Michelin minimiza impacto da chuva em teste e se mostra satisfeita com evolução dos pneus para 2016 na MotoGP

Trabalhando no desenvolvimento dos pneus que serão utilizados na MotoGP a partir da temporada 2016, a Michelin minimizou o impacto do teste perdido com chuva e se mostrou satisfeita com a evolução dos compostos

A cobertura completa do GP de San Marino no GRANDE PRÊMIO

Preparando retorno à MotoGP, a Michelin vem realizando testes em diversas pistas usadas no calendário do Mundial de Motovelocidade, algumas vezes contando com a presença dos pilotos titulares. Apesar do bom programa de provas, entretanto, nem tudo saiu como o esperado e alguns dos exercícios foram prejudicados pela chuva.
 
Ainda na pré-temporada, os pilotos oficiais tiveram a chance de provar os compostos franceses, o que se repetiu em Mugello. Depois de algumas queixas em relação a diferentes níveis de aderência dos pneus dianteiro e traseiro, o teste da República Tcheca era uma prova importante para a Michelin, mas a chuva acabou frustrando os planos da montadora.
Pascal Couasnon afirmou que a Michelin está satisfeita com a evolução dos pneus preparados para 2016 (Foto: Michelin)
Ainda assim, a Michelin não vê motivos para pânico. Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO, o diretor de competições Pascal Couasnon explicou que a montadora está no caminho de ter os pneus que deseja e satisfeita com o progresso feito até aqui.
 
“Nós vamos continuar desenvolvendo. Estamos indo fase por fase, precisamos entender as motos outra vez, precisamos entender as diferentes pistas…”, explicou Pascal. “Nós já tivemos três sessões principais com os pilotos top e estamos satisfeitos com o progresso que fizemos. Nós temos o produto final? Com certeza, não, mas nós já temos algumas novas ideias para continuar melhorando”, garantiu. 
 
“Este é um processo normal e nós vamos desenvolver até o último minuto para garantir que temos o melhor que pudermos no momento adequado”, avisou. “Nós estamos no caminho, estamos satisfeitos onde estamos, mas ainda têm algumas áreas em que queremos melhorar. E nós vamos chegar lá”, reforçou.
 
Questionado pelo GP sobre o impacto da chuva no programa de testes da nova borracha, Couasnon brincou: “Bom, pelo menos nós pudemos testar os pneus de chuva, o que é bom”. 
 
“Por outro lado, nós temos algumas ideias. Tem uma grande chance de substituirmos a sessão de Brno por outra, então o impacto será mínimo”, resumiu. 
 
Ainda, o dirigente reconheceu que a Michelin ainda trabalha para solucionar a diferença de aderência entre os compostos dianteiro e traseiro, mas destacou que os pilotos se mostraram muito satisfeitos com o agarre da borracha traseira.
 
“Isso uma parte das coisas que estamos olhando”, disse. “Nós sabemos que os pilotos estão até mesmo surpresos com a performance excepcional do pneu traseiro. Nós precisamos equilibrar bem a frente com a traseira e isso é parte do programa de desenvolvimento”, completou.
Michelin volta a fornecer pneus na MotoGP em 2016 (Foto: Michelin)
Além da substituição de fabricante, outra novidade em termos de pneus para a temporada 2016 da MotoGP é a volta dos pneus intermediários. Longe do Mundial desde 2009, os pneus destinados às condições climáticas mistas foram um pedido da Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, que quer aumentar a atividade em pista nos treinos livres em dias de chuva por conta dos fãs.
 
O teste em Brno, porém, não serviu para dar uma boa ideia sobre os compostos. “Honestamente, a chuva foi tão forte que nós não conseguimos testar muito com os intermediários”, disse Couasnon. “Nós só demos algumas voltas, que foram muito positivas, mas nós precisamos trabalhar um pouco mais com este pneu antes de podermos dar uma resposta sólida”, concluiu.
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