Federações das Américas pedem ações legais contra “os que caluniam” FIA e Ben Sulayem

Emitida em apoio à FIA e ao seu presidente, carta tem assinatura de 34 representantes dos órgãos do continente, entre eles Fabiana Ecclestone, vice-presidente da FIA na América do Sul, Giovanni Guerra, mandatário da Confederação Brasileira de Automobilismo [CBA], e Humberto Kennedy, do Automóvel Clube Brasileiro

As federações e clubes das Américas ligadas à Federação Internacional de Automobilismo [FIA] emitiram um comunicado em conjunto manifestando apoio e reforçando que Mohammed Ben Sulayem, presidente do órgão máximo do esporte a motor, foi inocentado pelo Comitê de Ética da FIA das acusações de ter interferido no GP da Arábia Saudita de 2023 e de tentar barrar a aprovação do circuito de Las Vegas. Os mandatários das federações do continente americano foram além e ainda pediram ações legais contra quem “calunia a entidade” e seu presidente.

A carta, assinada por 34 associações do continente, contém seis tópicos e conta com as assinaturas de, entre outros mandatários, Fabiana Ecclestone, vice-presidente da FIA na América do Sul, Giovanni Guerra, mandatário da Confederação Brasileira de Automobilismo [CBA], e Humberto Kennedy, do Automóvel Clube Brasileiro [ACBr] como representantes das instituições brasileiras signatárias ao comunicado.

A BBC expôs no início do mês de março que Sulayem era investigado pelo Comitê de Ética da FIA por duas ocorrências. O primeiro episódio reportava ao GP da Arábia Saudita do último ano, quando Fernando Alonso foi punido em 5s por alinhar fora dos colchetes na largada. Ao pagar a penalidade, recebeu nova infração: com a justificativa de que a Aston Martin havia tocado o carro antes do cumprimento da sanção, o espanhol recebeu 10s.

Três horas após a corrida, a segunda punição foi revogada, o que garantiu a Alonso o pódio daquela corrida. A BBC publicou que Ben Sulayem havia ligado ao xeique Abdullah bin Hamad bin Isa Al Khalifa, atual vice-presidente esportivo da FIA no Oriente Médio e Norte da África, indicando que a punição ao #14 deveria ser revogada. A emissora também informou que o relatório de compliance da FIA, assinado por Paolo Basarri, indicava que um denunciante relatou que o presidente da instituição “esperava que os comissários mudassem a decisão”.

Mohammed Ben Sulayem foi defendido por federações das Américas (Foto: Reprodução/FIA)

O segundo episódio informado pelo delator foi que Ben Sulayem solicitou que fosse encontrada alguma maneira da pista de rua de Las Vegas não ser aprovada durante a inspeção de segurança, o que abalaria o principal projeto do Liberty Media para 2023. No relatório do compliance da FIA, o denunciante afirmou que um empresário o contatou a pedido do presidente do órgão máximo do automobilismo e “o instruiu a encontrar algumas preocupações para impedir a FIA de certificar o circuito antes do fim de semana da corrida”. O objetivo era encontrar falhas para impedir a licença, mesmo que os problemas fossem “identificados artificialmente”.

No último dia 20 de março, o presidente da FIA foi inocentado de maneira unânime das acusações. O Comitê de Ética alegou que não encontrou evidências suficientes para a condenação.

“O Comitê de Ética foi unânime na determinação de que não havia evidências para fundamentar as alegações de interferência de nenhum tipo. As preocupações sobre uma possível intervenção foram levadas à atenção do Departamento de Compliance da FIA e transferidas para o Comitê de Ética da FIA sob o Artigo 32.2.5 do Estatuto. Depois, foi concluída uma revisão robusta, independente e abrangente de 30 dias, que incluiu entrevistas com 11 testemunhas. As alegações sobre o presidente da FIA eram sem substância, e fortes evidências foram apresentadas para apoiar a determinação do Comitê de Ética da FIA. O presidente da FIA foi absolvido de qualquer conduta errada em relação às seguintes alegações: interferência na decisão dos comissários de reverter uma punição adicional no carro #14, depois de uma apelação da Aston Martin no GP da Arábia Saudita de 2023, e tentativa de interferir no processo de certificação de pista no GP de Las Vegas de 2023. A certificação foi completada e aprovada no tempo correto. A completa cooperação, transparência e compliance do presidente ao longo de todo o processo de investigação foi muito apreciada”, informou a organização em comunicado emitido à época.

Confira na íntegra a carta assinada pelas federações das Américas:

1) Que o Comitê de Ética da FIA, composto por membros externos e independentes, emitiu por unanimidade o relatório, no qual declara que o Sr. Mohammed Ben Sulayem, Presidente da FIA, está absolvido das acusações infundadas de interferência;

2) Que a resolução do Comitê de Ética ratifica que o Presidente da FIA, Sr. Mohammed Ben Sulayem, agiu com honra, transparência e independência;

3) Que as acusações de impropriedade e práticas antiéticas propagadas por alguns membros da mídia impressa e digital tinham como único objetivo causar danos à FIA e à sua liderança, especialmente ao Presidente;

4) Que a escolha do Presidente da FIA está consagrada nos Estatutos da FIA e é da competência exclusiva dos seus membros votantes e não é afetada por aqueles de fora da organização que tentam, por seu próprio interesse, intervir;

5) Que recomendaremos que a FIA inicie ações legais contra aqueles que, sem justa causa, caluniam a FIA e a sua liderança;

6) Endossamos e ratificamos o nosso voto de confiança em apoio ao Sr. Mohammed Ben Sulayem, pela sua gestão da FIA e pelo seu progresso no cumprimento do seu compromisso de transformar a FIA de uma forma ética e transparente, a fim de melhor servir os seus membros.

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