Legge negocia para aumentar calendário com Dale Coyne e mira “redenção” na Indy 500

Katherine Legge vai para a quarta participação nas 500 Milhas de Indianápolis, que serão disputadas em 26 de maio. Após 17 anos, a britânica retorna à Dale Coyne para tentar se classificar à prova mais importante do calendário da Indy. No entanto, o mês de maio da pilota promete ser intenso também nos bastidores, já que Katherine almeja um acordo para fazer mais etapas da temporada 2024 com a equipe, que vive uma espécie de revezamento no cockpit.

Em 2023, Legge retornou à Indy após dez anos para tentar uma vaga nas 500 Milhas de Indianápolis. A britânica foi destaque na classificação ao jogar os companheiros de RLL no Bump Day. A pilota conquistou o 29º lugar e se garantiu no grid, enquanto Christian Lundgaard, Jack Harvey e Graham Rahal, titulares na temporada completa, foram à última tentativa — Rahal acabou eliminado, mas participou da prova no lugar de Stefan Wilson na Dreyer & Reinbold. O irmão mais novo de Justin Wilson fraturou uma vértebra após acidente no treino livre da segunda-feira que antecede a prova, no qual, curiosamente, teve Legge envolvida.

Na corrida, abandonou a Indy 500 após somente 41 das 200 voltas — bateu imediatamente depois de trocar pneus e reabastecer, ainda dentro do pit. Ainda assim, a britânica de 43 anos deixou mais impressões positivas do que negativas. Teve portas abertas na Dale Coyne.

Uma série de outros fatores fizeram surgir novas chances para Legge, que revelou a possibilidade de continuar na categoria em algumas provas, agora sem se preocupar com conflito de datas — a pilota deixou a Gradient no IMSA SportsCar. A inglesa quer preencher algumas lacunas no #51, que, até aqui, teve Colin Braun em St. Pete e no Desafio do US$ 1 Milhão, Luca Ghiotto no Alabama e também já tem o italiano confirmado para o GP de Indianápolis.

Na sequência, Legge assume o posto para a principal corrida da Indy. Após a disputa, só Dale Coyne sabe o que vai acontecer: não há indicativos de quem estará à frente do #51 nas outras 12 etapas do ano.

“Estamos trabalhando com algumas possibilidades na Indy e espero anunciar em breve. Uma pena o rompimento com a Gradient, mas eles precisavam de dinheiro. Seguimos caminhos separados”, disse Legge ao site norte-americano Motorsport.com.

“Dale e [sua esposa] Gail Coyne continuam os mesmos, não envelheceram. Incrível! A equipe segue ótima, são poucas pessoas que dão todo suporte. Estão no paddock da Indy por décadas e tenho orgulho de correr com eles mais uma vez”, prosseguiu.

Mas, de primeiro momento, o foco da pilota é apagar as impressões que não foram boas em Indianápolis no ano passado. “Quero me redimir [do acidente de 2023], então trabalho por isso em 2024. Tenho a sorte de ter a e.l.f. comigo, a primeira marca de cosméticos a patrocinar na Indy, o que me permitiu essa chance”, afirmou.

Legge sempre foi uma voz importante pela diversidade no automobilismo, sobretudo para que as mulheres tivessem mais espaço na modalidade. A britânica reconhece que seu posicionamento ajudou no acordo com a Dale Coyne e e.l.f. para estar presente nas 500 Milhas de Indianápolis.

“Acho que gostam do que defendo. Querem empoderar mulheres, mostrar o talento feminino e colocar mais mulheres no esporte. Tive sorte pela equipe fechar o acordo com eles [e.l.f.] e vai ser importante. Qualquer coisa pela primeira vez é especial”, finalizou.

A Indy retorna em menos de duas semanas, no dia 11 de maio, com o GP de Indianápolis, etapa que acontece no circuito misto do Indianápolis Motor Speedway, em Indiana.

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