Coluna Apex, por Andre Jung: Critérios a criticar

O gato e rato protagonizado pelos dois líderes começou nos treinos de sábado e permaneceu até a bandeirada, com uma pequena distância separando Lewis Hamilton e Sebastian Vettel durante todo esse período.

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O novo regulamento da F1 trouxe, como mérito maior, a liberdade para acelerar; com o fim dos pneus de manteiga, os pilotos podem correr buscando limites e não apenas gerenciando o desgaste da borracha.

 
O gato e rato protagonizado pelos dois líderes começou nos treinos de sábado e permaneceu até a bandeirada, com uma pequena distância separando Lewis Hamilton e Sebastian Vettel durante todo esse período.
 
Cada vez mais líderes, os dois demonstravam bastante contentamento ao final da corrida, aparentemente pondo um fim às caras feias que mantinham desde os atritos em Baku. Vettel, o responsável-mor pelos incidentes no Azerbaijão, desta vez foi cavalheiro e, no sábado, parabenizou o rival – que igualou Michael Schumacher no recorde de poles conquistadas – na primeira oportunidade que surgiu.
 
Se houve apenas duas tentativas de ultrapassagem, isso não diminuiu a intensidade e a tensão com que a batalha dos dois se manteve ao longo de toda a prova. Hamilton teve de correr no limite e evitar qualquer erro para garantir a vitória. De sua parte, Vettel forçou-o até onde pode e só pilotos muito capazes suportariam a pressão contínua que a Ferrari impôs ao líder.
 
Grande derrotado na Bélgica, Valtteri Bottas acabou ensanduichado por Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen, pontuando apenas no quinto lugar, o que colabora – e muito – com a definição que Toto Wolff deve adotar em favor de Hamilton na corrida pelo caneco.
 
Na Red Bull, o australiano tem se mostrado muito confiável, conquistando diversos pódios inesperados. Cada vez que Max Verstappen deixa a corrida, com o carro avariado, Ricciardo acaba por garantir um bom resultado para a esquadra de Dietrich Mateschitz.
Sergio Pérez (Foto: Force India)
No começo da temporada, cheguei a pensar que Max ofuscaria o sorridente australiano; em alta no final da temporada passada, mais experiente e entrosado com o time, o garoto holandês estava pronto para despejar seu talento extraordinário e dominar as ações. A impressionante consistência de Daniel, porém, é que tem feito a diferença e a vantagem na pontuação em seu favor esse ano é muito superior à que houve em 2016.
 
Kimi recebeu uma punição que pareceu um bocado cruel – se desobedeceu o regulamento, deveria sim ser punido, mas a proporção da pena foi um tanto exagerada. Um drive-through já seria de bom tamanho, segurá-lo 10s parado foi bastante duro. Por fim, o safety-car recolocou o finlandês nos calcanhares dos líderes, o que o fez retomar o quarto lugar onde estava no momento da punição.
 
Se Räikkönen teve de lidar com a rigidez dos fiscais, Pérez contou com a flacidez. Impressionante que o mexicano não tenha recebido nem ao menos uma advertência por espremer Ocon num ponto de altíssimo risco – e por duas vezes!
 
Hoje essa é a disputa mais encarniçada do grid, Pérez é um piloto de qualidades comprovadas, que desde a saída da McLaren sonha com um retorno à um time de ponta. Na Force India tem sido fundamental no desenvolvimento da equipe, pontuando com grande constância e garantindo os milhões de Carlos Slim para abastecer os cofres do time indiano.
Esteban Ocon, Nico Hülkenberg e Fernando Alonso brigam por posição no começo do GP da Bélgica (Foto: Force India)

Viveu um duelo difícil, porém tranquilo, com Nico Hülkenberg, a quem bateu com facilidade na primeira metade de 2016, porém se viu superado em diversas oportunidades na segunda metade. Com Ocon – muito jovem, extremamente veloz e recém chegado – a disputa evoluiu para uma luta fratricida, não existe situação onde as ultrapassagens entre ambos não sejam manobras de alto risco. O carro da Force India é bom e equilibrado, assim como são seus pilotos, e, dessa forma, andam juntos por todas as corridas, ao menos enquanto não se tocam.

 
Com os quatro primeiros postos no Mundial de Construtores garantidos, a luta pelo quinto lugar acirrou-se com quatro equipes divididas por poucos pontos. A Williams ainda mantém a posição, mas a ameaça provocada por Toro Rosso, Haas e Renault está cada vez mais forte e, se não reagir rapidamente, a equipe da Tia Claire pode terminar o ano na antepenúltima posição.
 
Ajudado pelo duelo interno na Force India, Felipe Massa conquistou quatro preciosos pontos na Bélgica, resgatando um final de semana que havia começado péssimo para ele; destruiu um carro ainda na primeira volta do primeiro treino de sexta, restringindo muito as informações que a equipe pôde apurar, recebeu punição por não respeitar a sinalização no sábado e saiu falando cobras e lagartos do carro após a classificação, ao final, aliviado, fez os auto elogios habituais.
 
Está jogando suas últimas cartadas no intuito de permanecer na equipe em 2018 e precisa muito pontuar com constância para seduzir seus patrões.
 
Se Toro Rosso e Haas são times fadados a disputar o meio da tabela, a Renault é movida por ambições mais fortes, time de fábrica, tem obrigação de andar entre os líderes, depois de Silverstone, onde estreou um novo pacote aerodinâmico que colocou seu carro em um novo patamar, agora parece ter ajustado os ponteiros para superar seus rivais na luta pela quinta posição na tabela de Construtores.
 
Das equipes que estão nessa disputa, a Renault é a única que conta apenas com a pontuação de um de seus pilotos, Jolyon Palmer permanece enroscado num misto de ansiedades e azares, incapaz de concretizar algum momento positivo, ao contrário de Lance Stroll, ao meu ver é um piloto ainda inferior, mas que já pontuou por três vezes, incluindo o surpreendente pódio em Baku.
 
Os testes positivos com Robert Kubica foram uma grande publicidade para a equipe mas não seduziram os chefes a promoverem sua entrada a forcéps ainda no meio da temporada. Se ele voltará à F1 em 2018 também permanece uma incógnita.
 
Nesse sentido é Fernando Alonso quem pode desatar essa situação; sem time de ponta para almejar, uma vez que Mercedes, Ferrari e Red Bull deverão manter seus pilotos em 2018, resta ao espanhol permanecer na McLaren (a quem deu ultimato na base de a Honda ou eu), ou voltar à Renault para tentar repetir as conquistas que teve por lá.
 
Enquanto isso . . . 
 
. . .  a F1 avança uma casa na sintonia com as transformações por que passa o papel do automóvel ao iniciar estudos para a adoção do safety-car autônomo . . .
 
. . . uma decisão que ajuda a preservar o esporte automobilismo enquanto mantém a relevância da categoria como plataforma para o desenvolvimento das tecnologias emergentes no mundo, cada vez menos humano, dos automóveis.
ALONSO COLHE O QUE PLANTA E FICA SEM NOVAS ALTERNATIVAS NA F1 PARA 2018

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