Chase Carey, novo chefe da F1, discorda da postura adotada pela gestão de Bernie Ecclestone. Carey precisou de poucos meses no controle da categoria para concluir que a estratégia dos antigos donos se tornou um problema sério em um esporte que passou a sofrer para cativar o público.
“Existe uma série de coisas que não foram feitas, mas que tinham de ser feitas”, disse Carey. “Sentimos que este é um esporte que nos últimos cinco ou seis anos não foi conduzido de acordo com seu potencial”, seguiu.
“Todos nós cometemos erros, ninguém é perfeito. Bernie pegou um negócio de décadas atrás e vendeu por 8 bilhões de dólares. Ele merece todo o crédito do mundo pelo que fez. Mas hoje você precisa saber vender o esporte. E não estávamos vendendo o esporte”, refletiu.
Chase Carey substitui Ecclestone no comando da F1 (Foto: AFP)
Mais do que sofrer com o que não era feito, a F1 também passou a ter problemas com o que era feito, mas da forma errada. Carey também vê um problema sério na falta de uma visão de longo prazo.
“Já passaram três meses e ficou bem claro que um problema do esporte é um foco contínuo ao curto prazo, pensando no que vai ser feito na semana que vem”, comentou. “A gente se importa mais com onde o esporte vai estar daqui três anos do que daqui três meses. Bernie sempre focou no curto prazo, e nosso objetivo é construir um histórico de longo prazo”, concluiu.
As mudanças da nova era da F1 já podem ser percebidas. Enquanto o aspecto técnico segue sendo estudado por Ross Brawn e seus comparsas, a nova cúpula deixa o esporte mais aberto para o público. O uso das redes sociais – tanto da própria categoria quanto das equipes – mudou de 2016 para 2017, indicando menor sisudez na hora de dialogar com os fãs.
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