Pilotos se empolgam com novas motos após primeiro dia de testes na Malásia, mas tempos entregam pouca informação

No primeiro dia de testes da pré-temporada 2018, tabela de tempos entrega pouca informação sobre a ordem de forças, mas a animação dos pilotos ao falarem de seus novos protótipos contagia

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A temporada da MotoGP teve seu primeiro ato neste domingo (28). A classe de 2018 se reuniu para a abertura da primeira bateria de testes coletivos na Malásia e o balanço geral é bastante positivo.
 
Com apenas um dia de testes, é cedo demais para tirar qualquer conclusão, mas a animação dos pilotos é, de certa forma, contagiante.
 
Mesmo em um dia que começou com chuva, os competidores conseguiram trabalhar bastante neste domingo, completando uma média de 44,2 voltas cada. Quem mais rodou foi Maverick Viñales, com 72 giros, mas a liderança ficou Dani Pedrosa, que aproveitou a pista seca na hora final da sessão para entrar na casa de 1min59s.
 
Com a melhor de suas 56 voltas em 1min59s427, Dani fechou o domingo à frente de uma quadra da Ducati. 0s343 mais lento que o #26, Andrea Dovizioso ficou com o segundo posto, à frente de Jorge Lorenzo e Danilo Petrucci, o trio de pilotos oficiais da marca de Bolonha. Com uma GP17, Jack Miller foi 0s751 mais lento que Pedrosa e completou o rol dos cinco primeiros.
Dani Pedrosa foi o mais rápido no primeiro dia em Sepang (Foto: Divulgação/MotoGP)
Empenhado desde as primeiras horas da sessão, Valentino Rossi liderou boa parte do dia, mas encerrou suas atividades cerca de uma hora antes do cronômetro. Mesmo assim, o #46 foi a melhor Yamaha e garantiu o sexto posto, 0s806 atrás de Dani.
 

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Campeão vigente, Marc Márquez aparece na sequência, seguido por Johann Zarco, Cal Crutchlow e Pol Espargaró.
 
Neste primeiro dia, porém, a ordem dos pilotos não é lá um indicativo dos mais significantes, já que ninguém está empenhado em buscar tempo. Como o próprio nome diz, o objetivo dos testes é avaliar os itens desenvolvidos nas fábricas ao longo do período de férias, normalmente com um trabalho comparativo.
 
Sendo assim, os pilotos têm muitas coisas para testar. Na Yamaha, por exemplo, são dois motores disponíveis para avaliação. A Honda conta com três propulsores, enquanto a KTM colocou seis motos na garagem.
 
Em um cenário como este, o tempo de volta em si não oferece um raio-x exato do que vem pela frente, mas a animação dos pilotos serve como evidência de mais um ano bom para a MotoGP.
 
Líder dos trabalhos, Pedrosa celebrou a boa marca, mas se mostrou ainda mais satisfeito com o que sentiu em cima da RC213V.
 
“Claro, foi um bom início de testes com o melhor tempo, então estamos felizes com isso”, começou Pedrosa. “Nós temos três motos para testar aqui e elas têm o mesmo setup, mas motores diferentes. Basicamente, nós trabalhamos no pacote do motor, tentando coletar o máximo possível de informações e pegar o feeling de cada uma das diferentes especificações. Esta é uma das principais áreas que temos como alvo neste teste”, apontou. 
 
“Têm alguns pontos em que precisamos trabalhar para entender mais. Nós também precisamos de mais voltas com pneus usados, já que não fizemos long-runs hoje. Claro, ainda estamos no começo, mas, até aqui, a sensação é boa”, apontou.
 
Embora tenha ficado apenas em sétimo, Márquez também comemorou o dia de trabalho intenso, mas ressaltou que é preciso seguir empenhado.
 
“Estou bem feliz com a maneira como começamos, porque estávamos trabalhando em três motos diferentes com motores diferente, um do ano passado e dois com especificações diferentes, e, por isso, foi um dia bem intenso”, comentou. “Nós tivemos de ajustar muitas, muitas coisas, mas, até aqui, parece que o novo motor é melhor”, opinou. 
Andrea Dovizioso celebrou evolução da Ducati (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Claro, ainda temos mais dois dias para melhorar o acerto e continuar trabalhando no motor, na eletrônica, na aerodinâmica e assim por diante. Foi só o primeiro dia e o feeling e o ritmo já foram positivos”, considerou.
 

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Contratado direto pela HRC, Cal Crutchlow também fez uma avaliação positiva do trabalho feito pela marca da asa dourada.
 
“Hoje foi um bom dia. Nós estamos realmente satisfeitos com o trabalho que a Honda fez ao longo do inverno e nós temos de agradecê-los por isso”, falou Cal. “Foi um dia positivo, pois fui rápido o tempo todo e vamos voltar a tentar amanhã para ver se podemos melhorar o tempo de volta, mas, no geral, estou muito feliz”.
 
Depois de Casey Stoner elogiar a GP18 após uma sessão privada de testes no mesmo traçado malaio, o novo protótipo de Bolonha caiu nas graças também de Dovizioso, Lorenzo e Petrucci.
 
Vice-campeão em 2017, Dovizioso manteve seu jeitinho pé no chão ao falar da Desmosedici, mas sentiu que teve seus desejos atendidos pelos engenheiros da Ducati.
 
“Nós testamos a nova moto nesta tarde e tivemos tempo suficiente para fazer uma comparação. Vamos continuar isso amanhã e, talvez tenhamos encontrado algumas coisas melhores, especialmente na última parte da entrada da curva. A frente é um pouco melhor e consigo entrar mais rápido. Isso é bom e estou surpreso”, admitiu. “Não é muito diferente do ano passado, só a entrada de curva. Estou feliz em relação a este primeiro dia e ao tempo de volta. E nós começamos como na corrida no ano passado. Eu fui muito competitivo e nós melhoramos mais o feeling com esta moto. Nós ainda precisamos entender essa moto, mas estou muito feliz”, resumiu.
 
Lorenzo, por outro lado, foi bastante efusivo em seus comentários, especialmente na comparação com a pré-temporada do ano passado.
 
“Estamos muito contentes com a nova moto, porque ela melhorou muito em curva, agora vira mais com o acelerador. Para o meu estilo, vai ser melhor. Uma das minhas qualidades é o ritmo de curva e, com este modelo, posso tirar muito mais proveito disso. É uma grande sensação provar uma moto nova e ver que os tempos saem. É difícil que possa ficar mais contente do que estou”, falou. “Depois de um ano de falar muito, demos um grande passo à frente. Melhoramos no centro da curva e agora temos margem para também fazer isso na freada. De estar a 1s7 do primeiro ― no ano passado ― a três décimos, a coisa muda muito. Normalmente, quando fui rápido em Sepang, fiz uma grande temporada, mas também pode ser que isso não ocorra desta vez”, ponderou.
Fazia tempo que Valentino Rossi não ficava tão feliz com um teste (Foto: Divulgação/MotoGP)
Também vinculado diretamente à fábrica, Petrucci aproveitou o domingo para estrear a GP18 e classificou a moto como “instintiva”.
 

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“Gosto muito da nova moto, é instintiva e você pode forçar mais em muitas partes do circuito. Não tem um ponto onde a moto é muito melhor ou pior, mas isso torna tudo muito mais fácil”, apontou. “O motor é muito mais fluido e isso permite que eu siga meus instintos”, detalhou.
 
Na garagem da Yamaha, a sensação era de um certo alivio. Depois de um 2017 difícil e irregular, Rossi e Viñales exaltaram o trabalho feito em Iwata.
 
“Em todo 2017, não fizemos um teste tão bom como o de hoje. Nós sempre sofríamos em algum aspecto”, lembrou o #46. “Estou feliz, porque nós fizemos um bom trabalho em novembro. Nós conseguimos um entendimento melhor, depois da confusão que tivemos durante a temporada 2017. O chassi de hoje é um chassi novo, uma evolução que é baseada na moto de 2016. Quando piloto com esse chassi, me sinto melhor: minha pilotagem é mais natural, sinto melhor a frente da moto, e quanto forço, tenho velocidade”, listou. 
 
“Nós testamos dois motores diferentes para melhorar a aceleração e eles não são tão ruins, a velocidade máxima também é bem boa”, apontou. “Nós precisamos trabalhar na eletrônica, especialmente para poupar o pneu traseiro, mas a primeira impressão é bem positiva”, sublinhou.
 
Após dominar a pré-temporada do ano passado, Viñales preferiu uma abordagem diferente e focou mais no ritmo de prova.
 
“Trabalhei muito duro, especialmente quando a temperatura estava mais alta, tentando reproduzir um dia de corrida. Estou bem feliz, nós melhoramos muito desde a manhã e acho que temos um bom pacote”, opinou. “Especialmente, depois de amanhã e depois, acho que teremos uma moto realmente boa, então estou bem feliz e entusiasmado com isso. De qualquer forma, nós precisamos seguir trabalhando e precisamos ficar no ritmo. Me sinto bem na moto e isso é o mais importante. No momento, não testei nenhum chassi diferente, foquei na eletrônica e em muitos acertos diferentes, então vamos ver amanhã. Como eu disse, depois destes dias, vamos sair com um bom pacote e dar os passos certos. Quero fazer voltas e entender tudo”, completou.
 
Com muito que testar na garagem da KTM, Pol Espargaró falou em um “passo claro” com o protótipo, com Smith celebrando a chance de provar todas as três motos que têm à disposição.
 
Nos boxes da Suzuki, a alegria foi um tanto mais contida, especialmente do lado de Iannone, que acabou em 16º, enquanto Rins ocupou o 11º lugar da tabela.
 
“Bom, a verdade é que este primeiro dia foi muito positivo, assim como testar essa nova moto. Conseguimos ver como estão as coisas até aqui, e encontramos coisas positivas e negativas para trabalharmos e ajustarmos na moto”, falou Álex. “Um dos principais problemas que enfrentamos no ano passado foi a entrada de curva, mas isso já parece muito melhor. Também tivemos melhora no chassi”, relatou.
 
Iannone, por outro lado, pareceu um bocado em cima do muro.
 
“Nós não tivemos muito tempo e foi muito difícil entender onde está o feeling positivo e o negativo. Amanhã teremos outra chance e é possível que seja completamente diferente ― podemos ser primeiros ou últimos”, filosofou. “Hoje tudo é novo, então quando você começa sem uma referência, é muito importante entender a moto e a situação”, alertou. 
 
“A Suzuki trabalhou bem durante o inverno e temos algumas sensações novas, mas é difícil comparar as motos de 2017 e 2018 no momento. A prioridade para nós é continuar esta melhora”, continuou.
 
No que diz respeito ao trabalho da Aprilia, Aleix Espargaró falou em um primeiro contato com a moto “definitivamente positivo”.
 
“Hoje foi como o primeiro dia de aula. As primeiras duas horas foram desgastantes depois de tanto tempo sem pilotar uma moto de MotoGP, mas, passo a passo, eu recuperei o feeling. O primeiro contato com a nova moto foi, definitivamente, positivo”, considerou. “Especialmente em termos de chassi, a RS-GP de 2018 me deixa entrar nas curvas melhor e isso reflete o que eu pedi aos engenheiros da Aprilia. Nós ainda temos muita margem de melhora. A moto está em 75% e chegaremos a 100% para o teste do Catar”, assegurou. 
 
Recém-chegado ao time, Scott Redding ainda tenta se adaptar à RS-GP e pouco testou a moto de 2018.
 
A MotoGP volta à pista na segunda-feira para o segundo dia de testes coletivos.

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