Retrospectiva 2023: Indy vive raro ano de domínio, e equipes grandes disparam

2023 não ficou marcado apenas pelo domínio de Álex Palou na Indy, mas também pela consolidação e domínio das quatro principais equipes, fechando portas de vez para os times menores

Conhecida por ser uma das categorias de monopostos mais equilibradas do mundo, a Indy viveu um 2023 bastante atípico. Pela primeira vez em 16 anos, o campeão foi definido antes da etapa de encerramento da temporada. Com muitos méritos, Álex Palou dominou o certame praticamente de cabo a rabo, não apenas com uma regularidade impressionante, mas também acumulando vitórias na hora certa, que praticamente afastaram qualquer tipo de concorrência.

Mas o domínio em 2023 não se limitou apenas a Palou. As equipes grandes da Indy comandaram as ações em praticamente todas as 17 provas do campeonato. A única vencedora fora da tríade Penske-Ganassi-Andretti foi a RLL, que teve um surpreendente Christian Lundgaard faturando o GP de Toronto. O dinamarquês, inclusive, foi um dos grandes nomes do campeonato, finalizando à frente do então atual campeão Will Power.

Palou teve cinco vitórias ao longo do campeonato. A primeira delas foi no GP de Indianápolis 1. Logo após a Indy 500, quando foi quarto colocado, emendou uma incrível sequência de três triunfos: em Detroit, Road America e Mid-Ohio. Naquele estágio, já era difícil imaginar a Astor Cup longe do espanhol. E ele seguiu forte até o fim, com mais uma vitória em Portland, que o consagrou campeão. Além disso, foram outros cinco pódios, além de 100% de presença no top-10.

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Álex Palou foi o terceiro colocado no GP de Laguna Seca (Foto: IndyCar)

E a Ganassi também teve motivos para comemorar com Scott Dixon no segundo lugar. Foi a primeira vez desde 2009, quando Dario Franchitti foi campeão (com Dixon vice) que o time formou um 1-2 na tabela final do campeonato. Scott, por sua vez, teve um ano também marcado por muita regularidade, ficando fora do top-10 apenas uma vez, quando bateu com Pato O’Ward em Long Beach. Quando o hepta parecia já longe de alcance, acertou três vitórias nas quatro corridas finais, saindo com o vice-campeonato.

Grande equipe do campeonato em 2022, a Penske viveu um ano de altos e baixos. O principal voo certamente foi a incrível vitória de Josef Newgarden nas 500 Milhas de Indianápolis, com ultrapassagem sobre Marcus Ericsson na última volta. O bicampeão também venceu em outras três ocasiões, faturando um duelo contra O’Ward no Texas, além de varrer a rodada dupla no Iowa. Apesar dos brilhos em ovais, Josef amargou apenas a quinta posição na tabela final, marcado por um ano muito irregular e repleto de momentos ruins.

O principal piloto da Penske no campeonato acabou sendo Scott McLaughlin. Apesar de apenas uma vitória, conquistada no Alabama, o neozelandês se colocou em algumas brigas aqui e ali, e com nome frequente entre os oito primeiros, conseguiu derrotar Newgarden na briga interna. Campeão de 2022, Will Power teve desempenho muito modesto, ficando apenas em sétimo e passando em branco, sem vencer, pela primeira vez na Indy.

Já na disputa pelo posto de terceira força, a Andretti frustrou a expansão da McLaren para deixar os rivais sem vitórias em 2023. O time se sagrou vencedor duas vezes nas mãos de Kyle Kirkwood, que levou as corridas de rua de Long Beach e Nashville. Colton Herta e Romain Grosjean tiveram anos decepcionantes. No mercado, a agressividade ficou marcada pela contratação de Ericsson para 2024.

Em um cenário de disparidade, pouco sobrou para os times menores. David Malukas, da Dale Coyne, foi quem mais fugiu desta realidade, somando um pódio no GP de Gateway. Inclusive, o americano vai virar piloto de altas responsabilidades para 2024, fechando com a McLaren para substituir Felix Rosenqvist.

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