Ausência de Rossi e Lorenzo em reunião que mudou traçado na Catalunha gera nova polêmica na MotoGP

Aleix Espargaró foi o primeiro a vociferar contra as ausências de Valentino Rossi e Jorge Lorenzo na reunião da Comissão de Segurança da MotoGP. Espanhol tentou se justificar, mas defesa criou ambiente nada amigável

Por razões óbvias, o clima no Mundial de Motovelocidade não é dos melhores. De luto pela morte de Luis Salom, os competidores trataram de reunir forças e foram para a pista neste sábado (4), mas nem por isso deixaram para trás a tristeza.

 
Por conta do acidente de Salom, a Comissão de Segurança optou por alterar o layout da pista e disputar o GP deste fim de semana com o traçado da F1, que modifica o trecho final do circuito. A decisão foi tomada após uma avaliação de um grupo de pilotos, que foi ao ponto do acidente para verificar o que podia ser feito.
 
E foi justamente essa reunião que causou polêmica. A Comissão de Segurança se reúne a cada etapa, sempre às sextas-feiras, mas ontem, mesmo em circunstâncias especiais, apenas dez pilotos compareceram: Aleix e Pol Espargaró, Cal Crutchlow, Marc Márquez, Andrea Iannone, Andrea Dovizioso, Jack Miller, Bradley Smith, Álvaro Bautista e Tito Rabat.
Jorge Lorenzo, Marc Márquez e Dani Pedrosa (Foto: Divulgação/MotoGP)
Neste sábado, após a classificação do GP da Catalunha, Aleix criticou as ausências de Valentino Rossi e Jorge Lorenzo e classificou como “lamentável” a baixa adesão do encontro.
 
“Ontem eram oito pilotos da MotoGP, isso é lamentável”, criticou Aleix. “Da fábrica que talvez seja a mais importante do campeonato, os dois pilotos oficiais não estavam. Isso me parece surreal. Todos deveriam estar lá. E, além disso, a Dorna nos apoia e tudo que pedimos eles fazem”, continuou.
 

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“Não é culpar alguém agora, as câmeras viram quem não estava lá. Mas tinham de estar todos, é a nossa segurança. Depois você não pode se queixar que não gosta do circuito e que moto não anda nas curvas lentas. Tinha que ter estado ali, proposto alguma coisa. Nós decidimos todos juntos”, frisou. “Os que não estavam nessa Comissão de Segurança são os dois melhores pilotos, o primeiro e o segundo no Mundial do ano passado, e tinham que ter estado lá e decidir junto com todo mundo para melhorar a segurança do circuito”, defendeu.
 
Aleix afirmou que concordou com a mudança do traçado, mesmo reconhecendo que a modificação afetou a qualidade da pista.
 
“O novo traçado é completamente horrível, são curvas sem raio, quadradas, com mudança de asfalto e custa muito mover a moto, que pesa muito. A segurança manda, mas a pista não é a que era”, reconheceu.
 
Presente na coletiva desta tarde, Lorenzo lamentou a ausência, mas alegou que não foi comunicado sobre o horário do encontro.
 
“Acho que o importante neste fim de semana é o que aconteceu ontem. Infelizmente, nós perdemos Luis e todo o resto é secundário”, disse. “Ontem, a Comissão de Segurança decidiu, junto com alguns pilotos, mudar as curvas e eu lamento um pouco não ter estado lá, como líder do campeonato e campeão do ano passado, mas eu não recebi nenhum comunicado para estar lá. Não entendi o motivo de não estarmos todos juntos lá, todos os 24 pilotos, para tomar uma decisão tão importante como a de modificar a pista depois de sexta-feira”, continuou, apontando que o novo layout favorece a Honda e não a Yamaha.
 
“A segurança é muito importante. Na minha opinião, a curva 12 deveria ter sido modificada não só ontem, mas muito antes, pois precisamos de muito mais brita para parar o piloto e as motos, mas, na minha opinião, não valia a pena mudar a curva nove. Mas nós não pudemos estar lá e decidir”, lamentou.
 
Pressionado sobre sua ausência, Lorenzo afirmou que a presença na reunião da Comissão de Segurança não é compulsória e alegou que não sabia do local do encontro. 
 
“Normalmente, nós todos temos a opção de ir à Comissão de Segurança, mas como aconteceu o que aconteceu ontem, era uma ocasião especial. Além disso, a Comissão normalmente se reúne no escritório da Dorna e ontem mudou para a curva, e eu não sabia que tinha alguma coisa acontecendo lá”, justificou. “Acho que Dani não foi ou Valentino não foi. Nós fomos muito tarde. Acho que, para mim, deveria ser o procedimento normal: comunicar essa ocasião especial para uma decisão tão importante. Não só os pilotos, mas também os times deveriam ter a opção de, pelo menos, darem suas opiniões”, afirmou.
 
“Como eu disse, a curva 12 deveria ter sido modificada antes, mas às vezes você só muda quando alguma coisa assim acontece. Mas, por exemplo, [a curva dez], para mim, não era necessário e, no fim, essas duas mudanças tornaram a nossa vida mais difícil. Mas se for só por segurança, eu concordo. Ainda que, para mim, não valia a pena”, insistiu.
 
Indagado se a reunião não acontece sempre no mesmo horário, Jorge afirmou que teria comparecido se soubesse que queriam mudar as duas curvas.
 
“Eu não sabia de nada. Pensei que eles continuariam usando a mesma pista, já que mudar esse tipo de coisa depois de começar o fim de semana nunca aconteceu. Na minha opinião, nós todos deveríamos estar lá para uma modificação tão importante”, criticou.
 
Sentado ao lado de Lorenzo, Márquez não conseguiu esconder sua contrariedade com as respostas do rival e, questionado sobre o menear da cabeça, afirmou: “Uma coisa é clara: toda sexta-feira nós temos a reunião da Comissão de Segurança às 17h30 no mesmo lugar. Ontem foram os mesmos pilotos sempre. Normalmente, nós somos em nove ou dez pilotos, nem todos, e eu acho que se nós temos a oportunidade de tentar melhorar a segurança das pistas, todo piloto precisa ir”.
 
“Ok, em algumas pistas nós não falamos muito e em 15 minutos a reunião acabou. Mas, em outras, é importante e eu agradeço a Dorna por nos dar a oportunidade de darmos a nossa opinião sobre a segurança”, agradeceu. “Então ontem éramos os mesmos de sempre lá. Primeiro, nós todos planejamos cancelar a corrida, pois achamos que era um momento difícil, mas Carmelo [Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna] ligou para a família e eles concordaram em continuar com o GP. Acho também que, se Salom estivesse aqui, ele gostaria de correr”, opinou.
Nova chicane de Montmeló para MotoGP (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
“Depois disso, planejamos primeiro mudar aquela curva e a solução foi difícil, porque modificamos [a chicane] também, pintamos uma parte da pista para tentar ganhar mais espaço. Aí, dois anos atrás, nós já tínhamos testado a curva diferente. Todo mundo concordou que era melhor por segurança, mas que o layout era pior. Eu também concordo, a outra curva é mais divertida de pilotar. Mas, no fim, todo piloto que passa reto lá, especialmente na Moto2 e na MotoGP, chega no muro ou perto dele”, apontou. “Ano passo, eu escapei lá e eu inclinei enquanto estava na brita e diziam: ‘Mas por quê?’. É porque muro já está perto, então você tenta parar. Parece que se nada acontecer, nós não precisamos mudar nada, mas é melhor pensar e mudar antes de ter um acidente. Então foi por isso que fizemos e todos que estavam lá concordaram”, ressaltou.
 
“Ontem, das 17h30 às 18h15, nós ficamos no escritório da Dorna como sempre. Aí nós fomos para as curvas para checar tudo, pois no mapa é uma coisa e lá é outra”, frisou.
 
Também na coletiva, Pedrosa reagiu com impaciência à sugestão de que a mudança favorece as motos da Honda.
 
“É só um setor. O resto da pista é igual”, comentou. “Então se é melhor para as Honda, nós temos um ponto negativo nas outras partes. Está claro que a Honda não tem a melhor moto, na aceleração e nas curvas normais, e acho que essa mudança não significa que seja ruim para os outros, pois, no fim, a pista está equilibrada. É escolha de cada um chorar ou não. Eu tento pensar na realidade, que é de que ontem nós perdemos um piloto e isso está acima de qualquer coisa”, disparou.
 
Também foram sentidas as ausências de pilotos das categorias menores na reunião da Comissão de Segurança e, questionado sobre o assunto, Johann Zarco disse que eles não são “tão famosos”.
 
“Eu ainda não sei o motivo de não estarmos na Comissão de Segurança, talvez nós ainda não sejamos famosos o suficiente para ir. Normalmente, os pilotos da MotoGP tem experiência o bastante para tomar decisões. Acho que nas categorias menores, como Moto2 e Moto3, nós temos de nos adaptar a isso”, falou. “Eles são os caras principais e, se tomam uma decisão, eles estão pilotando as motos mais rápidas do paddock, então se é seguro para eles, deve ser seguro para nós também. E também porque tem menos pilotos na MotoGP, então é mais fácil reunir todo mundo”, completou. 

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Pedrosa, então, pediu a palavra e lembrou que os pilotos da MotoGP também discutem questões relativas às classes menores.
 
“Quando estamos na Comissão de Segurança, muitas das decisões são tomadas, pois nossas motos são mais rápidas ou mais pesadas, mas em muitas outras ocasiões, nós falamos também sobre os problemas que a Moto3 e a Moto2 estão tendo. Nem todas as decisões são tomadas pensando apenas na MotoGP”, observou.
 
Visivelmente emocionado, Brad Binder, que foi companheiro de equipe de Salom, afirmou que considera razoável que sejam os pilotos da classe rainha os que assumem tal responsabilidade.
 
“Para mim é bem simples: eles são os caras que têm mais experiência, são, definitivamente, os que correm mais riscos de todos nós, afinal, eles estão nas motos maiores, são mais rápidos”, indicou. “Quando nós escapamos da pista, temos uma chance muito maior de parar, então acho que, muitas vezes, a forma como eles pilotam, o jeito que são as linhas, tudo é muito diferente, mas, olhando de fora, eles são os caras com mais experiência, e são os que tomam as melhores decisões”, encerrou.
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