‘Biergarten’: Vettel enfim vence na Alemanha e dá passo importante rumo ao tetra consecutivo na F1

Sebastian Vettel chega à metade da temporada com uma vantagem de 34 pontos para o vice-líder, Fernando Alonso. Em 2012, o cenário era oposto, mas a diferença é que Vettel continua sendo o piloto que tem em mãos o carro mais capaz de vencer corridas

Vencer um GP em casa é um sonho para todo piloto. Alguns conseguem com relativa facilidade, outros sofrem um bocado. Sebastian Vettel sofreu um pouco para conseguir triunfar pela primeira vez na Alemanha. A tão sonhada primeira vitória em terras germânicas foi celebrada apenas na sexta prova de Vettel em seu país, neste domingo (7), em Nürburgring. E, além de acabar com essa espera, o quarto triunfo dele em 2013 é também um importante passo rumo ao tetracampeonato consecutivo da F1.

Nona de 19 corridas agendadas, o GP da Alemanha marcou a metade do campeonato. Vettel venceu praticamente metade dessas corridas e tem como piores resultados dois quartos lugares nas oito vezes em que recebeu a bandeirada quadriculada. Essa regularidade em um alto nível já o coloca com uma vantagem de 34 pontos para o vice-líder, o espanhol Fernando Alonso.

A dez GPs do fim da temporada 2012, Vettel estava a 44 pontos de Alonso, o então líder. 49 depois do GP da Itália. Havia, contudo, uma diferença crucial: a Red Bull tinha um carro capaz de vencer corridas. A Ferrari, não mais. O asturiano subiu ao alto do pódio duas vezes em um momento em que não havia uma ordem de forças estabelecida na categoria. Na reta final, chegou sete vezes atrás do alemão, que emplacou quatro vitórias seguidas em Cingapura, no Japão, na Coreia do Sul e na Índia.

Essa foi a primeira vitória de Vettel na Alemanha (Foto: Getty Images)
Ao contrário da Ferrari de 2012, a Red Bull de 2013 não parece estar abaixo das principais adversárias. Parece estar à frente. Lidera o Mundial de Construtores com 67 pontos de vantagem para a Mercedes e é a equipe que tem a melhor relação entre o desempenho em ritmo de classificação e o desempenho em ritmo de corrida.

Alonso sabe disso. Acredita que ainda pode ser campeão, mas não com o cenário atual. “Para recuperar, você precisa vencer duas ou três corridas e, no momento, parece que não somos capazes de fazer isso”, comentou o ferrarista.

Mas hoje, para Vettel, o mais importante foi o fato de ter vencido diante de sua torcida. “Definitivamente, um grande alívio”, suspirou. Ele já havia terminado o GP da Alemanha em segundo, em terceiro, em quarto, em quinto e em oitavo. Nunca abandonou. Faltava o troféu de primeiro lugar.

“Às vezes, estivemos perto. Acho que tivemos boas corridas no passado na Alemanha. As duas pistas, Hockenheim e Nürburgring, significam muito para mim. Ter a habilidade para vencer um GP em casa. Um grande alívio, muito feliz, um dia especial, com certeza”, celebrou o piloto.

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Para ganhar, Vettel contou com um bom trabalho da Red Bull na estratégia. Não, o time não traçou nenhuma grande tática, mas foi perfeito ao se defender dos planos da Lotus.

Na volta 40, o time inglês chamou Romain Grosjean para os boxes. A ideia era dar a ele pneus novos para que, voltando à pista, ele pudesse cravar voltas voadoras e superasse Vettel com isso. A execução foi impecável: o gaulês deixou os boxes bem à frente de Sergio Pérez, a 7s de Lewis Hamilton, ou seja, não precisou se preocupar com o tráfego. Um giro depois, a Red Bull ordenou que o alemão parasse para a última troca de pneus.

Enquanto isso, Kimi Räikkönen continuou na pista pensando em dar 30 voltas com o mesmo jogo de pneus, missão impossível. Quando viu que não teria como, colocou compostos macios e se aproximou bastante de Vettel, mas tarde demais.

O rubrotaurino admitiu que seu time agiu defensivamente. “Tentamos cobri-los para garantir que ficaríamos à frente e defendêssemos a liderança, pois vimos que ultrapassar é complicado aqui”, comentou.

A Lotus também comprovou que a estratégia da Ferrari deu errado. O time italiano escolheu largar com pneus médios em vez dos macios e concluiu que subestimou a capacidade dos compostos. “Acreditamos que os pneus macios iam durar seis voltas, e eles duraram 12”, disse Alonso. “Eu não acho que a tática deu tão errado assim. Não acho que a tática representou muito. Largando com pneu mole também não é tão ruim”, acrescentou Felipe Massa.

Felipe Massa admitiu o erro na rodada em Nürburgring (Foto: Getty Images)

Alonso terminou na quarta colocação, muito perto de Grosjean. Massa abandonou ainda nas primeiras voltas depois de rodar sozinho no fim da reta dos boxes. Travou as rodas traseiras, tentou consertar, o carro chicoteou para um lado e para outro e, de repente, estava na área de escape em quinta marcha. O motor apagou. Ele falou que não sabe exatamente o motivo de o carro ter reagido como reagiu, mas que “a equipe não viu nada no carro”. É a sequência de azares e erros continuando: o piloto se envolveu em acidentes e incidentes, por culpa dele ou não, nos últimos quatro finais de semana de corrida.

A próxima etapa do Mundial de F1 acontece daqui a três semanas, na Hungria, mas isso não significa férias para ninguém. Entre os dias 17 e 19, treinos coletivos acontecerão em Silverstone, na Inglaterra, com a presença de pilotos novatos e titulares.

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