Surpreso por voltar à Stock Car, Col revela primeiro grande desafio: trazer conceito multimarca em 2020

Carlos Col foi presença ativa no fim de semana que marcou o fim da temporada 2018 da Stock Car. Responsável pelo processo de profissionalização da categoria, o histórico dirigente está de volta como presidente do Conselho Administrativo, à frente de projetos para reforçar o esporte

Foi em 14 de novembro que a Vicar, de certa forma, surpreendeu ao anunciar o retorno de um histórico dirigente. Carlos Col, ex-piloto, criador da empresa e responsável pelo processo de profissionalização da Stock Car, regressou como presidente do Conselho Administrativo da companhia. Rodrigo Mathias, CEO da Stock Car, passa agora a se reportar ao conselho capitaneado por ele.
 
O GRANDE PRÊMIO conversou com Carlos Col no fim de semana que marcou o desfecho da temporada 2018 da Stock Car. O dirigente, hoje responsável também por promover a Copa Truck, foi presença ativa em Interlagos e circulou por praticamente todos os boxes, reforçando os laços com as equipes do grid.
 
Col revelou que não esperava que pudesse voltar a uma função de cabeça dentro da Stock Car. Mas o convite por parte da sua criatura, a Vicar, foi irrecusável.
 
“Não tinha a visão de que isso pudesse acontecer um dia. Tinha vendido a companhia, tinha me aposentado. E quando recebi o convite, me apresentaram os desafios, os problemas, os objetivos, e não pude negar. Isso aqui é minha família, boa parte da minha vida, faz parte da minha história de vida”, explicou.
Carlos Col fala sua primeira grande missão no retorno à Stock Car (Foto: Duda Bairros/Stock Car/Vipcomm)

“Tenho esse pessoal todo como uma grande família. Foi uma honra aceitar e vou tentar colaborar, no que estiver ao meu alcance, para atingir os objetivos que estão pela frente”, falou Col, entre os abraços e cumprimentos recebidos de membros das equipes da Stock Car.

 

Revolução na Stock Car?
 
O primeiro grande desafio de Col no seu retorno à Stock Car é bastante espinhoso e compreende uma mudança muito ampla em termos de pacote técnico da categoria. 
 
Carlos Zarlenga, presidente da Chevrolet Mercosul, afirmou em abril ao GP que o interesse da companhia é que a Stock Car tenha no grid outras montadoras para uma competição de marcas. Na década passada, por exemplo, a principal categoria do automobilismo brasileiro teve Volkswagen, Mitsubishi e Peugeot ao lado da Chevrolet. 
 
Atualmente, apenas a marca da gravatinha faz parte do esporte, mas com o esquema de bolhas, ou carenagens que exteriormente retratam o carro da montadora, o Cruze. Entretanto, motor e chassi são de responsabilidade da JL, da família Giaffone.
 
Só que Col pretende revolucionar a Stock Car com um novo pacote técnico. Desde 2009, a categoria adota o JL-G09, chassi projetado pelo engenheiro Gustavo Lehto. A ideia de Carlos é fazer com que as montadoras tenham um envolvimento muito maior no esporte construindo chassis e motores para a Stock Car.
 
“O primeiro e grande projeto que tenho é trazer o multimarcas de volta à Stock Car. Em 2020 vamos ter um novo carro, com um novo conceito, usando o próprio carro da montadora”, revelou Col. 
 
“A intenção também é negociar com as montadoras e usar o motor da própria marca. Então temos de desenvolver todo esse projeto tanto do ponto de vista do marketing, do ponto de vista comercial e também do ponto de vista técnico. Essa é a principal missão minha”, complementou.

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