Rees destaca evolução em 1º ano de Aston Martin marcado por forte acidente em Le Mans: “Deu para aprender muita coisa”

No primeiro ano andando de Aston Martin na GTE Pro, Fernando Rees ficou de fora da corrida mais importante após sofrer um forte acidente. Mas até isso se encaixa do que acabou sendo o mote dele ao longo de 2014: aprender

Fernando Rees conclui em Interlagos, neste fim de semana, sua primeira temporada junto da Aston Martin no Mundial de Endurance. Depois de subir para a classe GTE Pro, o brasileiro viveu um ano que descreveu como sendo de muito aprendizado — em vários aspectos. Além de ter de aprender o carro da montadora inglesa, também aprendeu do jeito mais doloroso alguns segredos das 24 Horas de Le Mans.

Em uma das sessões de classificação para a corrida mais importante do calendário, Rees perdeu o controle do carro nas curvas Porsche e bateu violentamente contra a barreira de proteção. Mais cedo, no mesmo ponto, Loïc Duval já havia sofrido um forte acidente com o protótipo da Audi.

Embora tenha sido obrigado a ficar de fora daquela que seria sua primeira participação nas 24 Horas, Rees garante que não se sentiu intimidado. O episódio serviu para que lições fossem tiradas.

O Aston Martin guiado por Fernando Rees ficou destruído após o acidente em Le Mans (Foto: Reprodução/Twitter)

“Foi o momento mais baixo do ano, com certeza. Mas também um momento em que deu para aprender muita coisa. É um desafio especial, e tem muito macete que. Cada ano aprende uma coisa. É muito difícil chegar de cara e fazer tudo certo. Mas acho que, quando dá algum problema, o importante é aprender, e todo mundo interpretou dessa forma também”, disse Rees em entrevista ao GRANDE PRÊMIO em Interlagos.

Rees explicou que uma das razões que provocou o acidente foi a mudança brusca de aderência na entrada das curvas Porsche. “Tem uma ponta que a gente passa por cima, que foi bem aonde eu perdi o controle. De dia, tudo está normal. Mas quando está à noite, como não tem piso embaixo, aquela parte esfria muito. Então você chega numa curva e o carro se comporta totalmente diferente”, explicou. Isso se aliou à empolgação por se ver em uma volta 2s mais rápida que a anterior, e o resultado foi uma pancada fortíssima, um chassi quebrado e lesões no tornozelo e nas costelas.

“Eu sei exatamente o que aconteceu. Estaria preocupado se fosse um raio que caiu e, ‘porra, não sei o que fazer’. Mas sei exatamente o que aconteceu. Pode acontecer outra coisa em outro lugar, mas já vou estar preparado”, comentou.

Rees anda com o #99 da Aston Martin (Foto: Facebook)

Falando a respeito da temporada como um todo, Rees manteve o mesmo tom. “Comecei o ano zerado e aprendi muito, principalmente no comportamento do carro. Sou um piloto diferente no começo do ano. Mas foi muito complicado”, comentou. Seus companheiros de equipe, Alex MacDowall e Darryl O’Young, eram ainda mais crus, visto que estão debutando no WEC.

Rees quer esperar o fim dos treinos para ter a certeza do que será possível fazer nas 6HSP. “Ano passado, tinha um desgaste de pneus muito bom aqui. Tem que ver o que vai mudar com a pista nova. Vamos ter que ver se faz sentido economizar um pit-stop."

O trio que o brasileiro integra ficou na quinta posição entre os seis carros da GTE Pro no primeiro treino livre. O segundo começa às 17h30 (de Brasília).

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o Mundial de Endurance em Interlagos com os repórteres Renan do Couto e Gabriel Curty e o blogueiro Rodrigo Mattar. Acompanhe o noticiário aqui.

AS PAZES COM O TÍTULO?

Rubens Barrichello desembarca neste fim de semana em Curitiba na condição de favorito ao título da Stock Car. O piloto precisa apenas de um quarto lugar para garantir a faixa de campeão. É a primeira vez em 23 anos de carreira que Barrichello, 42 anos, vai viver uma etapa efetivamente decisiva.

A última vez em que isso aconteceu foi em 1991, quando conquistou o título da F3 Inglesa. Naquela época, o brasileiro já chamava atenção pelos resultados vitoriosos no kart e estava só em sua terceira temporada nos monopostos.

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GRANDE PRÊMIO NO
MUNDIAL DE ENDURANCE

O fim de semana também tem a etapa final do Mundial de Endurance (WEC) em Interlagos e vai contar com a volta às pistas de Emerson Fittipaldi. O bicampeão da F1 e campeão da Indy vai guiar uma Ferrari 458 Italia.

As 6 Horas de São Paulo vão marcar também a disputa de título entre as equipes Toyota e Audi e a despedida do maior piloto da história do endurance, Tom Kristensen.

O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o WEC em Interlagos com os jornalistas Renan do Couto e Gabriel Curty e os blogueiros Flavio Gomes e Rodrigo Mattar. Acompanhe tudo aqui.

BLOND. JANE BLOND

Diante da pior temporada de seus últimos 22 anos — sem nenhuma vitória —, a Ferrari resolveu reagir não só mudando de piloto, chefe de equipe e outras pessoas importantes de sua cúpula. E um dos pontos de partida está em descobrir os segredos de quem fez um dos melhores carros da história da F1.

Assim, a Ferrari fez uso de um espião nos testes em Abu Dhabi. Um espião, não. Uma espiã. Que logo foi batizada por 'Jane Blond', em alusão à famosa personagem de James Bond.

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