Alonso não vai ter chance na Mercedes na temporada 2018 por causa de “histórico”, revela dirigente

Toto Wolff elogiou o talento de Fernando Alonso, mas lembrou do histórico do espanhol com a Mercedes na primeira passagem pela McLaren e descartou o nome de Alonso para a temporada 2018

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Fernando Alonso na Mercedes parece realmente ser algo impossível. Nesta quarta-feira (30), Toto Wolff lembrou que o espanhol não tem um histórico dos melhores de relacionamento com a fabricante oriundo dos tempos de sua primeira passagem pela McLaren e descartou o nome de Alonso para a temporada 2018.

 
O austríaco se refere à temporada de 2007, quando Alonso e Lewis Hamilton brigaram de forma ríspida pelo título do campeonato até a última corrida – e perderam para Kimi Räikkönen – principalmente a partir do GP da Hungria, prova em que Alonso atrapalhou Hamilton na classificação e iniciou uma guerra interna na equipe. Além disso, o asturiano foi peça importante no estouro do escândalo de espionagem envolvendo Mercedes e Ferrari.
 
"Nós já falamos sobre isso. Fernando tem um histórico com a Mercedes e ele não é exatamente o melhor deles. Ele certamente é um piloto muito talentoso, mas não está entre as nossas opções no momento", disse o chefe da equipe prateada à emissora inglesa 'BBC'.
Hamilton e Alonso não voltam a ser companheiros em 2018 (Foto: Reprodução/Twitter)

Toto também comentou a situação de Valtteri Bottas, que faz uma boa temporada de estreia pela Mercedes e, hoje, é o grande favorito a seguir ao lado de Hamilton em 2018.

 
"Está bem claro que Valtteri vem fazendo um bom trabalho em seu primeiro ano de Mercedes. Ele não demorou para pegar o ritmo do Lewis e o entrosamento dos dois é muito importante na parte da engenharia. O ambiente do time está muito bom. Nesse momento, então, gostaríamos de permanecer com o Valtteri, mas ainda não acertamos os detalhes para 2018. Quero entender como vai ficar o mercado de pilotos para 2019 e 2020, vai ter gente nova entrando nesse mercado, então nada contra um contrato de curto prazo com o Valtteri para agora", completou.
 
A fala de Wolff sobre Alonso vai ao encontro do que já havia dito Bernie Ecclestone em dezembro do ano passado ao falar das possibilidades do espanhol entrar na vaga de Nico Rosberg, que havia acabado de conquistar o título e se aposentar. 
 
"Queira ou não, eles não vão contratar o Alonso ainda por causa do escandâlo de espionagem de 2007 e da relação dele na época com McLaren e Mercedes. Seria errado ir atrás dele, então a Mercedes nem vai tentar isso", disse o então chefão da categoria à emissora britânica 'Sky Sports'.
ALONSO COLHE O QUE PLANTA E FICA SEM NOVAS ALTERNATIVAS.
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O escândalo de espionagem de 2007
 

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A temporada de 2007 foi marcada por uma enorme batalha fora das pistas entre a McLaren e a Ferrari. A esquadra inglesa foi acusada de se beneficiar de dados de um projeto ferrarista, por meio da ação do então projetista-chefe de Woking, Mike Coughlan, e do ex-chefe de mecânicos da escuderia italiana, Nigel Stepney.

 
Tudo começou quando a Ferrari descobriu, em junho daquele ano, irregularidades em suas garagens e passou a suspeitar de Stepney, o afastando de seu posto. Mais tarde, a escuderia declararia o roubo de dados por conta de uma denúncia feita por um funcionário de uma copiadora próxima à sede da McLaren.
 
De posse da informação da copiadora, os italianos descobriram então uma associação entre Stepney e Coughlan — que eram também muito amigos. De maneira imediata, a Ferrari demitiu seu funcionário, enquanto a adversária suspendeu Coughlan, por cautela. Logo em seguida, as cópias de um documento de 780 páginas foram encontradas na casa do engenheiro inglês, comprovando a tese ferrarista. 
 
O arquivo passado de Nigel para Mike continha dados sobre o funcionamento da equipe italiana como um todo, dados de telemetria, aerodinâmica e de mais informações de seus carros e motores, como consumo, quilometragem e pneus. A partir daí, a Ferrari entrou com processo na justiça da Itália, e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) também entrou em ação, instaurando uma grande investigação sobre o caso. 
 
Embora em um primeiro momento, a entidade tenha entendido que a McLaren não fez uso das informações do dossiê, novas evidências ajudaram a trazer de volta o caso à tona naquele mesmo ano. Na verdade, a FIA teve acesso a e-mails trocados entre o projetista Coughlan, Alonso, titular em 2007, e Pedro de la Rosa, então reserva da equipe inglesa. Nas mensagens, o engenheiro passava informações aos dois pilotos sobre o funcionamento do carro italiano. Por isso, os ingleses retornaram ao banco dos réus, em setembro.
 
Depois do julgamento, o Conselho Mundial do Esporte a Motor considerou a McLaren culpada, entendendo que a equipe fez uso, sim, das informações do dossiê da concorrente e que, portanto, obteve alguma vantagem a partir dos segredos da rival.
 

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