Com mudança do LMP1 para hipercarros marcada para 2020, WEC mira menos custo e mais fábricas
O Mundial de Endurance está terminando a temporada 2018/19, vai seguir no mesmo caminho durante a jornada 2019/20, mas tem um novo pacote de regras encomendado para 2020/21. Saem de cena os LMP1, entram os hipercarros. O objetivo é capturar de volta o interesses das fábricas que debandaram ao diminuir os valores envolvidos e aumentar a serventia industrial
O Mundial de Endurance sofreu severos baques nos últimos anos. Após a classe LMP1 começar a temporada 2015 com quatro fábricas instaladas — três delas bem estabelecidas e com muito a gastar —, os nomes foram saindo. A tecnologia híbrida foi perdendo em atenção e importância até que a Toyota restasse como último arauto da resistência das marcas importantes. A ginástica para transformar as temporadas seguintes em algo mais interessante foi um tanto quanto emergencial, mas não é o futuro. E o que é o futuro, então?

Após a debandada, o WEC mudou o formato para os campeonatos bianuais. No primeiro biênio, 2018/19, um formato que abraçava duas edições das 24 Horas de Le Mans — a segunda, que encerra o campeonato, justamente a marcada para este fim de semana. A jornada tirou sorte grande ao receber Fernando Alonso inicialmente em paralelo à Fórmula 1. A próxima temporada vai repetir o modelo e provavelmente não terá Alonso, além de contar com as 24 Horas de Le Mans somente uma vez. Oito etapas, retorno ao Brasil e ida a Sebring aparecem ao lado das etapas já tradicionais. O olho é para 2020/21.

Dito isso, é bom avaliar que o WEC entendeu que as montadoras estão interessadas em criar os hipercarros esportivos. É um caminho no qual há interesse real. O modelo Senna, da McLaren, e o Valkyrie, da Aston Martin, são modelos tomados como de interesse. O desejo é parar de agir como um desvio no caminho da produção industrial para desenvolver atributos tecnológicos e, em vez disso, passar a caminhar de braços dados com o tipo de produção que interessa mais as fábricas. A parte energética vai ficar com a Fórmula E, pois.
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