveis.

O carro de Gabriel Casagrande entrou em modo de segurança já no meio da corrida 1, e a corrida 2 teve safety-car porque o Blau de Allam Khodair passou pelo mesmo problema. O superaquecimento foi o motivo.

Os novos carros têm o escapamento com a saída em apenas um lado, e passando por cima do capô. Átila Abreu, em entrevista ao Paddockast, citou que sentiu o carro, nos testes de pré-temporada, mais quente por tal razão. E estava certo.

Bruno Baptista de Corolla, Ricardo Maurício de Cruze (Foto: Duda Bairros/Vicar)

O problema, é claro, é solucionável. Se com a manutenção de corridas mais curtas, ou se as realizando com os tradicionais 40 minutos em cidades com temperatura mais amena, não se sabe. Nada que comprometa a qualidade da disputa na pista.

O cuidado, agora, é para evitar que a entrada em modo de segurança atrapalhe a briga pelo título. O que não se quer na Stock Car em 2020, com tantos problemas a serem combatidos, é um asterisco via reclamações.