Foto: buraco no pit-lane evidencia como problemas estruturais persistem no autódromo de Brasília
A Stock Car chegou a Brasília para a terceira etapa da temporada 2014 e se deparou com uma cratera na faixa de rolagem dos boxes do Autódromo Nelson Piquet
O autódromo que havia se proposto a receber a MotoGP em setembro e que, segundo dizem, vai sediar as etapas brasileiras anuais da Indy a partir de março do ano que vem não demonstra novamente que está apto à prática do automobilismo. Às vésperas do início dos treinos da Stock Car, as marcas de abandono são novamente visíveis ao longo do traçado da pista de Brasília. Assim se encontra a área dos boxes, com buracos e pedaços de concreto, pouco antes do primeiro treino livre marcado para as 16h desta sexta-feira.
Em janeiro, o governo do DF admitiu que as obras para sediar as corridas do Mundial de Motovelocidade não ficariam prontas a tempo, o que levou a Dorna a cancelar a etapa. Dois meses depois, o governador Agnelo Queiroz foi apertar mãos e assinar um acordo, costurado junto com a TV Bandeirantes, em que se comprometia a reformar o autódromo para herdar a prova que a emissora deixou de realizar no Anhembi, em São Paulo.
Considerando que o calendário do automobilismo brasileiro ainda aponta uma prova da F-Truck em junho e que nenhum processo de licitação efetivo para definição da autora das obras foi aberto, o prazo máximo para que tudo esteja apto a receber a Indy na data proposta, 8 de março, é de nove meses.
No ano passado, a REVISTA WARM UP fez uma série de denúncias sobre os acontecimentos em torno do Autódromo Nelson Piquet em ‘Dossiê de Falcatruas’, em que comprovava não só o mau uso do autódromo, mas também como as entidades locais, com respaldo de instâncias do governo, abusavam do uso do dinheiro público em desvios múltiplos, bem como do descaso e da investigação da morte da pilota Vanessa Daya.
Relacionadas
Também em 2013, a Stock Car viveu uma etapa extremamente conturbada em Brasília devido à precariedade das estruturas do circuito. Na ocasião, bueiros construídos para drenagem da pista não resistiram e desmancharam com a passagem dos carros no primeiro treino livre. Essa sessão acabou tendo duração de quase seis horas. A solução de emergência encontrada pela organização e pela CBA foi proibir que os pilotos atacassem as zebras naquele ponto.