10+: Pinturas que ficaram guardadas no imaginário dos fãs de F1
A Red Bull deu as caras com uma pintura camuflada que agradou bastante nos testes da F1 neste ano, em Jerez. Para o ano que vem, a Haas pretende correr de amarelo para tentar quebrar a monotonia do grid atual. O GRANDE PRÊMIO aproveita para relembrar tempos em que os carros eram mais coloridos
Quando a pintura de um carro é diferente, ela acaba ficando guardada no imaginário dos fãs de F1. Isso já aconteceu com muitos carros no passado. A década de 1990, por exemplo, foi particularmente generosa e teve no grid carros nas mais diferentes cores — até mesmo com duas pinturas!
No futuro, certamente a roupagem camuflada do RB11 será lembrada em meio a esta lista. O que a equipe das bebidas energéticas preparou para os testes de 2015 — e revelou de surpresa momentos após a luz ficar verde no dia 1º de fevereiro em Jerez — agradou muita gente. As reações, embora de espanto em um primeiro instante, foram positivas. É um desenho bacana, este que foi escolhido para a pré-temporada e que teve como fonte de inspiração um capacete usado por Sebastian Vettel no ano passado.
Na mesma semana, Gene Haas, dono da futura equipe Haas de F1, contou que pensa em escolher uma cor diferente para seus bólidos no próximo ano. Disse que está ficando enjoado de ver tanto carro preto/prata no grid, crê que eles são muito parecidos uns com os outros e disse que cogita pintar seus carros de amarelo. Ele tem razão.
Alguns modelos do passado inevitavelmente são lembrados por sua excentricidade ou exclusividade. Caso da March/Leyton House de Ivan Capelli e Maurício Gugelmin, ou daquela Benetton verde, azul, amarela e vermelha usada entre 1987 e 1990, apenas com ligeiras mudanças no layout, guiada por Nelson Piquet, Roberto Moreno e Alessandro Nannini, entre outros.
Para pegar exemplos mais recentes de excentricidade, há a Honda de 2007. Um carro horrível, mas que tinha o mapa do planeta estampado em sua carenagem.
O GRANDE PRÊMIO aproveita para lembrar alguns destes modelos mais 'coloridos' — quem sabe isso até te ajuda a pensar em uma fantasia para o Carnaval?
Os carros de Eddie Jordan sempre foram lindos. Aquele primeiro EJ, com patrocínio da 7 Up, era demais. Mas a equipe ficou marcada mesmo pela cor amarela, com a qual venceu corridas na categoria. Na foto, a primeira vitória da equipe, no GP da Bélgica de 1998. Na realidade, foi uma dobradinha, com Damon Hill em primeiro e Ralf Schumacher em segundo. Detalhe para a vespa na lateral do bico: o time também chegou a pintar uma cobra e um tubarão ali em outras temporadas. (Foto: Getty Images)
Carro de corrida britânico tem que ser verde. Assim que era com a Lotus, no começo dos tempos da equipe. A cor ficou conhecida como 'British Green' e foi adotada pela Jaguar quando a montadora decidiu montar sua escuderia. Os resultados nunca foram os mais expressivos, mas esse carro deixa saudades em muitos fãs de F1 dos anos 2000. Na foto, a última corrida da montadora: o GP do Brasil de 2004. Em 2005, a Red Bull assumiu a fábrica de Milton Keynes (Foto: Getty Images)
A Lotus faliu no início de 1995, e isso motivou a Pacific a trazer de volta o 'British Green', ou ao menos parte dele, de volta à F1. A equipe correu com uma faixa verde cortando a lateral do carro azul e branco, que na foto está sendo guiado sem roda pelo piloto italiano Andrea Montermini. (Foto: Getty Images)
Linda e clássica: assim dá para definir a pintura usada pela Benetton entre 1987 e 1990, apenas com pequenas alterações, mas mantendo o mesmo esquema de cores. Na foto, quem guia o carro é Nelson Piquet, recém-contratado junto à Lotus. Ele venceu com um carro pintado assim os GPs do Japão e da Austrália de 1990. Mas a equipe da marca de roupas merece ser lembrada também por outras pinturas, como a que usou para debutar na F1 em 1986, a amarela que sucedeu esta e até mesmo pelo azul claro do início dos anos 2000. (Foto: Getty Images)
Vira e mexe, o italiano Ivan Capelli aprontava das suas e ia ultrapassar os 'feras' com o nada chamativo carro da March/Leyton House. A equipe correu no fim dos anos 1980 e início dos anos 1990 com este azul claro, que às vezes intercalava com a cor de algum patrocinador — no caso, a petrolífera BP e seu verde. Também correu com este carro, desenhado por Adrian Newey, o brasileiro Maurício Gugelmin. Para consagrar, faltou mesmo uma vitória, que quase veio no GP da França de 1990, mas Capelli perdeu a liderança para a Ferrari de Alain Prost nas voltas finais. Gugelmin, que estava em segundo, quebrou. (Foto: Getty Images)
Infelizmente, a Simtek é mais lembrada por sua passagem pela F1 devido à morte de Roland Ratzenberger. Mas a pintura da equipe merece ser destacada. O roxo escolhido pelo time era bastante diferente e inusitado. Uma equipe descolada, bem anos 1990, ainda mais se pensarmos neste patrocínio da MTV, que bombava na época. (Foto: Getty Images)
A British American Tobacco fundou a BAR em 1999 e queria ter cada carro expondo uma marca de cigarro. A FIA não autorizou, e então a equipe driblou essa situação pintando um lado do bólido com cada uma. Na direita, a State Express 555. Na esquerda, a Lucky Strike. Foi assim que Jacques Villeneuve e Ricardo Zonta correram. Um fã mais leigo devia pensar que o time, na verdade, tinha quatro carros. (Foto: Getty Images)
A McLaren resolveu testar assim na temporada 2006: laranja. E muitos fãs tem resgatado essas fotos recentemente pedindo para a equipe adotar a cor original da equipe em 2014 — Ron Dennis admitiu que a pintura que está sendo usada nos testes ainda será alterada. Mas também tem quem queira o branco e vermelho usado por duas décadas em referência à Marlboro. (Foto: Getty Images)
A Honda abandonou o esquema de cores da BAR em 2007 e passou a pré-temporada com um carro preto para só depois mostrar um dos carros mais esquisitos e únicos da história da F1: com o mapa do planeta estampado na carenagem. Era uma campanha publicitária da Honda pela preservação do meio ambiente. O público ficou um tanto dividido. De qualquer forma, o carro era horrível no que mais importava e somou apenas seis pontos em toda a temporada. (Foto: Getty Images)
Pinturas da Martini sempre foram bastante lembradas no automobilismo em geral, não só na F1. Estes fãs ficaram bem felizes quando a marca de bebidas anunciou patrocínio à Williams no ano passado. Na foto, dos tempos em que a parceria era com a Brabham, quem guia é o brasileiro José Carlos Pace. (Foto: Arquivo)
Confiança renovada. Talvez seja este o principal ponto positivo da mudança de Felipe Massa para a Williams. A troca de equipe no início de 2014, nas palavras do próprio piloto, foi uma virada na carreira. Há um ano na Williams, é Felipe Massa quem faz a avaliação de que sua confiança está “muito acima” do que nos tempos de Ferrari. O que aconteceu entre 2010 e 2013 foi deixado no passado. “Estou muito bem. Consegui dar uma virada naquilo que estava acontecendo e que eu estava passando na Ferrari. Estou muito bem, feliz, 100% motivado e com uma confiança muito acima do que eu estava quando saí da Ferrari”, diz o piloto de 33 anos em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO no motorhome da Williams em Jerez de la Frontera, durante o primeiro teste da pré-temporada.
Confira a entrevista exclusiva completa com Felipe Massa no GRANDE PRÊMIO
Dakar.