Wickens celebra retorno às pistas após quase três anos: “Momentos que definem minha vida”

Robert Wickens gostou da volta a um carro de competição após o grave acidente sofrido em Pocono, em 2018. O canadense se sentiu bem com o carro, mas não quis se colocar como herói

Ainda se recuperando de grave acidente na Indy em 2018, Robert Wickens testou carro de turismo (Vídeo: Reprodução/IMSA)

Quase três anos após o violento acidente sofrido nas 500 Milhas de Pocono da Indy em 2018, Robert Wickens voltou a acelerar um carro na última terça-feira (4). O canadense testou um Hyundai Veloster N em Mid-Ohio. Durante as voltas que deu – a quantidade não foi informada -, Wickens esteve com o #54, que já é preparado para controles manuais por conta do piloto Michael Johnson – titular do carro ao lado de Stephen Simpson no IMSA Michelin Pilot Challenge. Johnson não tem movimento das pernas.

O acidente aconteceu em agosto de 2018 no perigoso oval da Pensilvânia – que desde então foi retirado do calendário da Indy -, após uma disputa de pista com Ryan Hunter-Reay. O carro de Wickens levantou voo, acertou a grade de proteção frente ao público. O carro foi destruído.

O piloto sofreu diversas fraturas, inclusive na coluna vertebral. Com isso, a recuperação dos últimos quase três anos tem sido para retomar os movimentos das pernas, comprometido desde então. Ao longo dos anos, Wickens compartilhou muitas das suas evoluções nas redes sociais – como, por exemplo, a surpresa que fez para a então noiva, Karli Woods, ao conseguir levantar para dançar no casamento dos dois, em setembro de 2019.

Robert Wickens andou com o pace-car da Indy em 2019 (Foto: IndyCar)

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“Assim que saí do coma induzido, uma das poucas perguntas foi ‘quando vou correr novo?’. Eu comecei no kart aos 7 anos e minha família se sacrificou muito por mim. Todo mundo colocou muito esforço em mim e na minha carreira, então não poderia deixar isso levar tudo facilmente. A lesão foi um um atraso, mas não necessariamente um encerramento da carreira”, afirmou Wickens.

“Eu acredito que esses são momentos que definem minha vida. Aos 32 anos, eu tenho muito mais para viver e pretendo fazer isso ao máximo. É isso o que realmente me impulsiona nessa fase de rehabilitação, que ainda acontece diariamente”, prosseguiu.

O teste é visto como um primeiro passo grande no desejo de Wickens retomar a carreira como piloto de monopostos e endurance em carros preparados especialmente com auxílio dos controles manuais, tudo enquanto segue a reabilitação para retomar o movimento total das pernas. Em 2019, ele chegou a guiar o pace-car por uma volta de demonstração antes do GP de Toronto da Indy. E, em 2020, participou de diversas corridas virtuais organizadas por pilotos e principais organizações de velocidade do mundo: a própria Indy e as 24 Horas de Le Mans, por exemplo.

Apesar de manter o sonho de retornar a competir, o canadense passou a atuar como consultor na equipe McLaren da Indy desde o ano passado. “Eu não tento ser um herói, mas me sinto bem de voltar a um carro”, pontuou.

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