Alfa Romeo destaca planos ambiciosos e fala em sinal verde para atrair pilotos de ponta

Com Antonio Giovinazzi e Kimi Räikkönen ainda incertos para 2022, Frédéric Vasseur, chefe da Alfa Romeu, diz que tem "sinal verde" para negociar com outros pilotos, mas impõe que a equipe seja "transparente" com sua real situação

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RETROSPECTIVA ALFA ROMEO F1 2021: SABOR DE DECEPÇÃO E OLHO NO FUTURO

No mês passado, Frédéric Vasseur, chefe da Alfa Romeo, deixou em aberto a possibilidade de renovação com os atuais pilotos da equipe, Kimi Räikkönen e Antonio Giovinazzi. Já que ambos os pilotos tem contrato apenas até o final do ano, o dirigente afirmou que uma decisão só será tomada no encerramento da temporada. E, com essa incerteza a respeito do italiano e do campeão de 2007, o mandatário explica que tem “sinal verde” também para abrir conversas com outros pilotos, como é o caso de Valtteri Bottas.

 Segundo apurou o GRANDE PRÊMIO, a Alfa Romeo mantém conversas para contar com o piloto da Mercedes no próximo ano, caso o finlandês seja mesmo substituído por George Russell. A possibilidade de uma parceria, seja com Bottas ou qualquer outro competidor, no entanto, precisa ser sincera, segundo Vasseur. Ele sabe que a Alfa Romeo ainda está longe de brigar por pódios ou vitórias, mas pode subir degrau por degrau. Há um plano ambicioso, segundo o francês.

“Se você tem um projeto comum e é muito claro com eles [os pilotos], basta dizer: ‘Não quero enganar vocês, não poderemos ganhar em 2022, nem mesmo em 2023, mas pelo menos queremos subir duas ou três posições por ano. Queremos melhorar. Tenho sinal verde para muitas coisas e quero ser positivo. Agora tenho de fazer o meu trabalho para convencê-los”, explicou Vasseur em entrevista à revista britânica Autosport.

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Kimi Räikkönen segue com o futuro indefinido na Alfa Romeo (Foto: Alfa Romeo)

“Mas precisa ser muito transparente: ‘A gente não vai conseguir vencer, mas se estivermos na oitava posição, o objetivo é subir para sexta, depois para a quarta’. É melhor do que dizer: ‘Certo, não se preocupe, vamos ganhar no próximo ano’. Fazendo isso, cria-se uma frustração”, acrescentou ele.

Vasseur dá o exemplo de Räikkönen. Desde que chegou à equipe parceira da Ferrari em 2019, o finlandês marcou 49 pontos, sendo seu melhor resultado um 12º na classificação final em seu primeiro ano com a equipe. Em 2021, porém, soma apenas dois pontos, graças ao décimo lugar em Baku e na Hungria. Embora os estejam resultados abaixo do planejado, o chefe revelou como o dono do carro #7 entendeu a situação da equipe, depois de anos difíceis e várias tentativas de recuperação.

“A situação foi passada para Kimi. Quando ele chegou em 2019, ele havia vencido em Austin com a Ferrari e depois se juntou a nós. Estávamos em uma situação difícil. Acho que ele entendeu o desafio e o projeto”, afirmou.

Agora, o dirigente francês vê caminhos melhores para deixar a equipe mais atrativa a esses pilotos. Ele comenta como a equipe cresceu desde então, em termos de patrocínio e investimento, sobretudo nos carros, já pensando em 2022.

“Acho que estamos em uma boa posição porque somos ambiciosos”, opinou Vasseur. “Estamos crescendo em termos de parceiros, patrocinadores e assim por diante. O portfólio está aumentando. A Ferrari está fazendo um bom trabalho, eles estão melhorando também do lado deles e, aqui, estamos melhorando o chassi”, concluiu.

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