Marc Márquez mostra desconforto e fica nas cordas pela primeira vez na MotoGP 2024

A sexta-feira (10) apresentou um cenário repetido e um inédito na temporada 2024 da MotoGP. O primeiro dia de treinos para o GP da França viu Jorge Martín novamente controlar os rivais e mostrar sua força em voltas rápidas, com o melhor tempo do dia. Ao mesmo tempo, um dos principais adversários das primeiras etapas tropeçou nos próprios erros em Le Mans: Marc Márquez não passou do 13º lugar.

O dia de Marc Márquez até começou promissor, com o piloto da Gresini liderando os primeiros minutos do TL1, que abriu as atividades em Le Mans. Depois disso, tudo parece ter desandado para o hexacampeão da MotoGP. Nas duas atividades, ficou fora das primeiras posições, com um 9º posto no primeiro treino livre e a 13ª posição na sessão seguinte.

Mais do que isso, Márquez parecia não estar confortável com a GP23, moto da Gresini, em Le Mans. Na sessão da tarde, caiu ao perdeu o controle da moto na curva 13. Minutos depois, voltou e não conseguiu encaixar uma única volta decente, com direito a erro na tentativa final. Ficou, no fim, o gosto amargo de não ter encontrado um acerto ideal e por precisar passar pelo Q1 da classificação no sábado (11).

“Inesperado, mas eu já avisava que um dia chegaria a um circuito e teria isso [dificuldades]. Aconteceu em Le Mans, agora é reagir. Na tarde, desde o início, não fiquei muito confortável para colocar meu estilo de pilotagem. Vamos melhorar, mas temos o Q1, algo que não me agrada muito”, afirmou o espanhol.

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“No fim, andava bem, mas teve uma bandeira amarela. Na última volta, estava bem também, mas errei na curva 6 e espalhei. Se você tem bom ritmo e vai bem, tem mais margem. O problema é que estava no limite de tempo com a bandeira amarela e o erro foi meu, pois não passamos. Precisamos melhorar porque também estamos sem ritmo”, acrescentou.

A queda durante o treino no circuito francês obrigou Márquez a buscar uma moto reserva. O #93, no entanto, admitiu após a sessão que também não encontrou o melhor acerto para o segundo equipamento. Por isso, espera muito trabalho no treino livre que acontece antes da classificação.

“[A queda] foi em dos setores que mais estava sofrendo porque a moto não virava. No fim, disse que ‘quem faz a moto girar sou eu’, mas não. Passar para o Q2 é crucial. Se quiser sonhar com algo, precisa estar entre os cinco primeiros do grid, pelo menos sair das três primeiras filas ou pode esquecer”, pontuou.

Desde que chegou à Gresini, no início do ano, Marc parece ter reencontrado a boa fase no comando de uma moto Ducati, ainda que desafada. Na França, porém, se vê diante de uma situação complicada pela primeira vez, algo que o fez fugir da Honda após anos de desconforto. Na montadora japonesa, o hexacampeão da MotoGP sabia como trabalhar e conhecia as peças disponíveis, agora experimentar uma sensação diferente, que pode exigir ainda mais de suas capacidades como piloto, mas também como acertador de motos.

“Vamos trabalhar nesta tarde. Se as sensações forem como hoje, não vou evoluir. Se melhorarem, posso forçar um pouquinho meu estilo de pilotagem. Mas eu preciso melhorar, trabalhar em conjunto com a equipe e ver exatamente o que aconteceu. Temos informações de outras motos da Ducati, vamos ver onde elas estão e extrair o máximo. O treino de amanhã [antes da classificação] será vital para ver se temos opções no Q1 ou não”, disse Márquez.

“O problema de freios está solucionado neste momento. Em Jerez, não tive problemas e aqui também não. Na última etapa, a moto era exatamente a mesma que em Austin”, finalizou.

Resta saber se Marc Márquez vai arrumar mais um daqueles milagres que já vimos fazer com a Honda ou vai sentir o golpe de sua primeira pancada sofrida com as cores da Gresini.

A MotoGP volta a acelerar neste sábado, a partir de 5h10 para a definição do grid de largada do GP da França, em Le Mans. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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