5 coisas que aprendemos no GP de São Paulo, 20ª etapa da Fórmula 1 2023

Max Verstappen venceu com tranquilidade o GP de São Paulo da F1 2023. Neste domingo (5), o holandês foi tão superior em relação ao resto que até brincou com a situação: o maior momento de distração foi quando resolveu assistir o duelo Fernando Alonso x Sergio Pérez nas voltas finais. Justamente o grande momento da corrida em Interlagos.

Verstappen venceu, Lando Norris foi segundo, algo que já aconteceu outras vezes na temporada, inclusive, mas o destaque máximo foi Alonso. Com uma Aston Martin que parecia estar no purgatório basicamente desde o GP do Canadá, o espanhol brilhou. O bicampeão superou a Red Bull de Pérez, mostrou habilidade para atacar, defender, levou a torcida à loucura. Lindo de ver.

Lance Stroll chegou em quinto, provando que, de fato, havia velocidade no carro verdinho em São Paulo. Depois, Carlos Sainz, com uma Ferrari lenta e problemática, que viu Charles Leclerc quebrar e bater na volta de apresentação, antes de poder largar na primeira fila.

Pierre Gasly, em ótima apresentação, levou a Alpine a um improvável sétimo lugar, na frente de uma Mercedes ainda mais combalida que a Ferrari. Lewis Hamilton foi oitavo, enquanto George Russell quebrou. Yuki Tsunoda ficou em nono, com Esteban Ocon fechando a zona de pontos.

Diante deste cenário, o GRANDE PRÊMIO aponta cinco coisas que aprendemos na 20ª etapa da F1 2023, em São Paulo:

Nova vitória de Verstappen, nova demonstração de superioridade da Red Bull

A Red Bull pode até ter visto algumas rivais se aproximarem na metade final da temporada 2023 da F1, mas ainda é melhor. Simplesmente é melhor. O ritmo de Verstappen era mais forte, ainda que Norris fosse ao limite, tentasse algo com os pneus. Tem também Pérez, mesmo daquele jeitão dele, chegando em quarto. Ainda assim, há muito de Max aí, um talento natural fora da curva e um cara que sabe exatamente quando precisa crescer nas disputas.

Norris faz outra bela corrida, mas largadas na frente precisam melhorar urgentemente

Em ritmo, poucos caras no mundo são tão bons quanto Norris. Em classificação, ainda falta alguma coisinha, mais consistência, principalmente. Mas o problema maior de Lando é, com certeza, aproveitar as oportunidades que aparecem. Na verdade, não só isso, mas também criar as próprias chances. Falta fome, poder de decisão e isso se reflete em coisas como largar tão bem saindo de sétimo e tão mal quando parte em condições de tomar a ponta. Não tem como achar que vai vencer assim, por melhor e mais rápido que seja.

Aston Martin revive e brilho de Alonso volta. Que bom!

Alonso entrou em uma fase mais ou menos, cometeu uns erros, mas a verdade é que tinha quase zero culpa naquilo. Tanto que agora, milagrosamente, a Aston Martin renasceu em São Paulo e Fernando foi o homem da corrida. Um show de habilidade, de força, de coragem, de tudo. É disso que são feitos pilotos diferentes. A fome que falta em Norris, sobra em Alonso.

Ferrari e Mercedes dão as mãos e saltam do penhasco. Como explicar?

É até difícil tentar explicar o que aconteceu com essas duas gigantes em São Paulo. A Ferrari veio com problemas que se arrastaram quase o fim de semana todo, enquanto a Mercedes desenhou ter mais uma etapa de crescimento gradual e, quando viu, só despencou. As duas foram verdadeiramente piores que McLaren, Aston Martin e, em determinados momentos, até AlphaTauri e Alpine. Uma coisa de louco, corrida daquelas para causar mexidas sérias nos carros e nos projetos de 2024.

Pérez encaminha vice e, mesmo fazendo o básico, deve segurar emprego

Não tem como achar que Pérez recuperou uma grande forma em Interlagos, mas terrível ele também não foi. E talvez isso seja o suficiente para manter a vaga, por mais básico do básico que seja. Numa corrida sem pódio, derrotado por uma McLaren e uma Aston Martin, mas bem perto de fechar a conta e ser vice-campeão do mundo, talvez Sergio tenha garantido que seu contrato de 2024 seja mantido.

O GRANDE PRÊMIO cobre o GP de São Paulo de Fórmula 1 ‘in loco’ com Evelyn Guimarães, Gabriel Carvalho, Gabriel Curty, João Pedro Nascimento, Luana Marino, Pedro Henrique Marum e Rodrigo Berton.

A Fórmula 1 agora volta em duas semanas, entre os dias 17 e 19 de novembro, com o tão esperado GP de Las Vegas.

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