Promotor defende formato inédito de copas com grande final e destaca: “Título nunca será definido por antecipação”

No último final de semana, a Copa Truck conheceu seu primeiro campeão da temporada 2018. Wellington Cirino foi o maior pontuador das etapas de Cascavel e Guaporé e ficou com o título da Copa Sul, a primeira das quatro copas previstas para este ano – as próximas são Sudeste, Centro-Oeste e Mercosul.

 

A criação do sistema de copas surgiu em 2017, durante a formatação do novo campeonato de caminhões no Brasil, após o fim da Fórmula Truck. A solução, que em princípio parecia uma saída transitória, acabou agradando e, por isso, foi mantida para este ano. Com um detalhe: o acréscimo de uma grande final envolvendo os três pilotos melhores classificados em cada uma das copas. 

 

Para Carlos Col, promotor da Copa Truck, a grande final é uma evolução de um sistema que deu certo. “Como recebemos a chancela da CBA, decidimos não abandonar o sistema de copas que foi adotado de maneira intermediária nessa situação da categoria, mas que se mostrou muito interessante. Então resolvemos manter esse sistema e criamos a grande final, em um formato inédito no nosso automobilismo”, explicou Col em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO. 

 

“Será um teste neste ano e espero que funcione bem. E que atinja os objetivos, entre eles a possibilidade de manter um campeão, um vice e um terceiro colocado em cada uma das copas. Assim, sempre renovamos o ânimo e a esperança dos pilotos e equipes que não foram bem, e garantimos que o título nunca será definido por antecipação, apenas na grande final, em Curitiba, no dia 2 de dezembro”.

Passo a passo, a Copa Truck vai encontrando seu caminho e escrevendo sua própria história. O aspecto técnico da categoria praticamente não sofreu mudanças do ano passado para cá, foram poucos detalhes, como o redimensionamento da turbina. Fora isso, nada impactante. Mas Col admite que é preciso dar um passo adiante.

 

“Confesso que vejo necessidade de evolução nos quesitos técnicos, principalmente para melhorar ainda mais a competitividade entre pilotos e entre as marcas. Esse é um campeonato multimarcas e é sempre um desafio manter a competitividade sem que haja necessidade de investimentos vultosos por parte das engenharias das fábricas. A participação das engenharias é bem aceita e bem vista, mas dentro de um bom nível de competitividade. É o que eu pretendo trabalhar para o futuro”, afirmou o promotor.

 

E por falar em futuro, Col tem se concentrado em olhar apenas para frente, sem se preocupar com a antiga categoria de caminhões. “Não olho para trás e não estou aqui para julgar ninguém e nem classificar qualquer coisa como erro. O que eu estou fazendo é aceitando a um pedido das equipes e pilotos, um projeto com a minha visão e baseado na minha experiência de muitos anos de promotor em diversas categorias, a principal delas, a Stock Car."

Então baseado na minha experiência, e no aprendizado de coisas novas que me faltavam, como principalmente atuação na plataforma digital, estou procurando fazer o melhor possível em um projeto moderno. E que isso seja útil como plataforma de comunicação, experiência e comercial para os patrocinadores. Não estou olhando para o passado não”, completou.

A próxima rodada da Copa Truck acontece em 27 de maio, na pista de Interlagos.