Altitude e longas retas do México podem fazer F1 alcançar mesmas velocidades de Monza, dizem equipes

A grande novidade do fim de semana é que as equipes vão ter de lidar com um desafio singular: a altitude de 2.200 m da Cidade do México. Mas os diretores de McLaren e Lotus preveem que o ar menos denso vai oferecer maior performance aos carros, que vão acelerar nas longas retas do circuito, que podem oferecer velocidades superiores a 350 km/h

O grande ponto de interrogação do fim de semana do GP do México, a 17ª e antepenúltima etapa da temporada 2015 do Mundial de F1, está sobre o desempenho dos motores turbo face à altitude de 2.200m da Capital Federal. Na opinião de Éric Boullier, diretor de corridas da McLaren, e Nick Chester, diretor-técnico da Lotus, acreditam que o ar menos denso vai se converter em uma grande performance aerodinâmica. 
 
E isso, aliado às longas retas do remodelado autódromo Hermanos Rodríguez, pode ajudar com que os carros alcancem velocidades iguais ou até maiores do que em Monza, o circuito mais rápido do calendário, chegando a 355 km/h.
A expectativa das equipes é os carros alcancem no México as mesmas velocidades aferidas em Monza (Foto: Force India)
Em entrevista concedida ao site norte-americano ‘Motorsport.com’, Boullier disse que “é certo que iremos [para a pista] com os carros com muita carga aerodinâmica, mas com as velocidades máximas de Monza", previu.
 
Nos trabalhos de simulação antes da corrida, as equipes analisaram sobre como a altitude influenciaria no desempenho dos motores, visto que, em suas últimas edições, o México representou perda de potência aos antigos propulsores aspirados no começo da década de 90.
 
Diretor-técnico da Lotus, Chester também segue o discurso de Boullier e acredita em velocidades finais muito representativas ao longo do fim de semana. “O ar menos denso provê menos downforce e arrasto do que teríamos ao nível do mar”, analisou.
 
Mas por outro lado, em que pese a previsão de velocidades bastante altas no Hermanos Rodríguez, Andrew Shovlin, engenheiro de corridas da Mercedes, acredita que o México vai representar “um desafio extremo” para os motores, principalmente. “A altitude significa que você tem pouca refrigeração, porque é um circuito extremo, e esse será um dos maiores desafios para o fim de semana”, comentou.
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