Lorenzo ‘fala’ na pista com atuação irretocável na Itália e silencia críticos em meio a adeus irremediável na Ducati

Jorge Lorenzo conseguiu frear os críticos com uma vitória inquestionável em Mugello, mas o triunfo faz pouco para mudar a realidade: o divórcio com a Ducati é um fato consumado

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Diz o ditado que o sentimento da raiva é mau conselheiro, mas, como toda teoria tem sua exceção, o GP da Itália foi uma prova de que o provérbio não deve ser seguido assim tão ‘a ferro e fogo’. 
 
Imbuído do desejo de calar os críticos ― ainda que esta não fosse sua única motivação ―, Jorge Lorenzo tratou de cumprir ― mesmo que em parte ― seu objetivo desde a mudança para a Ducati: vencer. 
 
Em sua 24ª corrida a bordo da Desmosedici, Lorenzo mostrou ainda ser aquele mesmo piloto dos tempos de Yamaha e lançou mão de uma performance irrepreensível em Mugello. Segundo no grid, o #99 fez uma excelente largada e disparou na ponta sem ser mais ser incomodado.
Jorge Lorenzo já avisou que não segue na Ducati (Foto: Michelin)
Não bastasse o fato de ter tirado o sonho da vitória do caminho, o piloto de Palma de Maiorca ainda o fez na casa da Ducati, a marca que, para seguir a linha dos ditos, jogou a toalha antes do #99. 
 
Grande aposta da casa de Bolonha, Lorenzo não conseguiu cumprir com as expectativas do time e chegou à Itália já em clima de despedida. Ao longo do fim de semana, foram muitos os rumores em torno do espanhol, mas o destino parece mesmo ser uma volta à Yamaha em uma equipe satélite. Mais uma vez, a casa de Iwata aparece em um cavalo branco para resgatar dos braços vermelhos um de seus filhos desgarrados.
 
Ainda no sábado, depois de assegurar seu lugar na primeira fila, Lorenzo frisou que não tinha nada a provar para ninguém, mas, mesmo que inconscientemente, foi isso que fez. Neste domingo, Jorge provou para a Ducati que é capaz de cumprir o objetivo proposto, ainda que tenha precisado de um pouco mais de tempo.
 
Absolutamente extasiado com o sonho de vencer pela Ducati, Lorenzo chegou a falar em “dia mais feliz da vida”, mas não perdeu a chance de alfinetar a cúpula da marca de Borgo Panigale.
 
“Parecia que não ia chegar, mas nunca joguei a toalha”, disse Lorenzo. “Muito amor próprio, muitas horas de treino, muito sofrimento, muitos maus momentos, demais até”, listou.
 
“Fazia muito tempo que não tinha tanta distância entre uma vitória e outra, as coisas não saiam. Eu largava bem, mas logo ia para trás. Eu disse a Gigi [Dall’Igna, chefe da Ducati] que precisava de algo para ficar mais cômodo e, no fim, eles me deram isso”, contou. “Eu nunca minto, sempre digo a verdade. Em Jerez, dei um passo à frente com a doçura do motor, mas me faltava sentir cômodo, e essa peça do tanque me deu isso”, frisou.
 
“Não quero me justificar, sabia que no final chegaria e venceria, mas chega tarde neste sentido. Uma pena que os engenheiros não confiaram em mim antes”, falou. 
 
Ex-companheiro de Yamaha, Valentino Rossi se deixou contagiar pela alegria de Lorenzo, mas avaliou que não pode colocar a vitória do espanhol como surpresa.
 
“Ele foi muito forte, fez uma grande corrida e mereceu”, elogiou Rossi. “É difícil dizer que você não espera uma vitória de Lorenzo, que é um dos grandes”, seguiu.
 
Líder do Mundial, Marc Márquez foi mais enfático em suas palavras e avaliou que o #99 calou alguns críticos.
 
“Ele tirou um peso dos ombros e, para ser claro, calou algumas bocas”, afirmou Marc. “Ele tem muito talento, sempre disse que ele faz coisas únicas em cima da moto e tem recursos próprios. Foi uma grande vitória”, frisou.
 
Companheiro de Ducati, Andrea Dovizioso também quis parabenizar o espanhol, mas não sem fazer lá suas ressalvas.
 
“Tenho de felicitar Lorenzo. Mas a Ducati de agora não é como a de alguns anos. Ganhar é sempre difícil, mas a Ducati de agora funciona”, completou.
 
Falando às emissoras de TV na Itália, Lorenzo confirmou que não seguirá mesmo com a equipe de Bolonha. “Nos próximos dois anos, levarei outra moto”.

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