Alpine diz que “justiça prevaleceu” e celebra vitória em protesto contra Haas

O chefe da equipe francesa, Otmar Szafnauer, reconheceu o problema com o carro de Alonso em Austin, mas não acha que fosse passível de punição e pediu um melhor critério para as decisões da FIA sobre a questão dos espelhos no futuro

Fernando Alonso pôde, enfim, comemorar o sétimo lugar conquistado no domingo (23) nos Estados Unidos. A Alpine entrou com um pedido de direito de revisão ao protesto da Haas e, em audiência virtual conduzida pelos comissários originais de Austin nesta quinta-feira (27), a punição foi revogada, acreditando-se que a equipe francesa tinha um bom caso e, com isso, a penalidade de 30s para o bicampeão espanhol foi cancelada e os resultados originais restabelecidos.

O chefão da Alpine, Otmar Szafnauer, acredita que a justiça prevaleceu neste caso e, embora tenha reconhecido que havia um problema com o carro de Alonso, sugeria que a situação de Pérez nos Estados Unidos estava bem mais próxima dos problemas que a Haas alegou para entrar com o pedido.

“Acho que isso deveria ser melhor definido, para que as decisões da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) sejam mais consistentes. Sergio [Pérez] tirou a placa da asa dianteira e não foi mostrada a bandeira preta e laranja, algo que ocorreu com a Haas antes, por isso a inconsistência.”

Szafnauer falou em justiça sendo feita na devolução dos pontos à Alonso em Austin (Foto: F1)

Além disso, o romeno buscou minimizar qualquer sugestão de que carros com espelhos danificados ou faltando devam receber essa mesma punição. “Tem que se definir um critério. Pessoalmente, participei de algumas corridas sem ele e não acredito que seja muito mais perigoso. Usar os retrovisores, muitas vezes, coloca seu carro de forma que seu adversário não possa ultrapassá-lo”, disse Otmar.

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Szafnauer seguiu batendo na tecla de que a Fórmula 1 tenha de decidir qual o tamanho do perigo em andar sem espelho. “O que temos de fazer é aprender com esta questão e, futuramente, ter mais consistência nas decisões, para que todos saibam o que esperar caso isso volte a acontecer”, completou.

Entenda o imbróglio nos Estados Unidos

Um protesto da Haas bagunçou todo o coreto, afinal, a equipe liderada por Guenther Steiner alegou que a Alpine de Alonso estava em condições perigosas depois de pilotar por muitas voltas com o retrovisor direito batendo e, depois, terminou a corrida sem nenhuma visibilidade pois o objeto se soltou e caiu. A equipe também protestou contra a Red Bull de Sergio Pérez, que correu a reta final da prova com uma placa danificada que acabou voando. Tudo isso graças à frustração por perder pontos por conta de três bandeiras pretas e laranja para Kevin Magnussen.

A Haas entrou com protesto contra Alpine graças a bandeira preta e laranja dada a Magnussen (Foto: Haas F1 Team)

Os comissários da FIA rejeitaram o protesto contra Pérez, mas julgaram procedente o de Fernando e, com isso, a equipe francesa recorreu contra a decisão e pediu um direito de revisão. O diretor da prova, Niels Wittich, disse erroneamente à Haas que ela tinha uma hora para protestar, quando na verdade eram 30 minutos. A punição, porém, veio mesmo com o protesto apresentado 24 minutos fora do prazo estipulado pela própria organização, o que abriu caminho para um recurso da Alpine.

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